O horrível álbum do Big 4 que Kerry King se vangloria de não ter em sua discografia
Por Bruce William
Postado em 31 de janeiro de 2025
Nos anos 90, o Megadeth explorou sonoridades mais acessíveis ao grande público, enquanto bandas como Slayer e Testament mantiveram sua identidade Thrash Metal. Em retrospecto, David Ellefson reconhece que a aposta no mainstream não trouxe os resultados esperados e que os grupos que permaneceram fiéis ao gênero colheram os frutos mais tarde. Em entrevista ao podcast Talk Toomey, ele relembrou o impacto dessa escolha e como a banda acabou se distanciando do cenário que ajudou a moldar. A transcrição é do Ultimate Guitar.
Ellefson mencionou que, no final dos anos 90, enquanto o Megadeth lançava "Risk" (1999), o cenário musical era dominado por bandas como Disturbed, Godsmack e Korn. Ele destacou que, enquanto o Megadeth e o Metallica seguiram uma direção mais comercial, bandas como Slayer e Testament passaram por um período de menor reconhecimento. No entanto, ao longo dos anos 2000, o Thrash Metal começou a ressurgir, e grupos que não haviam alterado seu som voltaram a ganhar relevância.
"Fizemos 'Countdown to Extinction' [1992], 'Youthanasia' [1994], 'Cryptic Writings' [1997] e tal. Então, é engraçado como o Slayer, o Testament e essas bandas, por serem um Thrash mais pesado, acabaram perdendo espaço. Nós subimos, o Metallica, claro, também. Mas depois que a poeira baixou nos anos 2000, de repente, o Slayer começou a voltar. Porque eles nunca mudaram. Até o Testament ainda está aqui para contar a história. Eles não foram atrás de um produtor diferente pensando: 'Vamos ser mais mainstream.'", disse Ellefson.
Kerry King, do Slayer, nunca escondeu seu desdém por essa fase do Megadeth. Segundo Ellefson, durante uma conversa entre os dois, King fez questão de ressaltar que se sentia aliviado por não ter um álbum como Risk em sua discografia. Ele perguntou diretamente: "De quem foi a ideia de fazer o 'Risk'?" e, ao ouvir a explicação, disparou: "Ainda bem que eu não tenho esse na minha discografia."
A postura do Slayer em nunca suavizar seu som garantiu à banda um status de respeito dentro do Metal. Enquanto o Megadeth passou por mudanças para tentar se adaptar ao mercado, o Slayer seguiu firme em sua proposta original e encerrou a carreira com a credibilidade intacta, sem concessões ao mainstream.
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