Talking Heads: Tina Weymouth descreve David Byrne como "inseguro" e "traiçoeiro"
Por André Garcia
Postado em 01 de abril de 2023
O mundo do rock é repleto de figuras em quem sobra talento, mas falta tato na relação com as outras pessoas. Nessa lista podemos incluir nomes como Ritchie Blackmore, Jeff Beck, Lou Reed, Roger Waters, Dave Mustaine, Yngwie Malmsteen, John Lydon, John Lennon… Outra pessoa comumente definida como difícil de lidar é o vocalista e líder do Talking Heads, David Byrne.
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Conforme publicado pela Far Out Magazine, em ensaio para The Sunday Times, sua ex-colega, a baixista Tina Weymouth, o definiu como "inseguro" e uma "raposa traiçoeira".
"Recentemente, descrevi David Byrne como trumpista, o que não agradou a todos. O que eu quis dizer é que, na minha experiência, tudo com David é transacional: ele vai te usar até que você não tenha mais utilidade. [Byrne] sempre pareceu muito inseguro em relação a si mesmo e frequentemente tentava culpar outras pessoas se as coisas dessem errado. Chris [Frantz] e eu o amávamos muito, e fizemos o máximo para ignorar esses desastrosos defeitos de caráter, mas parecia óbvio que o Talking Heads não duraria."
Em entrevista para Jordan Potter, da Far Out Magazine, Tina disse:
"Ninguém nos contou sobre David Byrne e suas experiências pessoais com ele. Então, por décadas, não descobrimos muita coisa. Tipo, as pessoas dizem agora: 'Ah, é, eu costumava jogar pôquer com ele e não entendia como ele ganhava o tempo todo. Mas depois que ele saiu, encontrei todos aqueles ases escondidos nos móveis.' Aquilo teria sido um indício, mas não sabíamos."
Ainda na publicação da The Sunday Times Tina, que era (e ainda é) casada com Chris, contou também como as crises internas da banda afetou negativamente o relacionamento deles:
"Em 1984, já estava claro que o Talking Heads estava começando a se desintegrar. Chris amava a banda e tinha dificuldade em aceitar a ideia de que seu sonho de ser um rockstar estava se desfazendo. Ele lidou com sua infelicidade da mesma forma que os músicos fazem há anos — bebeu demais e consumiu muita cocaína."
"Eu já sabia que Chris estava 'se divertindo' há algum tempo, mas nosso relacionamento sempre foi baseado no respeito mútuo — não dizíamos um ao outro o que fazer. Minha postura mudou após o nascimento do nosso primeiro filho, Robin, em 1982. Se Chris estivesse sempre bêbado, como diabos ele poderia ser um pai?"
A separação do Talking Heads, que já parecia questão de tempo na segunda metade dos anos 80, foi oficializada em dezembro de 1991. Segundo Frantz, "No que se refere a nós, a banda nunca realmente acabou; David que simplesmente decidiu sair". Apesar das tensões internas, o quarteto se reuniu em 2002 para ser introduzido ao Rock & Roll Hall of Fame, por Anthony Kiedis.
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