Quando Bruce falou mal de uma música do Maiden, mas os fãs lembraram de outra ainda pior
Por Bruce William
Postado em 05 de abril de 2025
Nem mesmo um gigante do heavy metal escapa de encarar suas escolhas passadas com certo desconforto. Bruce Dickinson, por exemplo, já admitiu que nem tudo o que gravou merece lugar de destaque. E quando foi provocado a apontar a pior música de sua carreira, ele não fugiu da pergunta, embora sua resposta tenha levantado outras lembranças ainda mais embaraçosas para os fãs.
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Foi em 1997, numa entrevista para a Kerrang!, que Bruce recebeu uma provocação direta: qual faixa do Iron Maiden (ou de sua carreira solo) mereceria entrar numa fictícia coletânea chamada "Crap Songs of Our Time"? ("Canções de Merda da Nossa Época") A resposta veio sem rodeios: "Run Silent, Run Deep", do álbum "No Prayer For the Dying". Para justificar, ele citou um trecho da letra que hoje lhe parece exagerado: "A cunning fox in the chickens lair / A hound of hell and the devil don't care" ("Uma raposa astuta no galinheiro / Um cão do inferno e o diabo não liga"). Segundo Bruce, ele estava tentando ser sério demais ali, e no fim talvez tenha ido longe demais.

Mas como toda boa provocação, essa resposta acabou lembrando aos fãs que Dickinson tem outras passagens musicais questionáveis em sua trajetória. E foi "Zulu Lulu", de seu álbum solo "Tattooed Millionaire" (1990), que voltou ao centro da discussão. A Revolver Magazine chegou a recuperar uma fala antiga de Bruce sobre a música, classificando-a como uma de suas piores composições, especialmente por causa de um trocadilho infame: "She looked me up and down and said, 'Assiagod for me'" ('Ela me olhou de cima para baixo e disse, 'Assiagod for me'"). "Assiagod" é um trocadilho com "I see a god" ("eu vejo um deus"). Sim, é um trocadilho ruim mesmo, o próprio Bruce reconhece. :)

Entre os fãs, especialmente em fóruns como o Reddit, há um consenso curioso: sim, "Zulu Lulu" é fraca, mas o disco como um todo ainda carrega valor. Muitos destacam canções como "Born in ’58" e "Tattooed Millionaire" como favoritas. Um deles chegou a escrever que ouve "Born in '58" mentalmente até quando está cortando a grama. Já "Zulu Lulu", na opinião geral, pode ser perdoada por seu tom descontraído, quase como uma brincadeira de estúdio.
Outros até veem graça nela. Um comentário a comparou com algo que o AC/DC faria: um rock de três acordes com letra de duplo sentido e um solo à la Angus Young. "Não tem muito ali, mas confesso que gosto. Só não é algo que a maioria dos defensores do álbum costuma admitir", escreveu o fã.

No fim das contas, o próprio Bruce já riu disso tudo. Afinal, se nem ele leva tão a sério certas composições, por que os fãs deveriam se preocupar? É apenas rock - e, às vezes, com um trocadilho ruim sobrando, faz parte.
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