A crítica de Robert Fripp a "The Lamb Lies Down on Broadway"
Por Sandra Fernandes
Postado em 19 de agosto de 2024
"The Lamb Lies Down on Broadway" é um dos álbuns mais conhecidos da história do rock. Conceitual, lançado em 1974, apresentava o ápice em ambição lírica e conceitual do Genesis. Apesar de importante e épico na construção artística, o trabalho apresentou um canto do cisne da era Peter Gabriel na banda.
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Durante a produção do álbum, o vocalista e compositor trabalhou pela primeira vez separadamente dos colegas de banda. Encarregado das letras, deixou a parte musical e melódica ao quarteto de Steve Hackett, Phil Collins, Tony Banks e Mike Rutherford. Isso indiretamente acabou acarretando uma divisão no grupo, até então notório por amalgar letras e ideias melódicas em conjunto irrestrito de quem trazia as ideias.
Em entrevista ao canal Progland, Hackett, que atualmente está em turnê celebrando os 50 anos do álbum tocando algumas de suas canções nos shows, refletiu criticamente como apesar de duplo inicialmente por desejo dos membros terem maior participação composicional, tudo acabou não ocorrendo de tal forma. Em especial, o apresentador e jornalista Kelvyn Araujo ressaltou uma declaração antiga do guitarrista no qual ele criticava a baixa participação das seis cordas em boa parte dos arranjos. E que, por isso, "The Lamb" não se firmou como um de seus discos favoritos seus na época que esteve no Genesis.
Concordando, o músico aproveitou para justificar suas críticas ao "The Lamb" usando como base comentários feitos por um colega de instrumento seu: o lendário Robert Fripp, do King Crimson, ao ver um show da turnê do álbum. As observações prenunciavam inclusive a saída de Peter, o que Fripp "pressentia" e acabou efetivamente acontecendo.
"Acho que no The Lamb há um problema primordial. Nele há uma competição de protagonismo entre teclados e vocais. E isso significava que havia menos espaço para uma abordagem integrada de toda a banda. Acho que a crítica observou isso e os fãs também, ao menos na época. [...] Robert Fripp inclusive me disse isso, quando ele nos viu tocando em Wembley. Ele disse que parecia que a banda estava pulando para duas direções ao mesmo tempo. Disse que o Peter estava claramente indo a uma direção musical e a banda para outra e sentia que já havia uma ruptura artística irremediável. E olhando, era algo complicado. Eu acho que, naquela época, egos estavam se apresentando. Por essa razão, acho que é um álbum menos integrado que os demais. Mas ainda tem momentos magníficos nele e são esses momentos que espero trazer para as pessoas nessa turnê."
"The Lamb Lies Down on Broadway" assim que lançado chegou ao top 10 da parada britânica. O álbum, que narra a história de auto descoberta de um personagem Rael, foi promovido com uma mega turnê, que viu a banda se utilizar de pirotecnias e efeitos no palco. Ela veio a ser a última com a formação clássica do grupo. Rendeu dois singles: "Counting Out Time" e "The Carpet Crawlers", contudo várias outras composições continuaram no repertório da banda em tours futuras como a faixa-título, "Back in NYC" e "In The Cage", favoritas de fãs.
Fonte: Canal PROGLAND
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