A banda cultuada que jornalista brasileiro chamou de "talvez a mais chata do planeta"
Por Mateus Ribeiro
Postado em 10 de julho de 2025
No vasto universo do rock e do heavy metal, algumas bandas despertam amor e rejeição na mesma intensidade — quase sempre pelos mesmos motivos. Um bom exemplo é o Tool, grupo norte-americano reverenciado por fãs devotos e conhecido por sua sonoridade densa e cerebral.
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Fundado no início dos anos 1990, na Califórnia, o Tool abraça um prog metal virtuoso e atmosférico — um estilo longe de ser unanimidade. Ao longo da carreira, a banda lançou faixas icônicas como "Schism", "Lateralus" e "Pneuma", esta última tão complexa que levou o renomado baterista Mike Portnoy (Dream Theater) a suar a camisa para reproduzi-la.

Naturalmente, uma proposta musical tão particular não agrada a todos — e isso faz parte do jogo. O jornalista brasileiro André Barcinski, por exemplo, já deixou claro que não é um entusiasta do grupo.
Em julho de 1998, Barcinski assistiu a uma das apresentações do Tool no Ozzfest daquele ano, realizado no PNC Bank Arts Center, em Holmdel, Nova Jersey (EUA). Ele escreveu uma resenha do festival para a revista Show Bizz, publicada na edição de agosto — e não poupou críticas à banda.
André fez uma resenha do festival, publicada pela revista Showbizz em agosto de 1988. Ele foi direto ao ponto, como mostra o texto original.
"Depois do massacre [show do Motörhead], veio o Tool, talvez a banda mais chata do planeta. Toca, basicamente, rock progressivo com passagens de metal brega. Assistir a quinze minutos dessa desgraça é mais tedioso que ler as obras completas de José Sarney."

O Tool seguiu em frente com integridade artística e sucesso crescente. Décadas depois, o grupo continua na ativa e segue influente dentro da cena alternativa e progressiva. Seu lançamento mais recente, até o momento, é "Fear Inoculum", de 2019.
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