O melhor álbum da história de Neil Young, segundo o próprio lendário músico
Por Gustavo Maiato
Postado em 17 de abril de 2025
Neil Young nunca se preocupou em atender às expectativas de executivos ou do grande público. Sempre fiel a si mesmo, o músico canadense transitou por diferentes estilos e assumiu riscos sonoros, mesmo que isso significasse confundir — ou frustrar — seus próprios fãs. Mas, em meio a tantos desvios de rota, há um álbum em especial que o próprio Young considera sua obra definitiva: "Everybody Knows This Is Nowhere", de 1969.
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"É provavelmente o meu melhor. É o meu favorito", afirmou o cantor, em declaração reproduzida pelo jornalista Tim Coffman da Far Out. O disco, segundo ele, representou uma virada em sua trajetória. "Meu primeiro álbum foi muito um álbum de estreia. Eu queria provar a mim mesmo que podia fazer aquilo. E consegui, graças à maravilha da tecnologia moderna. Foi a cidade dos overdubs."


Se o primeiro disco solo ainda dependia de recursos técnicos e camadas de gravação, "Everybody Knows This Is Nowhere" revelou o Neil Young cru, direto e espontâneo — acompanhado pela energia do "Crazy Horse", com Danny Whitten e Billy Talbot. O clima era mais de jam session do que de um álbum meticulosamente produzido.
Com faixas como "Cinnamon Girl", "Cowgirl in the Sand" e "Down by the River", o álbum capturou o espírito do momento com solos longos, estruturas soltas e uma sonoridade que misturava o folk e o hard rock de forma pouco convencional para a época. Era como se o ouvinte fosse convidado a uma sessão improvisada de amigos reunidos no quintal.
Embora Neil Young tenha lançado discos ainda mais populares depois — como "After the Gold Rush" (1970) e "Harvest" (1972) —, "Everybody Knows This Is Nowhere" é visto pelo próprio artista como um marco: "Foi ali que encontrei meu som. O ‘Crazy Horse’ me deu uma força que eu não teria sozinho".

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