Baixista do Slipknot diz quando caiu a ficha que entrou numa das maiores bandas do mundo
Por Emanuel Seagal
Postado em 11 de maio de 2023
No ano de 2002 o Slipknot começou a colher os louros do seu segundo álbum, "Iowa", que atingiu um grande sucesso mundial. Infelizmente em 2010 o baixista Paul Gray, um dos membros fundadores, faleceu, e alguns anos depois o baterista Joey Jordison deixou o grupo. Com o quinto álbum, ".5: The Gray Chapter", no horizonte, o grupo precisou encontrar novos membros, e para o baixo chamaram Alex "Vman" Venturella, que permance na banda até hoje. Em conversa com a revista Bass Player o músico contou como ocorreu sua entrada na banda.
"Foi uma história engraçada! Eu estava trabalhando como técnico de guitarra do Mastodon em 2014 e havíamos acabado de voltar da Austrália, onde fizemos o Soundwave festival. Eu estava na casa do Darren, irmão do Troy Sanders (vocalista do Mastodon) em Atlanta, que era uma casa de festa, com gente entrando e saindo. A namorada dele recebeu uma ligação de madrugada do Jim Root (guitarrista do Slipknot). Eu conhecia o Jim, pois fiz turnê com o Slipknot quando trabalhei com o Coheed & Cambria. Então ela me passou o telefone e ele perguntou: 'Você conhece algum baixista?' Eu perguntei se era para o Stone Sour e ele disse: 'Não, a outra banda' e eu instantaneamente disse 'Eu faço!' Eu fiz todo o discurso, bêbado 'Eu faço uns slaps no baixo se você precisar!' e estávamos dando risada. Então ele me perguntou 'Sério, você realmente quer fazer isso?' e eu disse 'Sim, eu adoraria!", relembrou "Vman".
Alguns dias depois ele recebeu a ligação do empresário da banda, pedindo para aprender seis músicas. Alex começou a estudar todo o material do Paul, como vídeos e DVDs, e foi para Los Angeles, no estúdio Sunset Sound, e devido ao seu trabalho anterior, sentiu-se confortável. "Eles tinham um equipamento pronto pra mim, mas falei que não gostei muito e pedi se poderia mudar algumas coisas, o que fiz. Eu estava com o baixo do Troy Sanders, e sendo um técnico, eu arrumei tudo para eu tocar o melhor possível", relembrou.
Alex tocou músicas já conhecidas da banda e algumas inéditas também. Como já conhecia Jim, isso o ajudou a ficar mais a vontade para tentar coisas novas e criar linhas de baixo durante a audição. "Depois daquilo fomos para uma grande mansão em Hollywood Hills, então não tinha muita pressão. Todos estavam a vontade e relaxados. Não era como tocar violão clássico para 200 pessoas, o que já fiz quando adolescente. Eu odiava tocar na frente de outras pessoas naquela época. Eu estava na minha zona de conforto agora. Eu sabia que podia fazer aquilo e estava confiante. Eu sugeri tentarmos algumas coisas e pegar o equipamento que eu queria usar, até que finalmente eles sentaram comigo e me falaram que eu iria tocar no '.5: The Gray Chapter'. Ao todo toquei em oito músicas e Jim e Mick (Thomson, guitarra) fizeram o resto", contou.
Enquanto algum outro músico poderia ficar nervoso ou eufórico ao receber a confirmação de que entrou em uma das maiores bandas do mundo, o momento em que caiu a ficha para o Alex foi um pouco mais tarde. "Eu só estava focado em arrumar meu equipamento e me certificar de que o baixo soasse bom. Eu nunca pensei sobre ficar nervoso no palco ou qualquer coisa do tipo, eu só focava em tocar e soar bem. Foi só quando a cortina caiu no primeiro Knotfest (festival do Slipknot) que tive um momento em que percebi, 'Uau! Eu tenho uma máscara!'", admitiu o baixista.
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