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Uma especial mineração colecionista...

Por
Postado em 20 de novembro de 2025

Recentemente, reuni-me com um grupo de amigos para uma viagem bate-volta, longamente combinada, à cidade de Pouso Alegre/MG. O destino: o hipermercado Baronesa.

Foto: Arquivo pessoal
Foto: Arquivo pessoal

O que há, porém, de tão especial num deslocamento interestadual a um... hipermercado? O que, enfim, motivou o trio de amigos – eu, juntamente com Marcelo Magosso e Adriano Martins – a se lançar na estrada no dia 11/10/2025, por tão longa distância, em pleno sábado matutino moderadamente gelado?

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Lucia Garó @ unsplash.com
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Quem [ainda] é colecionador de materiais físicos talvez já antecipe a resposta. Aos demais, o contexto e o motivo: para além da sempre agradável viagem entre amigos, o hipermercado em questão sedia, numa de suas galerias, um verdadeiro templo de mídias físicas, tão vasto em quantidade quanto fértil em qualidade e raridades.

Os superlativos empregados representam, fielmente, a extensão do acervo da loja, compartimentada em incalculáveis corredores, escaninhos e fileiras. E os preços, absolutamente justos. Alguns, aliás, bastante abaixo das médias usualmente praticadas.

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Dirigimo-nos, assim, rumo a um verdadeiro bálsamo. Um oásis recôndito, hospedado num improvável reduto no interior do sempre acolhedor estado mineiro.

O conto que nos foi prometido pelo Marcelo Magosso, já conhecedor e fiel cliente da loja: um templo de raridades infinitas, a preços entre o baixo e o moderado.

A realidade: uma completa superação de todas as expectativas, que se mostraram até mesmo comedidas em comparação com o que, ao final, testemunhamos, Adriano e eu.

Saliente-se que a loja não trabalha apenas com CDs. Tampouco com materiais exclusivamente musicais. Há discos de vinil (mais escassos), além de DVDs e boxes, musicais e de filmes. Ou seja, o acervo é bastante amplo e variado.

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Magosso e eu somos da página Rock Show. Adriano, um amigo pessoal comum, é idealizador do excelente canal DRIssonante. Ele registrou um vídeo, já publicado em sua página, exibindo a loja e a vasta coleção por ele adquirida na ocasião. Deixo, por oportuno, o enfático convite para que vocês, leitores deste texto, também assistam ao ótimo conteúdo por ele divulgado:

Agora, a minha vez. Pretendo relacionar, um a um, os itens adquiridos, com breves comentários a respeito do estilo de cada artista ou conjunto que somei à minha coleção, ao final dessa viagem.

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Aqui, o intuito, não é o de resenhar os materiais – como costumeiramente faço –, mas o de exibir e sucintamente descrever os títulos angariados durante essa mineração. Sim, mineração! Afinal, explorar todos aqueles escaninhos, extensos em alturas, fileiras e comprimentos, representou mais que uma garimpagem.

O resultado foi-me, ao final, extático. E a primeira impressão ao atravessar os portais de entrada daquela imensa e imponente fortaleza deixou-me prontamente estático (dessa vez, com "s"). Sem exageros! Vocês perceberão o entusiasmo durante o percurso da leitura desse depoimento, que agora trago à superfície, aos olhos do leitor.

Também gravei um vídeo para, fugindo à exclusiva aridez das palavras, exibir, em cores, os itens adquiridos. Deixo o convite a vocês, leitores desse texto, para que também confiram esse registro. Segue o link:

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Sem mais verborragia, ao resultado da mineração.

Beth Gibbons & Rustin Man – Out of Season

Inicio com Beth Gibbons & Rustin Man por uma especialíssima razão. Para além de vasta aquisição pessoal, Marcelo Magosso também presenteou, a mim e ao Adriano, cada um com um CD. A mim, dedicou esse excelente álbum, Out of Season.

Beth Gibbons é vocalista do Portishead. Em carreira solo, executa uma sonoridade igualmente etérea, meditativa e contemplativa, numa linha folk minimalista.

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Quem já leu alguma resenha minha está provavelmente familiarizado com os citados adjetivos, que sempre emprego e que espelham justamente as virtudes que mais aprecio na música.

A escolha de um presente como esse, portanto, não poderia ter sido mais certeira. Um primor. Uma joia rara que não conhecia de uma artista que, às primeiras notas tocadas, converteu-me em instantâneo fã.

Mark Knopfler – Sailing to Philadelphia e The Ragpicker's Dream

Não só de metal vive o ser humano.

