A indigência musical da banda de rock que mais vendia em 1996, conforme Humberto Gessinger
Por Bruce William
Postado em 08 de maio de 2023
Nesta entrevista que Humberto Gessinger concedeu em 1996 à VJ Cris Couto da MTV, resgatada pelo jornalista e historiador do rock nacional Júlio Ettore em seu canal no youtube, o cantor e músico Engenheiros do Hawaii explica para Cris por qual motivo ele criticava bandas contemporâneas como Titãs e Legião Urbana.
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"O que me irritava no Titãs... eu odeio todo mundo que é a bola da vez, me irrita, entendeu?", explica Humberto, que prossegue: "Eu vejo assim, me deixa um pouco triste: a gente fez dois músicos, a minha geração fez o Scandurra e o Barone", se referindo a Edgard Scandurra, guitarrista do Ira!, e João Barone, baterista do Paralamas do Sucesso. "Eu acho que são os dois únicos músicos com assinatura e competência técnica, acho isso completamente triste, entendeu?"
Em seguida Cris pergunta sobre as letras, e ele responde: "Letra daí é Over, todo mundo é maravilhoso, o roadie de uma banda da minha geração escreve bem". Daí Humberto diz: "E tu vê, a banda que mais vende no Brasil é de uma indigência musical..." diz Humberto, pausando por alguns segundos para escolher o adjetivo com o qual completaria a frase: "... emocionante, que é o Legião Urbana, é emocionante tamanha indigência musical assim. E é legal que venda tanto com essa pobreza musical, mas chama atenção para esse outro lado. Porque se você pegar os guitarristas da nossa turma, eles vão gravar disco solo e ninguém vai gravar uma música instrumental, são todos compositores".
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