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Por Bruce William
Postado em 05 de janeiro de 2024
Neste corte da Live realizada com Philippe Seabra no canal Violão com Roberto Farias, o vocalista e guitarrista da Plebe Rude, banda que fazia parte da "Turma da Colina" de Brasília, de onde saíram grupos como Legião Urbana e Capital Inicial, fala sobre a sua ligação com Renato Russo, explicando que se afastou do vocalista da Legião no começo dos anos noventa pois não queria ver o amigo se auto-destruindo.
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"Como a Plebe nunca dependeu da genialidade do Renato, nem de composição e nem de repertório, eu pude me afastar do Renato", conta Philippe. "E eu me afastei em 92, 93, e com uma dor no coração. Renato era meu amigo, a gente se ligava, saía junto coisa e tal. Mas eu não conseguia ver alguém se matando. Eu já tinha visto o Pretorius, o André Pretorius, morreu de overdose na Alemanha em 1988. E aí eu estava vendo isto no Renato, e me doía o coração".
"E eu tinha muitas discussões com o Herbert", prossegue Philippe, se referindo ao Herbert Vianna do Paralamas do Sucesso, "Porque o Herbert sempre falava assim: 'Pô Philippe, você tem que ser mais pessoal com suas músicas, você tem que mergulhar. E eu não consigo cara, no máximo que eu mergulhei foi tipo 'A Ida', algo assim, que é muito pessoal pra mim". Ele está falando da música lançada pela Plebe Rude em seu álbum de 1987, "Nunca Fomos Tão Brasileiros". "Pô, olha o Renato, o Renato estava mal, estava sozinho, muita droga, muito doido, sabe? Um bando de sanguessuga em volta, cara, você quer isso pra mim?", respondia de volta.
Por último, Philippe deixa claro o quanto ele lamenta a morte de Renato em meio a tantos problemas e conflitos. "Ninguém desmerece a obra do Renato, coisa incrível. Eu até fico meio emocionado quando falo isso, sério mesmo. Eu fico triste que o Renato não conseguiu usufruir da alegria que ele passava pras pessoas. Ele não conseguiu".
O vídeo da Live completa de Philippe Seabra no canal Violão com Roberto Farias pode ser visto no player abaixo.
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