Sou apreciador declarado de diversos gêneros hospedados fora da linha do metal e do próprio rock. Gosto muito, a propósito, de música eletrônica, de folk, de country, de jazz, de blues, de flamenco, de tango, de brasilidades e de incalculáveis outros estilos. Ecleticismo é-me norte pessoal e creio, firmemente, que não há limites à música, em seus caminhos criativos e experimentais.

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Isso dito, conheci apenas recentemente o trabalho solo de Mark Knopfler (Dire Straits). Ao entrar numa loja em Sorocaba, há alguns meses, percebi que o dono deixara tocando, como música ambiente, um álbum que prontamente me cativou e me capturou. Perguntei-lhe qual era o título. A resposta: Shangri-La, de Mark Knopfler. Gostei tanto, que adquiri o material imediatamente, naquela mesma visita. E, desde então, tornei-me cativo apreciador do trabalho solo do artista.

Mark Knopfler executa um estilo folk suave e minimalista. Predominam as linhas acústicas e a exibição vocal, que se impõe com uma veia bastante marcante. Afinal, Mark Knopfler titula um timbre grave, limpo e imponente, bastante sobressalente. O artista imprime, assim, uma marca identitária singular às canções, prontamente reconhecíveis, à semelhança de uma digital palmar.

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O cantor domina um estilo inconfundível e bastante agradável. Em carreira solo, compõe caprichosamente, com sentimentalismo e emoção, numa ambiência mais etérea em comparação com o Dire Straits.

Sailing to Philadelphia e The Ragpicker's Dream Altamente são pérolas seletas altamente recomendáveis na vasta discografia de Mark Knopfler.

Simon & Garfunkel – Old Friends: Live on Stage

Ao longo do tempo, já saturei, em comentários e resenhas, os elogios que dediquei à dupla Simon & Garfunkel. É fruto de sua mente criativa, aliás, a canção que considero a mais bela já composta pelo ser humano: The Sound of Silence. Não é comentário de ocasião. É uma afirmação à qual me agarro e defendo há décadas. Mais precisamente, desde quando, prostrado, tive contato, pela primeira vez, com essa composição, minimalista na forma, transcendental em sensorialidade e profunda na sua temática lírica.

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Old Friends: Live on Stage é o terceiro registro ao vivo da dupla. Foi gravado em 2003, durante uma turnê de reunião. A seleção de canções abrange os maiores sucessos da carreira de Simon & Garfunkel, embora as faixas tenham recebido algumas sutis modificações, especialmente nas linhas vocais.

Essas alterações criativas permitiram uma experiência sonora distinta. Imprimiram, na realidade, um aspecto inovador e inventivo, que agradará especialmente aqueles já habituados às canções em suas formas originais, amplamente conhecidas (e tão repetidamente executadas ao vivo, ao longo da carreira da dupla).

Neil Young – Unplugged

Eis outro artista de que sou devoto apreciador: Neil Young.

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Com mesclas equilibradas de rock, country e folk, as canções de Neil Young são sempre tiro certeiro em sua proposta.

Unplugged é um álbum ao vivo e acústico lançado em 1993. Conta com uma longa seleção de 15 faixas, que somam aproximadamente 65 minutos de duração.

A verve desse material é taciturna, melancólica, introspectiva e intimista, com contornos obscuros. Tudo isso, por sinal, em sintonia com a própria veia artística de Neil Young, aqui potencializada pela ambiência acústica performada.

Um álbum com alta carga sensorial, para meditativa e desapressada contemplação.

Shylock – Welcome to Illusion

Deixando o eixo folk/country e ingressando, agora, propriamente no campo do rock e do metal, também adquiri, minerando, o álbum Welcome to Illusion, da banda de hard rock Shylock.

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Um depoimento pessoal, de partida: o conjunto não me resgata boas memórias. Nada relacionado diretamente à banda, mas a uma época da minha vida em que particularmente ouvia o conjunto (música é assim: ouvimos e a correlacionamos com o momento. Revisitando-a, não importa quanto tempo depois, revivemos os mesmos sentimentos e lembranças, boas ou ruins).

O fato: tive um carro furtado em 2010, enquanto trabalhava. No meu toca-CDs, um álbum do Shylock, Pyronized. Com o automóvel, que nunca recuperei, foi-se, portanto, também o CD.

Na mineração em Pouso Alegre, defrontei-me com material do Shylock. Não propriamente o Pyronized, mas outro, equivalentemente bom: Welcome to Illusion.

O conjunto, injustamente pouco conhecido, performa um hard rock bastante instigante. Há uma aura vibrante, vivaz e festiva que lhe colore a musicalidade, permeada, porém, por certa dose de peso e por um vocal bastante potente (o que, às vezes, aproxima o Shylock de um estilo hard & heavy).

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Eis um grupo inconcebivelmente subapreciado e que, portanto, merece ser ouvido, especialmente por fãs de bandas como Crashdiet, de Hardcore Superstar e de Twisted Sister.

