A opinião de Max Cavalera sobre o fim do Sepultura anunciado por Andreas Kisser
Por Gustavo Maiato
Postado em 10 de abril de 2025
O Sepultura pode estar prestes a encerrar sua trajetória oficial com uma turnê de despedida que culminará em um último show em Belo Horizonte, até o fim de 2026. Mas, para Max Cavalera, cofundador da banda, esse adeus não desperta nenhuma emoção especial. Em entrevista ao programa Full Metal Jackie (via Loudersound), o vocalista e guitarrista deixou claro que, para ele, o grupo como se conheceu nos anos 1980 e 1990 já não existe há muito tempo.


"Ainda chamam de Sepultura, mas todo mundo sabe que não é a mesma coisa — e nunca mais será. Eu não tenho nada a ver com o que eles estão fazendo, com essa dissolução da banda", afirmou Max, em fala reproduzida pelo Blabbermouth.
Max deixou o Sepultura em 1996, e seu irmão Iggor Cavalera, baterista original, saiu dez anos depois. Desde então, os dois retomaram parcerias em projetos como o Cavalera Conspiracy e, mais recentemente, passaram a regravar os álbuns clássicos do Sepultura, como Bestial Devastation e Morbid Visions, o que gerou críticas públicas do guitarrista Andreas Kisser, que hoje lidera a formação remanescente da banda.

Max, no entanto, ignora as críticas: "Eu e Iggor temos nosso próprio caminho. Estamos revisitando esse material no nosso tempo, do nosso jeito. Sempre fizemos tudo com o coração. É como preservar aquele coração jovem, adolescente, que ainda vive dentro da gente."
Para o músico, o espírito do Sepultura não está apenas no nome, mas na essência da criação artística e na conexão emocional com o passado. "A banda foi algo especial, de um tempo especial. E hoje celebro isso ao lado do Iggor, independentemente do que os outros estejam fazendo."

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