O elemento que fez a diferença no álbum mais bem-sucedido no Mötley Crüe
Por João Renato Alves
Postado em 29 de dezembro de 2024
Baixista e principal compositor do Mötley Crüe, Nikki Sixx concedeu recente entrevista à Classic Rock. Nela, exaltou o produtor canadense Bob Rock como fator diferencial na criação do álbum mais bem-sucedido da carreira da banda, "Dr. Feelgood" (1989).
"Ele pressionava Vince Neil a cantar melhor. Ninguém tinha feito isso antes. Incentivava Tommy Lee a mudar a batida. Apoiava Mick Mars: 'Quero refazer as guitarras, dobrá-las, triplicá-las, quadruplicá-las...' Bob se concentrava nas pequenas coisas. Você faz pequenas coisas certas o suficiente e gera uma grande mudança."
O próprio líder do grupo não escapou das críticas construtivas. "Eu tinha uma salinha onde entrava e sentava no chão. Nenhum computador para extrair informações, apenas livros e revistas. Trabalhava nas letras, saía e mostrava para Bob, que dizia: 'Acho que você poderia fazer melhor.' Voltava. Bob falava: 'Você está na metade do caminho.' Oito vezes eu reescrevi aquela música. Ele ficava dizendo: 'Mais Springsteen! Mais Ian Hunter! Você sabe como fazer isso. Você é um contador de histórias!'"
O árduo trabalho valeu a pena. "Foi uma experiência especial que se transformou em um álbum especial. Aprendemos algo que aplicamos até hoje: ignorar todo o resto e esquecer o que está acontecendo fora do estúdio. Você segue a criatividade, e então momentos mágicos acontecem."
Mötley Crüe e Bob Rock repetiram a parceria em outros momentos da carreira. O mais recente rendeu o EP "Cancelled", lançado este ano. Foi o primeiro material de estúdio com o guitarrista John 5 substituindo Mick Mars.
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