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2017: as escolhas do redator Daniel Tavares

Por Leonardo Daniel Tavares da Silva
Postado em 30 de dezembro de 2017

Há textos que demoram demais a ser escritos. Minha lista de melhores do ano de 2017 é um deles. Assim como em todos os anos em que escrevi aqui, a escolha começou logo no início do ano, mas o texto só começou a tomar forma por volta de novembro, quando havia álbuns suficientes a sofrer esta humilde análise. O primeiro a entrar na lista, não necessariamente o melhor, foi o do SEPULTURA, "Machine Messiah", lançado logo no início do ano e surpreendendo com seus violinos. O último, coincidentemente, talvez tenha sido o do CAVALERA CONSPIRACY, não por estar atrás de qualquer outro na lista, mas apenas por ser mesmo o mais recente. Um dos álbuns aqui (micro-resenhados, mas que mereceu uma resenha completa no meio do ano) foi o "Beloved Bones: Hell", do DARK AVENGER. Pode soar oportunismo escrever sobre ele agora, mas vocês não sabem o quanto isto é inoportuno. Uma das pessoas mais importantes que leria este texto, não vai mais poder lê-lo. Este é mesmo o meu texto mais inoportuno aqui, o mais atrasado, o que mais me causa dor em tê-lo começado quando ainda havia tempo para que Mário Linhares pudesse lê-lo, mas, hoje, 23 de dezembro, um dia após sua repentina partida, ainda não tê-lo enviado por ainda haver mais três ou quatro discos a incluir. É isso. Aqui vai a minha lista de melhores discos de 2017. Não há ordem nenhuma. Nem alfabética. E nem isso importa mais. É tarde demais.

Melhores e Maiores - Mais Listas

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Dropkick Murphys - 11 Short Stories of Pain & Glory

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Os malucos do "Mira y Lopez" bostoniano estão na estrada há muitos anos, mas só os conheci este ano. De fato, o som que eles fazem é bem diferente de tudo o que a maioria de nós já ouviu. Onde já se viu misturar música tradicional celta ao punk rock, afinal? Mas dá certo. O resultado é algo empogante, vibrante, coeso, dá para ser transportado a uma briga de rua ao estilo "Gangues de Nova York" no conforto (e segurança) da sua casa. E nas letras há tanto a agressividade juvenil quanto temáticas mais sociais, a batalha contra as drogas e uma tocante homenagem às vítimas do atentado da maratona de Boston (cheguei a confessar ao vocalista, Al Barr, que chorei ao ouvir a canção enquanto me preparava para entrevistá-lo e via no jornal notícias sobre a tragédia de Janaúba). Nesse tempo de "stories" em redes sociais, nada mais significativo que a música dos DROPKICK MURPHYS.

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Sepultura - Machine Messiah e Cavalera Conspiracy - Psychosis

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Sabem porque o homem foi à Lua? Sabem porque foi à Antártida? Sabem porque Portugal e Espanha dividiram a América entre si no Tratado de Tordesilhas? No primeiro caso, havia a Guerra Fria entre EUA e URSS e um grande temor que o outro gigante conquistasse a fronteira final da humanidade e, assim, demonstrasse superioridade diante do outro.

Assim é o SEPULTURA de Andreas e Paulo Jr. e as bandas capitaneadas por Max (SOULFLY e Cavalera Conspiracy, com seu irmão, Ígor). A rivalidade parece lhes fazer bem. Ambas buscam inserir novas sonoridades em seu som, mas não deixam de privilegiar o peso pela qual ficaram conhecidas quando eram todas uma turma só. "Machine Messiah" abriu o ano já chutando a porta e se inserindo na lista ainda nem criada, enquanto sua contraparte, "Psychosis", fecha 2018 trazendo para os fãs de metal pesado exatamente aquilo que eles querem. E se um investe vez por outra num violino ou vocal limpo, o outro segue bruto e direto, com os riffs que só a guitarra suja de quatro cordas de Max é capaz de fazer. Não há um melhor que o outro (talvez Machine Messiah seja superior por um mísero detalhe, a capa - mais interessante e com detalhes que remetem ao "Arise") e é por isso que estão juntos aqui. Quanto a seus criadores, que continuem se odiando (se é que se odeiam mesmo). Nós só temos a ganhar com isso.

