Os artistas que Paul McCartney admitiu que queria ser lembrado da mesma forma
Por Gustavo Maiato
Postado em 24 de junho de 2025
Aos 45 anos do fim dos Beatles, Paul McCartney ainda é visto como um dos maiores criadores de melodias da música popular. Enquanto John Lennon era tido como o Beatle mais "intelectual", McCartney fazia questão de tocar o coração do público — mesmo que isso lhe rendesse críticas por ser "meloso demais". Segundo o próprio, ele estaria muito satisfeito se fosse lembrado como um herdeiro artístico de ícones como Nat King Cole, Fats Waller e Fred Astaire.
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"Eu ficaria muito feliz de ser visto como um canalizador de Nat King Cole ou Fats ou Fred", afirmou McCartney, em entrevista repercutida pelo site Far Out Magazine. "Não há como negar a ideia de ser um médium. Eu definitivamente sonhei com ‘Yesterday’, então tenho certeza de que canalizei muitas outras músicas também".
Desde os tempos dos Quarrymen, sua missão era clara: entreter. Mesmo nas experimentações ousadas dos Beatles, era de McCartney que vinham as melodias mais acessíveis e cantaroláveis. Se Lennon queria provocar e revolucionar, Paul queria emocionar e encantar — o que nem sempre foi bem visto. Kurt Cobain [v], por exemplo, chegou a ridicularizar sua veia sentimentalista, chamando parte de sua produção de "música de vovó".

Ainda assim, é inegável que hits como "My Love" e "Silly Love Songs" têm apelo universal. E McCartney nunca escondeu o orgulho disso. Para ele, trazer leveza ao mundo, mesmo que por três minutos de música, já é um feito admirável. Afinal, como conclui o texto do jornalista Tim Coffman, "que melhor forma de trazer alegria ao mundo do que fazer as pessoas esquecerem, por um instante, da feiura que existe nele?".

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