Chris Adler conta como foi trabalhar com Dave Mustaine em álbum do Megadeth
Por João Renato Alves
Postado em 11 de maio de 2025
O baterista Chris Adler foi um dos músicos responsáveis pela gravação de "Dystopia", álbum lançado pelo Megadeth em 2016, onde atuou como convidado especial – embora sua permanência em definitivo tenha sido especulada. Aclamado, o disco ainda contou com a estreia do guitarrista brasileiro Kiko Loureiro, que se integrou ao grupo pelos anos seguintes.
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Durante entrevista ao Loaded Radio, o músico falou sobre como foi trabalhar no play, além de exaltar a postura do vocalista e guitarrista Dave Mustaine, líder da banda e conhecido por não ser uma pessoa das mais fáceis de lidar. Ele declarou, conforme transcrição do Blabbermouth:
"Foi um sonho realizado. Todo mundo adora implicar com Dave e eu sinto pena dele. Ele teve uma infância difícil, conheço toda a sua história, passamos muito tempo conversando sobre as coisas. Mas realmente é um cara muito legal. É problemático, mas de um jeito que o torna um dos melhores caras do mundo. E como toca guitarra. É surreal."

O convite ainda foi uma realização do ponto de vista pessoal para o ex-Megadeth. "Quando eu era criança, andando de skate ou algo assim, peguei uma fita cassete, ouvia um monte de punk rock e tudo mais, e escutei uma música do Megadeth. Aquilo realmente me colocou no caminho para fazer tudo o que eu fiz. Então, receber aquela ligação foi um sonho que se tornou realidade."
Refletindo sobre as sessões de estúdio, Chris disse: "Nos encontramos algumas vezes só para ver se conseguiríamos nos dar bem. Nos conhecemos em 2005, em uma turnê, e nos demos muito bem. Então ele me levou para Nashville. Acho que por uns dois ou três meses me alugou uma casa em Nashville, perto dele. Nos reuníamos em um estúdio que ficava meio no meio e tocávamos o tempo todo. Éramos só eu e ele por, acho, dois meses, meio que compondo e revisando as coisas. Eles tinham um ótimo engenheiro de som, Chris Rakestraw, que estava lá nos ajudando a juntar as partes e a pensar em outras coisas. Fiquei de olhos arregalados. Mas fui profissional, pois sabia que estava lá apenas para o trabalho de estúdio."

O resultado foi o suficiente para Mustaine dar um passo adiante. "Deu tão certo que basicamente ele me convidou para entrar na banda. Dois anos depois estávamos em turnê pelo mundo e o disco ganhou um Grammy, o que foi insano. Isso talvez tenha causado tensão no Lamb of God. Eu tinha feito um disco com o Protest the Hero que lhes rendeu o equivalente ao Grammy no Canadá. Logo depois, o Megadeth ganha um Grammy. O que está acontecendo aqui? Mas, sim, foi emocionante."
Novamente sobre a relação com Dave, Adler especulou: "Por ser quem ele realmente é e pela atenção que recebe em qualquer lugar, é difícil entrar nesse círculo íntimo. Mas, uma vez lá dentro, é o cara mais generoso, mais legal e mais gentil. Tem uma família linda. São todos pessoas maravilhosas. Entendo as defesas, os muros que são erguidos para a própria proteção. Talvez ele pudesse ter dito coisas diferentes aqui e ali ao longo do caminho. Não cabe a mim dizer. Mas nos divertimos muito juntos e ainda o considero um amigo. Foi uma honra fazer parte disso por tanto tempo."

Chris Adler ainda confirmou que foi o responsável pela indicação de Dirk Verbeuren, atual titular das baquetas no Megadeth e "um dos três melhores bateristas do mundo", em sua opinião. "Dystopia" chegou ao terceiro lugar na parada dos Estados Unidos. A presença de Kiko Loureiro também fez com que o disco chegasse ao quarto lugar no Brasil.
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