Chris Cornell: "Black Sabbath me salvou de virar um fã do Kiss"
Por André Garcia
Postado em 12 de julho de 2023
Entre as bandas pioneiras do grunge, uma das influências mais comuns é Black Sabbath — com seu rock pesado, sujo, arrastado e perturbado(r). Já o Kiss não era lá muito bem-quisto…
Na cena alternativa de Seattle se torcia o nariz para o que era mainstream, e Kiss ficou muito associado nos anos 70 ao merchandising e o lado comercial e empresarial do rock. Por lá muito mais se identificava com o Black Sabbath — relacionado ao profano, o excluído, o maldito, o marginalizado.
Em 2013 Chris Cornell deu uma entrevista para Matt Everitt, do programa First Time With…, da BBC. Abusando de seu poder de síntese, ele declarou: "O Black Sabbath meio que me salvou de ser um fã do Kiss. Quando penso no Soundgarden, penso na familiaridade com o sombrio, temas sinistros… o que só poderia ter vindo do Black Sabbath."
Kiss e grunge foram água e óleo até os anos 90. Em 1993 Melvins incluiu um cover de "Goin' Blind" em seu álbum "Houdini"; e em 1997 o Kiss lançou "Carnival of Souls", que não demorou a ser rotulado como sua tentativa de álbum grunge. O timing não poderia ser pior: o gênero já havia implodido e naufragado quando chegou às lojas.
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