O seleto grupo de álbuns de rock nacional considerados como obras‑primas por Regis Tadeu
Por Gustavo Maiato
Postado em 11 de julho de 2025
Conhecido por opiniões contundentes e análises criteriosas, o crítico musical Regis Tadeu voltou a chamar atenção durante uma de suas lives, resgatada pelo canal CortesCrimson, ao listar os álbuns do rock brasileiro que, em sua visão, podem ser considerados obras-primas. Com sua costumeira franqueza, ele iniciou descartando uma banda popular entre o público jovem: "Do Charlie Brown Jr. nenhum álbum é obra-prima".
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Logo em seguida, Regis apontou quais trabalhos, para ele, alcançaram esse status elevado dentro da produção nacional. "Já que estamos entrando na seara nacional do rock, diria que uma obra-prima é o ‘Cabeça Dinossauro’ dos Titãs. ‘Selvagem?’, dos Paralamas. Outra deles é o ‘Passo do Lui’, disco anterior." A menção a esses clássicos dos anos 1980 demonstra sua admiração por obras que aliaram inventividade musical e relevância cultural em um momento de efervescência do rock nacional.
O crítico também não hesitou em incluir os Raimundos na discussão, mesmo prevendo reações contrárias: "Sei que isso vai causar polêmica, mas os dois primeiros dos Raimundos são obras-primas, cara!" Segundo ele, os discos lançados em 1994 e 1995 trouxeram uma energia única, com uma mistura irreverente de punk, hardcore e ritmos nordestinos.

Regis Tadeu e rock nacional
Entre os nomes menos lembrados do grande público, Regis destacou um artista de nicho com entusiasmo evidente: "Tem um disco de um artista que pouca gente conhece, que sempre falo dele, que é o ‘Sol no Escuro’, do Fábio Góes, que é um dos discos mais sensacionais de todos os tempos da música brasileira. É inacreditável de espetacular."
Outro trabalho mencionado com ênfase foi o disco "Canções Dentro da Noite Escura", de Lobão, que marcou uma fase mais introspectiva e atmosférica do músico. Regis ainda resgatou duas obras marcantes da fase solo de Rita Lee: "‘Fruto Proibido’ e ‘Entradas e Bandeiras’, da Rita Lee. Eu colocaria." Ambas lançadas nos anos 1970, essas obras são frequentemente apontadas como marcos do rock feminino no Brasil.

Encerrando sua lista, Regis fez questão de citar dois discos cultuados entre os fãs de rock progressivo: "‘Criaturas da Noite’, do Terço. Os dois únicos álbuns do Terreno Baldio em estúdio. Eles são considerados o Gentle Giant brasileiro." A comparação com a lendária banda inglesa ressalta o valor técnico e estético dessas obras, que seguem como joias escondidas no catálogo do rock nacional.

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