A banda de metal que faz show pra 7 mil nos EUA e no Brasil não levaria quase ninguém
Por Gustavo Maiato
Postado em 31 de março de 2024
Existem bandas que são mais populares em determinado país enquanto em outros amarga um reconhecimento não tão forte. Milton Mendonça, co-produtor do festival ProgPower USA, conversou com Gustavo Maiato sobre esse fenômeno.
O papo começou sobre como é feita a escolha dos headliners do festival, que em 2024 vai ter Amorphis, Winger, Dark Tranquility e Angra entre as atrações principais nos quatro dias de evento na cidade de Atlanta.
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"Eu costumo dizer que tem bandas que cresceram com o festival. São 22 bandas esse ano. Geralmente fica em torno disso. Essa questão de quando uma banda vai tocar depende muito. Esse festival é quase um universo próprio. Existem algumas que ficaram muito populares aqui dentro e conseguimos colocar esse pessoal em um slot mais nobre. Por exemplo, o Seventh Wonder, banda do Tommy Karevik, que hoje está no Kamelot, eles foram headlines. Você não imagina ser headline eles. Para nosso público, é uma das favoritas. Funcionou e foi esgotado. O headliner hoje depende muito do mercado", explicou.
Em seguida, Milton deu o exemplo da banda Porcupine Tree como sendo um desses casos em que o mercado acaba ditando quem é maior ou menor em cada região do globo.
"Tem bandas que aqui nos EUA são famosas e no Brasil não levariam 30 pessoas e vice-versa. O Porcupine Tree, por exemplo, faz show em Nova York para 7 mil pessoas. Com certeza esgota. Eles lotam as casas de show. Aí no Brasil não sei quantificar exato, mas não é igual. O Beast In Black, headliner nosso do ano passado, não sei se conseguiria fazer show como atração principal. Ao contrário, temos o Angra, que em São Paulo toca para bastante gente e em Nova York tinha 400 pessoas. E foi um show bom da turnê", concluiu.
Produtor de shows nos EUA comenta a cena
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