Gary Holt revela que rasgavam as camisetas, mas secretamente ouviam bandas Glam dos anos 80
Por Bruce William
Postado em 22 de dezembro de 2024
Nos anos 80, o Thrash Metal estava em ascensão, e o Exodus foi uma das bandas que liderou essa revolução musical. Gary Holt, guitarrista da banda, relembrou como a cena Thrash da Bay Area era marcada pela competição interna e pela oposição ao Glam Metal, que simbolizava o estilo mais comercial da época.
Segundo Holt, havia uma forte camaradagem entre as bandas de Thrash, mas a competição era acirrada. "Nós éramos amigos, mas queríamos sempre superar uns aos outros", disse o guitarrista para a Ultimate Guitar. Ele afirmou que o Exodus levava vantagem nessa disputa por causa de seus shows, tão intensos que eram temidos por outras bandas.
O desprezo pelo Glam Metal era evidente, mas havia ressalvas. Holt lembrou que, durante a era de Paul Baloff, fãs com camisetas de bandas como Ratt eram ridicularizados. "Cortávamos tiras da camisa com um canivete, e essas tiras viravam as fitas que Baloff usava no pulso", conta.
Porém, a admiração pelos músicos de Glam Metal existia, mesmo que em segredo. Holt mencionou que guitarristas de Thrash, incluindo ele, apreciavam os riffs de Warren DeMartini e George Lynch. "Mas, ao mesmo tempo, nós, guitarristas, secretamente cobiçávamos cada riff do Warren DeMartini, como se ele fosse o guitarrista mais insano e incrível do mundo, com o melhor timbre de todos, ele e o Robbin [Crosby]. A gente ativamente ouvia eles e o George Lynch."
Essa relação paradoxal entre os estilos contribuiu para a evolução de ambos, que, segundo Holt, enfrentaram um declínio conjunto no final da década. "Mas, ao mesmo tempo, a segregação entre os dois gêneros - éramos como inimigos mútuos. Mas precisávamos um do outro. Ambos foram juntos pro buraco no final dos anos oitenta. Inimigos mutuamente benéficos, entende?"
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