O maior vocalista de rock de todos os tempos, segundo Ian Anderson do Jethro Tull
Por Gustavo Maiato
Postado em 13 de janeiro de 2025
Ian Anderson, vocalista e flautista do Jethro Tull, classificou Lou Gramm, do Foreigner, como "o melhor vocalista de rock de todos os tempos". A afirmação foi feita em entrevista ao The Arts Fuse (via Far Out) em 2019, na qual Anderson falou sobre os desafios de manter a voz ao longo de uma carreira musical e as medidas que adotou após sofrer danos vocais.
Anderson relatou que, a partir de 1984, enfrentou dificuldades depois de anos de uso intenso de suas cordas vocais. "Tenho que praticar todos os dias para me manter condicionado", afirmou. Ele também mencionou problemas de saúde que agravaram a situação: "Tive infecções bronquiais e agora tomo medicamentos preventivos para evitar bactérias e vírus. Estou segurando a onda no momento. Estou em melhor forma agora do que há quatro anos."
O músico comparou sua abordagem vocal com a de outros artistas, ressaltando diferenças marcantes. "Mick Jagger não canta de verdade. Ele apenas joga a voz, sempre cantou dentro de sua faixa, mas não força a voz", disse Anderson. Ele também mencionou Bruce Springsteen: "Algumas pessoas simplesmente gritam, como Bruce Springsteen." Já sobre sua própria técnica, afirmou: "Tenho melodias complicadas para cantar."
Ao falar sobre Lou Gramm, Anderson destacou o impacto das performances intensas do vocalista do Foreigner, famoso por hits como "I Want To Know What Love Is" e "Cold As Ice". Segundo Anderson, a força emocional e a potência vocal de Gramm são incomparáveis, embora o próprio tenha enfrentado problemas vocais semelhantes. "A mesma coisa aconteceu com Lou Gramm, que eu acho que é o melhor cantor de rock de todos os tempos", declarou.
Por que Lou Gramm deixou o Foreigner?
A saída de Lou Gramm do Foreigner, em 2003, encerrou uma parceria de mais de 20 anos marcada por grandes sucessos. O motivo principal foi a limitação de sua contribuição criativa, como explicou o cantor: "Depois de tantos anos colaborando nos maiores sucessos da banda, ser tratado apenas como intérprete não era algo que eu pudesse aceitar."
Nos anos 1990, Gramm e Mick Jones chegaram a trabalhar em sete novas músicas para um possível álbum, mas as diferenças artísticas e criativas cresceram. A decisão de deixar a banda foi tomada após um show no Night of the Proms, em Bruxelas, diante de 80 mil pessoas. Pouco depois, Gramm formalizou sua saída.
Kelly Hansen assumiu os vocais em 2005, mas Gramm voltou para eventos especiais, como a turnê de 40 anos da banda. O cantor afirmou não se arrepender: "Minha insatisfação não era só como cantor, mas também como compositor." A decisão reforçou sua busca por autonomia artística.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps