"Se precisa explicar título, público não vai entender": a crítica de empresário ao Megadeth
Por Gustavo Maiato
Postado em 14 de janeiro de 2025
David Ellefson, ex-baixista do Megadeth, compartilhou um episódio curioso sobre o processo criativo por trás do álbum "Cryptic Writings" (1997). Durante entrevista ao programa That Fuzzing Rock Show (via Ultimate Guitar), ele revelou como o então empresário da banda, Bud Prager, sugeriu mudanças nas letras de Dave Mustaine por considerá-las "complicadas demais".
Segundo Ellefson, Prager não aprovou o título provisório de uma das faixas, "Smoking Gun" (arma fumegante). Ele questionou o significado do termo, alegando que a expressão poderia não ser compreendida pelo público. "Se você precisa explicar o título, o público também não vai entender", teria dito Prager, pedindo uma abordagem mais direta.
Apesar das críticas, Mustaine é conhecido por incorporar metáforas e jogos de palavras em suas composições. Porém, na busca por um som mais acessível para o grande público, "Cryptic Writings" marcou uma transição no estilo da banda.
Ellefson explicou que o álbum foi concebido para posicionar o Megadeth nas rádios de rock ativo nos Estados Unidos. "Foi uma transição necessária para mantermos o status de banda de arena, ao invés de voltarmos aos clubes pequenos", disse ele em entrevista ao Ultimate Guitar no ano passado.
A mudança de direção foi estratégica. Mesmo com as críticas de fãs mais puristas, "Cryptic Writings" alcançou sucesso comercial e ajudou a banda a permanecer relevante em uma cena musical que estava mudando rapidamente. "Fizemos algo novo sem abandonar totalmente nossas raízes", concluiu Ellefson.
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