Nando Reis - a importância da autonomia e da adaptabilidade em um cenário musical em evolução
Por Gustavo Maiato
Postado em 09 de outubro de 2024
Em uma conversa franca com João Gordo no canal Panelaço, Nando Reis, ex-Titãs, compartilhou suas experiências como artista independente, refletindo sobre os desafios e transformações da indústria musical ao longo dos anos. Desde 2012, o cantor e compositor já não se lembra como era estar atrelado a uma gravadora.
Nando Reis - Mais Novidades
"Eu sou independente há anos. E, cara, não é mais emocionante", afirmou. Nando relembra o início de sua trajetória com os Titãs, que assinaram com a Warner em 1984, enquanto ele começou sua carreira em 1982. Após sair da banda, ele firmou contrato com a Universal, onde permaneceu por 10 anos, lançando seis discos.
No entanto, ao final do segundo contrato, a gravadora se negou a renovar, alegando que Nando não estava vendendo discos o suficiente. "Então, eu falei: ‘Beleza, fui contratado para fazer música, vocês deveriam vender, não eu.’" Essa afirmação, além de direta, mostra uma frustração comum entre artistas que se sentem pressionados por métricas de venda em um mercado em transformação.
"Era uma época em que as gravadoras já estavam em franca decadência", ressaltou Nando, lembrando que muitas bandas na época assinaram contratos que incluíam percentual de shows, uma prática que ele considerou problemática. "Eles tinham essa ideia de querer percentual de show. Lembro que, naquela época, muitas bandas assinaram contratos com percentual de show."
Logo após sua saída da gravadora, Nando lançou um disco solo em 2012 e percebeu que precisava assumir o controle de sua carreira. "Tinha que lançar meus próprios discos." Ele também falou sobre sua editora, que, embora administrada pela Warner Chapel, exigia dele uma nova postura de empresário. "Eu percebi que precisava me envolver com essa área. Por outro lado, tinha coisas que eu não dominava."
A solução encontrada por Nando Reis foi estabelecer um escritório próprio, não apenas como gravadora, mas também para administrar sua carreira e a venda de shows. "Fui criando um sistema de ter um escritório próprio, para cuidar de tudo isso", concluiu, destacando a importância da autonomia e da adaptabilidade em um cenário musical em constante evolução.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Monsters of Rock confirma as 7 atrações da edição de 2026 do festival
Os shows que podem transformar 2026 em um dos maiores anos da história do rock no Brasil
O guitarrista que Jimmy Page admitiu estar fora de seu alcance: "Não consigo tocar"
A canção dos Rolling Stones que, para George Harrison, era impossível superar
A música de amor - carregada de ódio - que se tornou um clássico dos anos 2000
Brian May escolhe os três maiores solos de guitarra de todos os tempos
O Melhor Álbum de Hard Rock de Cada Ano da Década de 1980
Os cinco maiores bateristas de todos os tempos, segundo Dave Grohl
A banda clássica que poderia ter sido maior: "Influenciamos Led Zeppelin e Deep Purple"
O melhor baterista dos últimos 10 anos, segundo Lars Ulrich do Metallica
Regis Tadeu critica duramente o Rock in Rio: "desfile de horrores musicais"
As quatro músicas do Metallica que James Hetfield considera suas favoritas
Roger Waters presta homenagem a Marielle Franco em nova faixa
Evanescence anuncia turnê mundial para 2026
Lacrimosa divulga atualização sobre o estado de saúde de Anne Nurmi

O top 10 das músicas de Nando Reis, segundo ele mesmo
O disco de reggae que Nando Reis tem seis exemplares; "Quase como se fossem sagrados"
O ex-jogador de futebol por quem Nando Reis era fascinado
A música dos Titãs com letra que seria "inviável" nos dias de hoje, de acordo com Nando Reis


