Por que Rita Lee não queria que Mutantes fosse associado a esquerda, segundo a própria
Por Gustavo Maiato
Postado em 02 de dezembro de 2023
Nos anos 60, a música brasileira vivenciava um período de efervescência cultural e transformações sociais. Nesse contexto, Os Mutantes, uma das bandas mais inovadoras da época, enfrentavam desafios relacionados à sua identidade musical e posicionamento político.
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Em particular, Rita Lee, uma das integrantes do grupo, expressou seu desejo de distanciamento da associação dos Mutantes com a esquerda política, buscando, antes de tudo, a liberdade criativa. Esse texto tem como base informações do vídeo de Julio Ettore em seu canal, onde constam muito mais detalhes sobre o assunto.
Contexto Histórico
Os Mutantes integraram o programa de televisão de Ronnie Von até 1967, uma oportunidade que ampliou sua visibilidade. No entanto, a falta de liberdade criativa os levou a deixar o programa, abrindo caminho para uma fase crucial em sua carreira.
O Festival na Record e a Proximidade com os Tropicalistas
Nessa fase, os Mutantes participariam do importante Festival da Record. Diante da ausência de músicas autorais, a banda ensaiou covers de artistas estrangeiros, refletindo a necessidade de uma identidade musical própria. A aproximação com os tropicalistas, especialmente Gilberto Gil, foi fundamental para os Mutantes adquirirem referências brasileiras e escaparem da mera imitação de influências estrangeiras.
A Resistência à Associação com a Esquerda
Rita Lee, em particular, resistiu à ideia de associar os Mutantes à juventude engajada politicamente da esquerda. Em entrevistas e depoimentos, ela destacou sua preferência por uma abordagem mais leve e afastada de temas políticos, como a Guerra do Vietnã e as ditaduras na América Latina. A narrativa da banda buscava a felicidade e a expressão artística acima de envolvimentos ideológicos. Além disso, a esquerda era contra o rock, que considerava imperialista.
A Busca pela Liberdade Criativa
A decisão de não se enquadrar nas expectativas da juventude politicamente engajada pode ser interpretada como uma busca pela liberdade criativa. Rita Lee e os Mutantes aspiravam a uma música que transcendesse fronteiras políticas e sociais, enfocando o prazer da arte e a autenticidade de sua expressão.
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