Bruce Dickinson revela algo que sempre o incomodou nas letras de Steve Harris
Por André Garcia
Postado em 19 de fevereiro de 2024
Nos anos 60, despontaram no rock britânico as duplas de compositores — entre eles John Lennon e Paul McCartney encabeçando os Beatles e, posteriormente, Mick Jagger e Keith Richards liderando os Rolling Stones. Já o The Who possuía uma dinâmica diferente: enquanto o guitarrista Pete Townshend escrevia as letras e as melodias, quem dava vida a elas com sua voz era o vocalista Roger Daltrey. O mesmo acontecia no Rush, com Geddy Lee cantando as letras de Neil Peart.
Em diversas ocasiões, no Iron Maiden Bruce Dickinson canta letras e melodias compostas por Steve Harris. Em entrevista recente para a Classic Rock, o vocalista revelou se tratar de uma tarefa mais complicada do que pode parecer.
"Tenho muito orgulho de poder dar voz aos riffs de Steve — poucos são capazes de fazer isso. Só nunca consegui entender por que ele escrevia letras tão difíceis [de cantar]. Um dia, a gente estava conversando e descobri o motivo: as letras acompanham o baixo e a bateria."
"No começo eu tentava explicar para ele 'Olha, Steve, vou perder meus dentes da frente tentando cantar isso!". Mas Steve fez concessões com o passar dos anos. Nunca pensei que eu fosse conseguir cantar 'Alexander The Great' [do 'Somewhere In Time' (1986)] quando a ouvi pela primeira vez, mas deu tudo certo."
"Somewhere in Time" (1986) chamou atenção por composições mais ambiciosas. Quase todas as suas oito faixas passam de cinco minutos, sendo a mais longa entre elas justamente "Alexander the Great", com uma duração na casa dos 8 minutos. Apesar de considerada entre os fãs um clássico do Iron Maiden, ela só foi ser tocada ao vivo a partir de 2023, na turnê The Future Past Tour.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps