Andreas Kisser ficou enojado quando guitarristas passaram a fazer arpejos demais
Por Gustavo Maiato
Postado em 08 de abril de 2024
Andreas Kisser entrou no Sepultura no álbum "Schizophrenia" (1987) e desde então imprimiu seu estilo de tocar na banda. No auge criativo, durante o álbum "Roots"(1996), já na década de 1990, seus solos dissonantes, com poucas notas e percussivos chamaram atenção e influenciaram muita gente.
Em entrevista para a Rádio Transamérica, Kisser explicou seu estilo de tocar, rebateu críticas aos seus solos e disse que não gostou quando guitarristas como Yngwie Malmsteen despontaram com arpejos e execuções rápidas e virtuosas.
Uma observação curiosa é que Malmsteen é que na verdade viu Kisser despontar, já que seu primeiro álbum, "Rising Force", é de 1984, três anos antes da entrada de Kisser no Sepultura.
"Teve uma época que apareceu o Yngwie Malmsteen e esses guitarristas virtuosos. Aí, todo mundo tinha que fazer arpejo. Fiquei completamente enojado com arpejo e disse: ‘Não vou fazer isso’. Para tocar guitarra não precisa necessariamente numa onda ou numa moda só para mostrar para os outros que você consegue fazer aquilo que os outros 500 estão fazendo.
Como estávamos no caminho da percussão e vendo e respeitando as coisas do Brasil, fui para o lado percussivo da guitarra. Tinha essa coisa mais dissonante e virou uma cerca característica da música do Sepultura. Busquei solos mais percussivas do que escalas e arpejos. Me sentia nessa pressão e falei que não queria fazer".
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