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Dark Avenger - The Beloved Bones: Hell

Este disco do DARK AVENGER é um trabalho primoroso, tanto no instrumental quanto no vocal soberbo de Mário Linhares. Mas, como se isso não fosse o bastante, o álbum, conceitual que é, é um verdadeiro estudo sobre a psique humana. Poucas vezes estive tão envolvido pelas letras de um álbum nos últimos anos como com "The Beloved Bones: Hell". Talvez comparar seu conteúdo lírico com pérolas como "Animals" ou "The Wall" seja um grande pecado. Então, diante de Deus e da comunidade metal, admito que pequei e aguardo a minha penitência.

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Ayreon - The Source

O AYREON é mais um projeto de Arjen Lucassen que uma banda. Sem fazer turnês, Arjen reune a nata do metal em seus discos para ajudá-lo a contar suas estórias. Apesar de lançado em 2017, "The Source" situa-se antes de "01011001". Participam do álbum ninguém menos que James LaBrie (Dream Theater), Simone Simons (Epica), Floor Jansen (Nightwish), Hansi Kürsch (Blind Guardian), Russell Allen (Adrenaline Mob) e Tobias Sammet (este também afeito a contar estórias com o AVANTASIA) entre muitos outros. No instrumental o álbum já se destaca como o melhor álbum de rock progressivo do ano (o que não é novidade quando lembramos que também conta com Paul Gilbert e Guthrie Govan). E na parte lírica, embora mais recomendado aos iniciados no universo criado na mente de Lucassen, não decepciona. "Seria como explicar Star Wars em três frases, sabe?", disse-me Arjen quando o entrevistei, por ocasião do lançamento do disco. Pra nerds contumazes, "The Source" é um prato cheio.

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Far From Alaska - Unlikely

Se não fossem as meninas, Emmily e Cris, talvez o FAR FROM ALASKA fosse apenas mais uma banda de stoner. E com o estilo em evidência ultimamente (boa parte disso por "culpa" do próprio FFA). Mas tendo uma delas uma voz que nada fica a dever às adeles da vida e a outra inserindo tantos efeitos e sons interessantes no som pesadíssimo que vem da parte masculina da banda, cada disco do quinteto beira à perfeição. Sem sofrer de forma alguma a pressão por um segundo disco que repita o sucesso do debut, "Unlikely" traz uma série de imperdíveis canções com nome de bicho ("porque somos estranhos", disse-me Emmily) com "Pizza" sendo o patinho feio. Ah, de todas elas, a única que tem mesmo a ver com algum animal é a faixa-título. Deixa! Que eles continuem sendo estranhos mesmo. Aprovamos.

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Erasure - World Be Gone

Ícones da música pop eletrônica nos anos 80, o duo ERASURE lançou um álbum que não tem quase nada de dançante. "World Be Gone" é denso (tanto quanto o pop consegue ser), maduro, sem esperança. O amor ainda existe, mas não é tão fácil de encontrar nos dias atuais. São belas canções, mas com aquele toque de tristeza na pista de dança.

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The XX - I See You

O trio de synth-pop moderno foi uma das atrações mais aguardadas do Lollapalooza em 2017. Construindo suas canções sobre bases etéreas, mas bem mais "felizes" que os dois discos anteriores, "I See You" vai na direção contrária do citado "World Be Gone". Como num ciclo, os veteranos e a sensação indie dos anos 2000 lançaram discos que são o perfeito complemento um do outro.

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Torture Squad - Beyond The Existence

O TORTURE SQUAD já tinha se tornado um dos maiores nomes do metal extremo brasileiro com Vítor Rodrigues. A versão renovada da banda, com Mayara Puertas segurando os microfones, acrescenta ainda mais fôlego e brutalidade à mistura de thrash e death que eles fazem tão bem. Cada música de "Beyond The Existence" agrada bastante. E, no final, ainda temos um sumário de tudo. O álbum tem potencial para se tornar um dos clássicos do metal extremo nacional.

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Roger Waters - Is This The Life We Really Want?

Mais ativista que músico ultimamente, Roger Waters põe fim a um longo período sem lançar nenhum material novo e entrega um disco com a cara de 2017. Enquanto o mundo, desiludido com crises, guerras e corrupção, entrega-se aos desvarios da extrema-direita, Waters dá voz aos descontentes, fazendo duras críticas à administração Trump. Embora todo disco de Waters acabe parecendo um revival de "Final Cut", há muitos momentos empolgantes e que até rememoram o PINK FLOYD de "Animals", como "Picture That", por exemplo. Versões alternativas da capa também pipocaram na Internet, com Trump e Temer.

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Macaco Bong - Deixa Quieto

Não. Não deixa quieto. Deixa nada. A releitura do clássico do grunge, "Nevermind", do NIRVANA, pelos malucos do MACACO BONG ficou interessantíssima. Uma "móviage", para ficarmos nos trocadilhos. O que fizeram não foi apenas regravar o instrumental original do trio norte-americano com a ausência da voz de Cobain, mas deixar cada faixa com a assinatura do MACACO, com respeito à toda a influência do NIRVANA na música dos anos 90.

