Regis Tadeu elege o álbum mais subestimado do Pink Floyd; "Ninguém quase fala sobre esse disco"
Por Bruce William
Postado em 25 de maio de 2025
Corte de uma Live realizada por Regis Tadeu em seu canal do youtube mostra o jornalista e crítico musical respondendo à pergunta: "Qual o disco mais subestimado do Pink Floyd?": "A trilha do 'Obscured by Clouds'", respondeu Regis, se referindo ao sétimo da discografia ba banda, lançado em 1972, e que foi composto como trilha sonora para o filme francês La Vallée, de Barbet Schroeder. Apesar de ser considerado por muitos como um trabalho menor na trajetória do grupo, Regis discorda dessa leitura. "Ninguém quase fala sobre esse disco, e é realmente um belo disco!", destacou.


Gravado rapidamente entre sessões de shows e de composição para o que viria a ser "The Dark Side of the Moon", o álbum mostra o Pink Floyd em uma fase de transição. Ainda há resquícios do psicodelismo de álbuns anteriores, mas já se percebe uma abordagem mais direta e acessível, com canções como "Wot’s... Uh the Deal" e "Free Four", que se aproximam da estrutura pop/rock tradicional.

"É um disco que pode muito bem ser apreciado longe do filme, que é uma merda, uma besteirada", completou Regis, deixando claro que a trilha se sustenta por si só. A crítica ao filme La Vallée não é incomum entre fãs da banda, já que o conteúdo da obra é considerado arrastado e pouco envolvente, ao contrário da trilha sonora, que exibe momentos de lirismo, tensão e melodia com a assinatura típica do grupo.
Além das qualidades musicais, o disco também marca o último momento em que o Pink Floyd lançou um álbum antes da explosão definitiva com "Dark Side". Em "Obscured by Clouds", o grupo ainda soa mais espontâneo e menos conceitual, com arranjos mais crus e composições diretas — algo que se perderia em parte nas ambições grandiosas que viriam a seguir.

Com o tempo, o disco passou a ser redescoberto por fãs mais atentos e colecionadores, mas ainda é um trabalho ofuscado dentro do catálogo da banda. Ao resgatar esse álbum em sua fala, Regis Tadeu chama atenção para uma fase menos celebrada do Pink Floyd — e, ao mesmo tempo, convida o público a revisitar um disco que pode surpreender justamente por não carregar o peso de um "clássico".

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