O melhor integrante dos Beatles, segundo Ian Anderson do Jethro Tull
Por Gustavo Maiato
Postado em 21 de julho de 2025
Figura lendária do rock progressivo, Ian Anderson, líder do Jethro Tull, não esconde sua admiração pelo legado dos Beatles. Mas, entre os quatro fabulosos de Liverpool, o flautista sempre teve um favorito claro: John Lennon. Em entrevista à revista Classic Rock (via Far Out), publicada em 2021, Anderson explicou o motivo de sua preferência, destacando a postura provocadora e o espírito rebelde do compositor de "Imagine".
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"Quando eu era estudante, sempre fui atraído pelo John Lennon, de longe o mais interessante", disse Anderson. "Paul McCartney parecia aquele personagem alegre, angelical, um pouco insosso, como se a banda tivesse recebido um transplante do Cliff Richard", alfinetou, referindo-se ao cantor britânico famoso por seu estilo mais comportado. "Mas o John tinha atitude, um certo desprezo por ser moldado e obrigado a usar ternos combinando".
Segundo o jornalista Tom Phelan, que assina o texto, a fala do músico ecoa uma percepção comum entre fãs e críticos: "Lennon era o elemento inquieto dos Beatles. Desde os tempos em que o grupo tocava em bares decadentes de Hamburgo, passando pelo sarcasmo no comando da banda, até suas frases polêmicas — como quando pediu à plateia da realeza que ‘sacudisse as joias’ ou se declarou ‘mais popular que Jesus’ —, John representava o lado ácido e contestador da banda", escreveu.

Para Ian Anderson, essa rebeldia era justamente o que tornava Lennon especial — um contraponto à imagem mais polida dos Beatles nos tempos áureos da Beatlemania. "Ele tinha uma energia que não se curvava facilmente ao controle de Epstein", resumiu, em referência ao empresário Brian Epstein, que reformulou a imagem do grupo.
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