Fica a dica.

Time Requiem – Time Requiem e The Inner Circle of Reality

Se me lançasse aqui em meus habituais devaneios verborrágicos, eu, por certo, me perderia e me alongaria excessivamente nas estórias que guardo na memória sobre o Time Requiem.

Agrada-me contá-las, rememorando-as e resgatando, assim, os sentimentos da época. Talvez redija, inclusive, em algum momento, um texto específico para compartilhá-las.

Sintetizando, porém, um depoimento bastante maior: Time Requiem é uma espécie de derivação de um multiverso, ao centro do qual está a extinta banda sueca Majestic. E o Majestic talvez seja o conjunto que precisamente me introduziu ao metal! Foi quem, inclusive, me proporcionou, pela primeira vez, uma experiência sensorial catártica de mind-blowing. A responsável: a epopeica canção Golden Sea.

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É-me, portanto, inalcançável, na escassez das palavras, a dimensão do carinho que tenho pelo Majestic e por todo o seu entorno (Time Requiem, Reptilian, Dizziness, Vagh, Pole Position etc.).

Time Requiem executa, nos dois materiais adquiridos, um metal neoclássico pesado e complexo, especialmente calcado – até mesmo com certo exagero – nas linhas e nos arranjos de teclados, destacadamente sobressalentes (afinal, o idealizador da banda é o tecladista, Richard Andersson).

As linhas vocais são limpas e apenas moderadamente agudas (guardando certa semelhança com o Roy Khan), com refrães, no geral, melodiosos e grudentos, no bom sentido do termo.

Time Requiem bebe diretamente da fonte do seu compatriota Malmsteen, mas, aqui, com holofotes voltados sobre o virtuosismo dos teclados, e não das guitarras. Há, também, algo de Symphony X e Kamelot em todo esse caldeirão estilístico do Time Requiem.

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Pouco conhecido e com status atualmente incerto, o conjunto, também subvalorizado, igualmente merece atenção pelos fãs dos gêneros e bandas acima citados, com especial destaque ao primoroso álbum de estreia, o autointitulado Time Requiem.

Midnattsol – Nordlys

Passear pelos corredores da visitada galeria de A Baronesa proporciona uma experiência curiosa e única: vemos, frequentemente, a um palmo de distância, diversas capas que, antes, apenas tínhamos tido contato visual por outros meios (internet, revistas especializadas etc.).

Midnattsol é precisamente um desses exemplos. Sei que já havia lido sobre eles em algum lugar, num passado distante. Algo soprou ao meu ouvido assim que vi a capa durante a "mineração".

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Comprei esse título por um valor bastante módico (R$ 9,90). Foi um tiro no escuro. De todo modo, pelo preço, valia a pena o risco.

A banda se classifica com o bastante inventivo (e um tanto peculiar) título de folk nórdico.

Na realidade, apesar da autodenominação criativamente inédita, o conjunto executa, essencialmente, um metal gótico/sinfônico padrão, na linha de Nightwish antigo (sem, porém, as propagandeadas influências folk). A inventividade ficou só no autoproclamado estilo.

De todo modo, o trabalho deles é bastante competente e as canções, realmente apreciáveis. Gostei especialmente de Northern Light. A audição, no geral, proporciona bons momentos, sem muita experimentação ou inovação. É um padrão bem composto, bem produzido e bem gravado, que agradará particularmente ao público mais nichado do estilo. Fica, assim, a dica de audição, válida especialmente se essa for a sua praia.

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Por fim, uma nota digna de registro: a vocalista, Carmen Elise Espenæs – aqui, um verdadeiro destaque, com seus marcantes e imponentes vocais operísticos –, é irmã da consagradíssima Liv Kristine.

Penumbra – Seclusion

Mais um conjunto de que já ouvira falar, mas que só conhecia por referências em revistas e sites especializados (tomar em mãos esses materiais, que parecem normalmente tão distantes, confere uma sensação bastante agradável e singular de descobrimento de tesouros perdidos e soterrados!).

Penumbra é uma banda francesa. Iniciou sua trajetória performando um gênero alinhado ao metal gótico/sinfônico, enveredando, porém, para uma vertente mais eletrônica em trabalhos contemporâneos.

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Seclusion, de 2003, espelha os contornos do estilo originário do conjunto. A proposta é bastante interessante. Embora não seja um álbum particularmente inventivo, as canções são curiosamente moldadas à regência de três estilos diferentes de canto: femininos limpos, masculinos limpos e guturais. E esse intercâmbio acontece, por vezes, dentro da mesma faixa, numa espécie de diálogo entre três interlocutores distintos.

