"Não tenho a menor saudade daquela época", diz Humberto Gessinger sobre os anos oitenta
Por Bruce William
Postado em 06 de fevereiro de 2025
Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Humberto Gessinger, do Engenheiros do Hawaii, falou sobre a nostalgia dos anos 80 e o impacto das mudanças na música brasileira. Para ele, a ideia de que as canções daquela época eram superiores ignora a responsabilidade dos próprios artistas sobre o que veio depois.
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"Acho engraçado, ninguém que fala isso se sente responsável pela maneira como o mundo ficou. É como: 'eu fiz a minha parte direitinho, se está uma merda agora não tem nada a ver comigo'." Segundo Gessinger, cada geração precisa lidar com seu próprio tempo e não faz sentido romantizar o passado.
Quando questionado sobre o domínio do sertanejo e do funk no Brasil, ele foi direto: "Talvez o Brasil seja isso, né? Talvez fosse uma ilusão outro tipo de música iluminar." Apesar das mudanças no cenário musical, ele vê vantagens no momento atual. "Se estivéssemos nos anos 80, meu primeiro disco não estaria disponível, estaria fora de catálogo, mas hoje está aí, acessível."
Para ele, o acesso ao público hoje é mais direto e independente. "Não tenho a menor saudade daquela época." Segundo Gessinger, seu foco está no presente, sem apego ao passado ou às exigências do mercado.
Sobre a pressão para reunir os Engenheiros do Hawaii, ele minimizou o assunto. "Cada vez que as pessoas conhecem mais o trabalho que estou fazendo, menos forte fica esse ruído. Foram sete anos da minha carreira, legais pra caramba, mas ela tem 40." Segundo ele, a insistência nesse tema é mais comercial do que artística.
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