A resposta do Sepultura quando insistiram para saber exatamente quanto ganhavam
Por Gustavo Maiato
Postado em 22 de fevereiro de 2024
Durante participação em meados dos anos 1990 no programa Gente de Expressão, conduzido por Bruna Lombardi, Max e Iggor Cavalera foram questionados três vezes seguidas sobre qual é a realidade financeira da banda.
Como mostra o diálogo reproduzido abaixo, Lombardi insistiu para saber se o Sepultura era uma banda rica. Os irmãos, no entanto, explicaram que apesar de fazerem dinheiro, gastavam muito também na produção de shows.
"Vocês estão ganhando muita grana?"
"A gente gasta muito também, né. Na produção dos shows, por exemplo. A última turnê que fizemos na Europa tinha três caminhões e dois ônibus só para a gente".
"Vocês ficaram ricos de repente?"
"Não é aquela coisa tipo Nirvana, assim, de ficar milionário. Mas estamos vivendo bem, não falta nada, dá para viver de música".
"Vocês ganham quanto? 1 milhão de dólares?"
"É difícil de falar porque depende. Quando você está fazendo show, ganha mais; quando está parado, não tem grana nenhuma. É bem instável".
História do Sepultura com dinheiro
Essa não foi a primeira vez que o assunto dinheiro surge durante uma entrevista do Sepultura. Andreas Kisser falou sobre isso durante episódio do Prática na Prática.

"Lá entre 1998 e 2000, decidi abrir uma casa de shows na Zona Leste com minha esposa. O projeto evoluiu com plantas e tudo, mas não tinha nada a ver. Era sujeira e política. Os sócios não eram as pessoas certas. Foi um processo desastroso, mas muito educativo. Aprendemos demais e guardo com carinho porque não me separei da minha mulher. Quando você entra num negócio desses a coisa pode degringolar pessoalmente. Mas sempre fomos muito unidos e conscientes daquilo que fizemos de certo e errado.
Sobrevivemos a isso. Perdi minha casa nos EUA em dívida que fiz aqui. Foi uma época dificílima. Não tínhamos grana para a gasolina ou comer fora. A Roadrunner chegou a suspender nosso contrato durante uns meses. Isso foi antes de achar o Derrick. Agora, não fomos dispensados. Eles tinham interesse. Percebemos que precisamos de mais uma pessoa aí. Pensamos até em mudar o nome e começar uma coisa diferente, mas nosso empresário comprou a briga e disse que não era para jogar tudo fora".
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