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Obituary - Obituary

Não adianta fazer um álbum homônimo e tentar superar o seu mais que clássico "Slowly We Rot". Não funciona. Se essa foi a intenção dos ícones do Death Metal da Florida, não funcionou. De Facto não é a mesma coisa que de direito. Feita essa obrigatória ressalva, só nos resta dizer que o OBITUARY lançou mais um grande disco, com faixas mais rápidas e outras com sua característica lentidão. É um álbum pra ouvir sem parar (a não ser que seja pra ouvir de novo o SWR).

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Sons of Apollo - Psychotic Symphony

O disco de estreia de mais um super-grupo de Mike Portnoy é exatamente aquilo que se espera de uma banda que tem nomes como Billy Sheehan, Derek Sherinian, Ron "Bumblefoot" Thal, Jeff Scott Soto. É uma verdadeira "Opus Maximus". A questão é, quanto tempo vai durar a união dos caras. Não que vão meter a mão um no outro, mas, com cada um dedicando-se a outros projetos de maior importância, fica difícil dar muito crédito para um disco de uma banda como essas, não importando o quão bom ele seja.

Clamus - [de] construct

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Outra banda cujas letras valem a pena ler e reler com atenção é a CLAMUS. O duo formado por Lucas Gurgel e Felipe Ferreira envereda por caminhos filosóficos com sobriedade, maturidade e até liberdade (esta refletida na forma como transitam entre um idioma e outro). Cantando em inglês, principalmente, mas alternando com o português e o francês (o que quer que seja mais adequado para transmitir a mensagem nos dados momento e contexto), a banda faz uma mistura consistente de thrash e death metal. Só faz falta alguns solos a mais de guitarra (tanto que "Souterrain" e "Colônia" - esta também presente no EP III, de 2014 - são as melhores faixas do disco). Talvez seja hora de ter Daniel Boyadjian como membro definitivo (desde que não o tirem da OBSKURE). É uma álbum que vale a pena ter na versão física e não apenas ouvir nos serviços de streaming.

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Mastodon - Emperor of Sand

Você vai ver este álbum em muitas listas (às vezes até ocupando o topo ou próximo dele), mas a verdade é que "Emperor of Sand", apesar de ter muitos bons momentos, é inferior a "Once More 'Round The Sun", por exemplo. A banda parece mostrar sinais de cansaço. É um bom disco, mas não é essa Coca-cola toda não.

Accept - The Rise of Chaos

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É impressionante a capacidade do ACCEPT de lançar um disco foda atrás do outro. Não há na história da banda espaço para "viúvas" do Udo Dirkschneider (como em muitas outras bandas), porque cada trabalho com Mark Tornillo é bom demais. E sobre Wolf Hoffmann e sua capacidade de inserir melodias clássicas no metal pesado, o que se pode dizer é que temos um Wagner no mundo do Spotify.

Incantation - Profane Nexus

Esse álbum não parece ter feito muito sucesso por aqui. O buzz sobre ele em grupos e redes sociais foi mínimo. Mas não deveria ter sido assim. É uma obra extremamente pesada, bem construída e poderia ser mais relevante.

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Alekto - The Unpleasant Reality

Não é bem uma estreia, verdade seja dita. Boa parte da ALEKTO também faz parte do KROW. No entanto, a ALEKTO desponta como mais um grande nome do metal nacional com seu "debut" misturando death metal com groove, com um resultado moderno e interessante.

Ego Kill Talent - Ego Kill Talent

A estreia do super-grupo vem acompanhada de um merecido burburinho, tanto no meio metal quanto no meio indie. Isso acontece porque os caras são capazes de transitar tranquilamente por ambos os públicos. Ouça "Last Ride" e pergunte-se: isso é indie ou é metal? Vale a pena tentar descobrir a resposta.

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Heavenless - Whocantbenamed

Outra estreia vem do Rio Grande do Norte. O trio Heavenless transforma o calor mossoroense num Death Metal cheio de potência. Surpreende apenas a quem não imagina como fervilha a cena metálica nordestina.

Nervochaos - Nichtophilia

Ano após ano o NERVOCHAOS vem lançando bons discos, excursionando pelo mundo inteiro. Este ano, pela primeira vez, tivemos o toque feminino de Cherry Sickbeat na guitarra. E mais próximo ao final do ano, mais uma grande perda, não só para a banda, mas para o rock em geral no Brasil.

