Os erros de Fernando Deluqui como membro do Engenheiros do Hawaii, segundo o próprio
Por Gustavo Maiato
Postado em 09 de setembro de 2025
O guitarrista Fernando Deluqui, conhecido por sua trajetória no RPM e por ter participado do álbum "Simples de Coração" (1995) dos Engenheiros do Hawaii, voltou a falar sobre o período em que integrou a banda liderada por Humberto Gessinger. Em entrevista ao Corredor 5, ele admitiu erros de postura e revelou episódios de tensão nos bastidores.
"Eu enchi o saco do Humberto, eu reconheço", contou. Segundo Deluqui, a principal divergência ocorreu quando pediu para cantar uma música no disco, algo que gerou incômodo no vocalista. "Porra, é chato, né? O cara que é o cantor da banda, vem alguém de fora e fala: ‘Quero cantar a música’. Que porre, né, velho? Aí começou… mas deu para levar legal. Tinha outros problemas de relacionamento bem piores", lembrou.
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Apesar dos atritos, a fase foi marcada por muitos shows e pela exposição dos clipes na MTV. "Nós fizemos clipes para caramba com o Rogério Galo, e passava direto na MTV. A banda deu uma crescida. Se continuasse naquela formação, ia crescer muito. Só que eu fui o primeiro a pular fora, porque não estava gostando da vibe", explicou.
Deluqui reconheceu também sua própria intolerância. "Eu queria colocar minhas músicas, já estava nessa fase. Então saí, fui fazer meu trabalho. Em 96, 97, gravei meu primeiro álbum solo", disse. Foi nesse período que conheceu Virgínia, sua atual esposa, que segundo ele foi fundamental para superar problemas pessoais, incluindo a dependência química.
"Foi uma união maravilhosa e colocou um ponto final na questão da droga", afirmou. O guitarrista relatou ainda que buscou ajuda no Alcoólicos Anônimos (AA) e se impressionou com os testemunhos que ouviu.
Fernando Deluqui e Engenheiros do Hawaii
Antes de se juntar ao grupo gaúcho, Deluqui já havia acumulado fama no RPM. Sua entrada nos Engenheiros ocorreu logo após uma saída conturbada da banda de Paulo Ricardo. "Eu tinha acabado de brigar com o Paulo, e toca o telefone: era o empresário dos Engenheiros. Aceitei na hora sem pensar", disse em entrevista ao Whiplash.Net.
O músico chegou ao Rio acreditando que seria o único guitarrista, mas encontrou outro integrante que não havia sido desligado. "Foi bizarro, mas o álbum ficou bom. Greg Ladany, o produtor, era mestre. E você acredita que eu nunca aprendi a tocar ‘Infinita Highway’? Quando chegava naquela convenção de bateria, eu só tirava a mão", contou em tom bem-humorado. Sua saída da banda, poucos anos depois, foi marcada pelo desejo de trilhar caminhos próprios. "Eu achava que ia… não, eu fui e fiz. Comecei meu trabalho solo", concluiu.
Confira a entrevista completa abaixo.
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