O vocalista tão "louco" e que, para Slash, deixava Axl Rose no chinelo
Por Bruce William
Postado em 14 de setembro de 2025
Slash conviveu com todo tipo de excesso nos tempos áureos do Guns N' Roses. Entre turnês gigantescas, festas intermináveis e brigas internas, a figura de Axl Rose se consolidou como uma das mais imprevisíveis do rock. Mas, para o guitarrista, nem mesmo seu parceiro de banda chegava perto do nível de "loucura" que ele testemunhou ao trabalhar com Michael Jackson.
O encontro entre os dois aconteceu nos anos 1990, quando o Rei do Pop recrutou Slash para gravar o solo de "Give In to Me" no disco "Dangerous", além de participações nos álbuns seguintes e em shows-surpresa até 2001. A convivência, porém, revelou ao guitarrista uma dimensão de fama que ele jamais tinha presenciado. "Existe ser famoso e existe ser desse tipo de famoso, e isso é um mundo insano porque você perde completamente a noção da realidade", declarou em entrevista à TV canadense em 2012 (via Far Out).
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Slash explicou que Michael vivia cercado por pessoas interessadas em tirar proveito, o que o deixava isolado. "Ninguém falava com ele de verdade. Todo mundo estava por perto para ganhar algo com isso... É uma situação muito solitária", relatou. Para o guitarrista, esse tipo de celebridade extrema era "louca demais" até para que houvesse uma amizade mais próxima.
A comparação com Axl Rose é inevitável. Se o vocalista do Guns já era visto como explosivo e difícil de lidar, Michael Jackson parecia habitar um universo ainda mais caótico. Era fama em escala global, com idolatria histérica e uma bolha de isolamento que, segundo Slash, deixava qualquer outro artista no chinelo.

Ainda assim, o guitarrista nunca deixou de reconhecer a genialidade por trás da fama. "Ele não era um ditador ou daqueles excêntricos que se acham por serem grandes. Michael era a personificação da música", declarou ao jornal The Guardian em 2010. Para Slash, por mais estranho que fosse o universo que cercava o astro, havia um artista de verdade por trás de tudo, alguém capaz de transformar qualquer palco em algo único. E mesmo que jamais tenham sido íntimos, o guitarrista deixou claro que a conexão musical foi suficiente para mantê-lo fiel às colaborações com o Rei do Pop ao longo de uma década.

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