Evil Invaders - Feed Me Violence

Os belgas passaram com louvor pelo teste do segundo disco. Toda a energia que eles passam no palco está mais uma vez em um grande disco.

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Kreator - Gods of Violence

O Thrash Metal mais melodioso do mundo, como só o KREATOR sabe fazer. O álbum foi um dos melhores lançados no início do ano.

Cannibal Corpse - Red Before Black

Um tanto mais do mesmo e com uma capa que decepciona. Mas, CANNIBAL é CANNIBAL. Mesmo em um trabalho não tão inspirado os caras dão aula de Death Metal.

Project46 - Tr3s

A fábrica de riffs do PROJECT46 atacou novamente. Com cozinha renovada, mas com som sempre baseado nas guitarras raivosas de Jean Patton e Vini Castellari, com Caio MacBeserra desfilando angústias e críticas sociais em português, o disco inteiro é um convite à porradaria no mosh. Só o título que merecia um carinho melhor.

Noturnall - 9

Muitas coisas aconteceram na ainda curta, mas prolífera, história do NOTURNALL, especialmente nos dois últimos anos. Enquanto Thiago Bianchi passou por sérios problemas de saúde, os demais membros trabalharam bastante em outros projetos, excursionaram com outros artistas (e ainda estão excursionando). Tudo isso (aqui, bastante resumido) devem ter tirado um pouco a pressão de seus ombros. A NOTURNALL não parece mais ter a pretensão de ser o novo ANGRA nem se acha merecedora do legado do SHAMAN, nem quer discutir com quem disser o contrário. Apenas querem mostrar o seu trabalho. E, finalmente, 9 é um bom disco de Power Metal e Metal Progressivo que dá pra ouvir sem ranço. É empolgante como os dois primeiros não foram (e se não o foram, menos se deve à qualidade das músicas que à comunicação da banda com o público e imprensa). Agora todos os seus componentes apenas brilham. E estamos conversados.

Myasthenia - Antípodas

Sem dúvidas, a maior banda de Black/Pagan Metal do Brasil. É clichê dizer que o casamento dos teclados de Hécate com a guitarra de Thormianak é perfeito, mas é difícil escapar disso. O álbum é mais um mergulho na cultura pré-colombiana brasileira, em luta contra o invasor português e sua religião.

Paradise Lost - Medusa

Aquele doom gothic metal poderoso, virtuoso que só os Lennon/McCartney do metal extremo conseguem fazer. Foi um dos últimos bons álbuns lançados no ano e ainda merece muitas audições antes de uma reflexão melhor, mas a primeira impressão é extremamente positiva.

Moonspell - 1755

A maior banda portuguesa de metal exorciza os demônios do terremoto de Lisboa em 1755, quando mais de dois terços da cidade tenham sido destruídos e estima-se cerca de 90 mil mortos. Completamente cantado na língua de Camões, o álbum recria em canções como "Todos os Santos", "1 de Novembro" e a própria "1755" todo a ambientação do desastre histórico, dando também um novo significado à brasileira "Lanterna dos Afogados", do PARALAMAS DO SUCESSO.

Warbiff

Thrash de primeira, pra bater cabeça e rodar no mosh. Como diz uma de suas letras, a força do thrash te compele. Apesar de ser o primeiro full-length da WARBIFF, nenhuma das canções (como "La Bestia") é novidade para quem já foi em trocentos shows da banda (todos avassaladores). Faz tempo que a banda deveria ter lançado essa pedrada. E pra pagar a dívida, o petardo ainda vem junto com a demo "Fresh Meat", de 2006. Na capa, o que todos nós queríamos fazer com Eduardo Cunha nas vésperas do lançamento. Espero que já estejam compondo novas músicas para um segundo disco. Candidatos a personagem principal da capa não faltam.

Burning Torment - In the Eyes of the Impotent God

A BURNING TORMENT já tinha dito a que veio na demo "Darkness Reborn". Mesmo assim, o primeiro full-length impressiona pela qualidade e produção de nível internacional. Ponha o "Kingdom Disdained" e o ITEOTIG do lado e eu vou preferir o álbum da BURNING TORMENT.

Venom Inc - AVE

Enquanto o Venom faz merda, o Venom Inc faz um death and roll de primeira. Impossível não bater cabeça.

Eluveite - Evocation II - Pantheon

Mais um trabalho interessante dos helvécios.

Robert Plant - Carry Fire

Sempre apostando numa sonoridade mais world music que rock and roll, Robert Plant lança outro trabalho cheio de melodia e belas canções.

