Tobias Forge (Ghost) revela influência da religião em sua vida
Por João Renato Alves
Postado em 12 de maio de 2025
Não dá para negar que Tobias Forge possui um grande conhecimento sobre religião. Basta ver o universo que criou em torno do Ghost, com uma série de simbolismos e apropriações. Em entrevista à versão alemã da Rolling Stone, o músico foi questionado sobre a influência do assunto em sua vida. E respondeu, conforme repercussão do Blabbermouth:
"Influenciou, mas não no sentido tradicional. Todos nós conhecemos pessoas que cresceram em lares religiosos, ou talvez em tempos em que a religião era mais parte do mainstream. No entanto, eu cresci com a religião sob um aspecto cultural, porque minha mãe é uma pessoa muito culta e muito interessada em arte e cinema. Então, houve uma espécie de influxo natural do aspecto cultural. Sempre que viajávamos para algum lugar, íamos a uma igreja — não por motivos religiosos, mas por motivos culturais, pelas obras de arte, como um museu."


Obviamente, o aspecto lúdico dos templos despertou atenção no atual Papa V Perpetua. "Era quase do ponto de vista de Indiana Jones, porque era mágico. Mas isso era algo positivo. Parecia histórico, parecia mágico, parecia antigo e legal."
Além disso, Forge não tinha experiências positivas no convívio com pessoas de fé ao seu redor. "E o outro aspecto eram as pessoas religiosas da minha vizinhança que não eram necessariamente muito legais, ou pelo menos eu não as achava muito agradáveis. E uma delas foi minha professora na primeira e na segunda séries. Isso foi no final dos anos 80, ela provavelmente estava na idade de se aposentar na época. Nasceu por volta de 1915 ou 20. Não sei. Não me lembro. Mas ela era muito parecida com uma disciplinadora da velha guarda — muito antiquada, má. Todo mundo a odiava.

E mesmo antes de eu começar a escola, no meu jardim de infância, havia muitas crianças que eram mais velhas e diziam: ‘Você vai acabar na turma dela, é uma verdadeira bruxa.’ Imediatamente brigamos. Lembro dela dizendo tão claramente — quer dizer, qualquer um que estivesse na minha turma poderia dizer: ‘Ah, ela nunca disse isso’, mas lembro claramente que ela dizia: ‘Se isso tivesse acontecido há alguns anos, eu poderia ter batido em você. Antigamente — não foi há muito tempo — eu teria permissão para bater em vocês, crianças.’ E você realmente podia dizer que ela queria ser esse tipo de disciplinadora física. E você pode argumentar que talvez alguém como eu merecesse isso. Eu era muito arrogante. Não gostava de pessoas autoritárias quando era criança, então não gostava nada disso. E ela era profundamente religiosa."

O Ghost obteve uma marca história com seu novo álbum, "Skeletá". O disco se tornou o primeiro da banda a alcançar o número 1 no The Billboard 200, principal parada da indústria musical em todo o mundo. O trabalho vendeu o equivalente a 86 mil cópias nos Estados Unidos em sua semana de lançamento – sendo 89% em versões físicas.
É a primeira vez que um artista ligado ao hard rock/metal consegue o feito desde 2020, quando o AC/DC triunfou com "Power Up". O play também chegou ao topo dos charts na Austrália, Áustria, Bélgica, Finlândia, Alemanha, Suécia e Suíça. Ainda foi número 2 no Reino Unido, Noruega e Países Baixos.
Atualmente, a banda excursiona pela Europa com a "Skeletour". Futuros shows estão agendados para a América do Norte ainda em 2025. Não há datas definidas para outras partes do planeta até o momento.

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