Essa audição igualmente proporciona bons momentos, que também agradará particularmente a um público mais nichado do estilo. A despeito de um certo modelo-padrão composicional, há alguns flertes com tímidas experimentações (aqui, sim, com doses de música folk, a exemplo da faixa-título, minha favorita).

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Uma experiência sonora agradável de mais uma banda que, subestimada, também merece maiores destaque e atenção.

Avec Tristesse – How Innocence Dies

Tenho uma coluna intitulada heavy metal nacional: tesouro injustamente recôndito. Nela, comento sobre bandas do nosso fértil território tupiniquim que, usualmente subvalorizadas, merecem, ou mereciam, maior vitrine e visibilidade.

Se assim o é, não faria sentido que, em uma mineração tão vasta, eu negligenciasse justamente o [tão maltratado] metal nacional.

Pois bem. Emergindo do Rio de Janeiro, Avec Tristesse é um dos representantes desse catálogo.

Recentemente, procurei por materiais do conjunto em lojas virtuais. Avec Tristesse é, hoje, uma espécie de conjunto cult no underground nacional e, talvez por isso, os preços praticados sejam tão elevados. Com exceção do seu último trabalho (Use & Control), já não tão recente, os demais são comercializados a valores estratosféricos (ou bastante salgados, no melhor dos eufemismos).

Foi-me recompensador, assim, descortinar aleatoriamente How Innocence Dies durante a garimpagem, e a um preço bastante condizente com o razoável (algo em torno de R$ 30,00). Uma feliz casualidade e um prêmio pela paciência de aguardar essa longa viagem e essa desapressada garimpagem.

Avec Tristesse mescla black metal com doom metal, com alguns elementos de gótico e de progressivo. How Innocence Dies é um trabalho multifacetado, que, porém, não perde o direcionamento. O conjunto dosa, com bastante competência e equilíbrio, peso, aceleração, melodia e melancolia, num caldeirão coeso e harmônico.

Uma pérola do metal nacional. Outro conjunto com status atualmente desconhecido e, assim, com atividades infelizmente paralisadas já há alguns anos. Espero que, em algum momento, o grupo ressurja com material novo de canções inéditas.

Heavenfalls – Reality in Chaos

Finalmente, o último, mas não menos importante, item adquirido: Heavenfalls – Reality in Chaos.

Não sei especificar há quantos anos procuro pelos materiais da banda, infelizmente já extinta. Encontrei em Pouso Alegre o álbum Reality in Chaos, para minha surpresa e incontida alegria.

Nascido no Rio de Janeiro, Heavenfalls lançou dois sólidos álbuns. Com vocais femininos e calcando-se, estilisticamente, sobre as bases do heavy metal tradicional, Heavenfalls entrega uma proposta pesada e direta, que, embora não propriamente inventiva, resgata influências de diversas fontes.

As composições vitaminam-se com elevadas cargas de energia e de potência, temperatura que dita o tom geral da audição.

As canções não são uniformes. Ao contrário: as faixas compõem-se de arranjos que se alternam ritmicamente, mantendo, porém, o direcionamento na verve mais tradicional do gênero, embora com o salpico de algumas sutis influências de power metal (a exemplo do refrão de Fly High Away). Há claras influências, no geral, de Judas Priest e de Accept, apenas para ilustrar com algumas poucas referências.

A canção Rising of a New Sun (que forma uma trilogia dividida em Conception, First Breath e Growing Again) é um verdadeiro épico, que retrata, com maestria, a força do metal nacional, frequentemente tão negligenciado.

Eis mais um conjunto que legou música de indiscutível qualidade, mas que, infelizmente, encerrou as atividades, orfanando a fértil, mas tão maltratada, cena nacional.

É isso! Essas foram as aquisições pessoais em Pouso Alegre. Muito, por certo, ficou para trás. Eis, assim, um ótimo pretexto para uma revisitação às tão aprazíveis terras mineiras, que hospeda um povo igualmente caloroso e carismático.

Espero que tenham apreciado as aquisições aqui exibidas e os comentários acrescidos.

Convido à audição de cada um desses itens, todos com indiscutível valor artístico.

Até a próxima.

Matéria originariamente publicada na página Rock Show.

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Sobre Marcelo R.

"Marcelo R. é natural de Itu. Da fama de sua cidade, herdou alguns exageros, como o gosto pela música e pela literatura. Ávido leitor e aficionado por uma imensa gama de subgêneros do rock, possui especial paixão pelo metal nacional, do qual é incansável apoiador. É colecionador de discos, já tendo completado algumas discografias, como a do Katatonia e a do Bruce Dickinson. Nas horas vagas, é um despretensioso escritor, aventurando-se especialmente em resenhas de livros e de música. Colabora com a página Rock Show, sediada no site Medium. É formado em Direito."
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