A lendária banda de hard rock que confirmou que Aerosmith tentou sabotá-los
Por Gustavo Maiato
Postado em 30 de agosto de 2025
Rivalidade entre bandas sempre foi combustível para grandes histórias do rock. Em matéria publicada pelo jornalista Tim Coffman, na Far Out Magazine, o episódio envolvendo Aerosmith e Kansas ganha contornos quase folclóricos. Como destacou o autor, "não é fácil colocar milhões de pessoas para cantar junto com seu material, mas, enquanto o Aerosmith conseguia isso, eles não estavam acima de deixar alguns colegas para trás".
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Coffman relembra que, apesar das comparações frequentes com os Rolling Stones, o Aerosmith construiu seu nome com riffs icônicos como "Back in the Saddle" e "Walk This Way". Nos palcos, Steven Tyler era pura eletricidade, e Joe Perry, um espetáculo à parte na guitarra. Ainda assim, dividir espaço com uma banda como o Kansas podia ser arriscado. "O público do Aerosmith queria hits diretos, não longos solos e narrativas progressivas. E, se o Rush ainda se virava bem, uma banda como Kansas não tinha muita chance", escreveu o jornalista.
Mas na prática não foi bem assim. Kansas, embalado pelo sucesso de "Carry On Wayward Son", mostrava que conseguia entregar um show à altura. Foi quando surgiu a fama de que Steven Tyler recorria a um truque pouco ortodoxo: cortar o som das bandas de abertura quando elas iam bem demais. O baterista Phil Ehart confirmou o rumor: "Nós éramos – e ainda somos – grandes fãs do Aerosmith, então foi uma emoção tocar com eles. Mas fomos avisados para tomar cuidado. Steven costumava puxar o plugue se um grupo de abertura fosse bem demais. E, de fato, isso aconteceu".

Segundo Coffman, a atitude era vista como um movimento sujo: "Mesmo que a banda de abertura tivesse arrasado, isso deveria servir de incentivo para o headliner mostrar por que merecia estar no topo do pôster". Ainda assim, Tyler não queria correr riscos.
E mesmo que Kansas tenha conquistado seu espaço e entregado grandes apresentações, Steven Tyler se mantinha como o "Demon of Screamin’", um frontman imbatível que dificilmente perderia a coroa de rei do palco. Como resumiu Coffman: "Era fácil entender por que ele não queria arriscar quando alguém estava incendiando o palco".

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