Noel Gallagher e o álbum que é tão ruim que deve ser ouvido apenas uma vez e chapado
Por Gustavo Maiato
Postado em 09 de maio de 2025
Noel Gallagher nunca teve receio de desvalorizar parte de sua própria obra — e, em entrevista, voltou a demonstrar esse traço característico ao comentar "Be Here Now", terceiro álbum do Oasis, lançado em 1997. Para ele, o disco deveria ter sido ouvido apenas uma vez. "Naquele dia, chapado, de preferência no parque, bêbado – e nunca mais", disse, citando os amigos Coyley e Phil, de Manchester, como autores do veredito.
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A declaração, publicada pelo portal Far Out Magazine, reflete a relação ambígua do músico com um dos álbuns mais aguardados da década de 1990. Após o sucesso retumbante de "Definitely Maybe" (1994) e "(What’s the Story) Morning Glory?" (1995), "Be Here Now" chegou às lojas cercado de expectativa e foi inicialmente saudado como um triunfo do Britpop. Com o tempo, porém, passou a ser visto como um símbolo do excesso e da autossuficiência do gênero.
Para Noel, o disco sofre com um inchaço de produção. As sessões de estúdio, que usaram duas mesas de mixagem ao mesmo tempo, resultaram em camadas sonoras pesadas e repetitivas. Faixas como "All Around the World", com seus mais de nove minutos e múltiplas sobreposições de guitarras, são citadas como exemplos do desgaste que o álbum provoca em uma audição contínua.
Noel Gallagher e "Be Here Now"
Ainda assim, Gallagher reconhece o valor de algumas composições. Músicas como "Don’t Go Away" e "Stand By Me" seguem tocando o público, especialmente em apresentações ao vivo. O problema, segundo ele, está no formato do álbum, não no conteúdo em si.
O guitarrista também fez uma comparação com produções de outras épocas. Citou, por exemplo, "In the Air Tonight", de Phil Collins, como uma música icônica que hoje soa datada, especialmente no que diz respeito à produção de bateria. Segundo Noel, o mesmo destino recaiu sobre "Be Here Now", cuja sonoridade grandiosa envelheceu mal.
Mesmo ciente das falhas, ele encara a ideia de um disco feito para ser ouvido uma única vez com certo romantismo. "Não merece as mesmas repetições de Definitely Maybe ou Morning Glory, mas há algo poético em escutar tudo de uma vez só, sob as circunstâncias certas, e guardar como um sonho", declarou. Um sonho alto, barulhento — e com potencial de deixar os ouvidos latejando.
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