Iced Earth - Incorruptible

Joe Schaffer volta a mergulhar na história norte-americana e traz mais um bom punhado de boas canções, inclusive o épico "Clear the way (december 13th, 1862)".

AO VIVO

Gal Costa - Estratosférica - ao Vivo

O que um DVD da Gal Costa pode estar fazendo aqui? O novo lançamento de uma das maiores divas da MPB não é só rock. Mas é rock sim (e nem preciso mencionar os chifrinhos da capa). Ela, que já flertou com o ritmo várias vezes, se cercou novamente de músicos jovens para lançar o álbum "Estratosférica" em 2015. O registro de um show da turnê não deixa dúvidas: há aqui canções absolutamente roqueiras (claro, sem o punch de um artista que realmente abrace o estilo de corpo e alma). Ouça "Sem Medo, Nem Esperança" e ouse dizer que estou errado.

Iron Maiden - The Book of Souls Live Chapter

Mais uma vez o IRON MAIDEN registra diversas cidades por onde passou em sua última turnê. Dessa vez, além de grandes sucessos, a banda apostou firmemente no repertório de seu elogiado "The Book of Souls". E para tudo ficar ainda melhor, tivemos o ôôô dos fortalezenses e a bandeira do Ceará no vídeo.

Black Sabbath - The End: Live in Birmingham

O canto do cisne dos criadores do Heavy Metal no último show da banda, registrado direto de onde nasceram, Birmingham. A música nunca mais foi a mesma depois que eles apareceram e não sabemos o que será daqui por diante, agora que pararam (como banda). Só é possível dizer que hoje tudo acaba se parecendo com algo que já existe, como o próprio Ozzy me falou em entrevista.

Accept - Restless & Live - Blind Rage - Live in Europe 2015

Não bastava lançar um dos melhores discos do ano? Pro ACCEPT não. Eles lançaram dois. E olha que eles já tinham lançado um ao vivo no Chile em 2014.

Novos Baianos - Acabou Chorare - Novos Baianos se encontram

Outro nome da MPB, mas com fortíssima influência roqueira (duvida? dê uma olhada no estilo de Pepeu Gomes e diga se ele não parece saído do MOTLEY CRUE), os NOVOS BAIANOS se reuniram novamente para uma turnê que passou por quase todo o Brasil. Nos shows, revisitaram o clássico "Acabou Chorare", considerado o melhor disco de música brasileira já lançado, entre outras canções. Passe as canções cantadas por Moraes Moreira (prefira as versões originais, quando sua voz ainda era boa) e fique maluco com o virtuosismo de Pepeu e com o carisma de Baby (Consuelo? Do Brasil? whatever).

COLETÂNEAS:

Road Metal – "DVD Roadie Metal Vol. 1"

A Road Metal tem frequentemente ajudado na divulgação das bandas de metal nacional, sejam grandes ou pequenas, ao incluir seus melhores singles em suas coletâneas em CD, sempre álbuns duplos, com arte bem trabalhada e informação suficiente sobre cada uma das participantes. Este ano ela foi além e lançou a primeira coletânea nacional de heavy metal em DVD. É um trabalho primoroso, dividido em dois discos, com os clipes de cada uma, mais uma pequena entrevista. No encarte, como de costume, riqueza e detalhe de informações.

A DECEPÇÃO DO ANO:

U2 - Songs of Experience

Ok, "Songs of Innocence" não empolgou tanto. Desde "All That You Can't Leave Behind" o U2 não lança um disco realmente bom, mas o SoI até que tinha os seus momentos, como "Volcano" e a bela "Iris". Apostamos que SoE seria melhor, mas, talvez por isso, a decepção tenha sido tão grande. O disco até começa bem, com a aceitável "Love Is All We Have Left", que, sem todas as firulas vocais inseridas em estúdio, poderia até fazer parte de ATYCLB. Mas, depois disso, é ladeira abaixo numa baboseira melosa e açucarada que faria até os fãs mais radicais do COLDPLAY torcer o nariz. Até o difamado "Pop" é melhor que isto.

É isto. Um 2018 repleto de boa música para todos nós. E que possamos todos continuar juntos. Neste plano.

Comente: E você, quais suas escolhas do ano que chega ao fim?

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Sobre Leonardo Daniel Tavares da Silva

Daniel Tavares nasceu quando as melhores bandas estavam sobre a Terra (os anos 70), não sabe tocar nenhum instrumento (com exceção de batucar os dedos na mesa do computador ou os pés no chão) e nem sabe que a próxima nota depois do Dó é o Ré, mas é consumidor voraz de música desde quando o cão era menino. Quando adolescente, voltava a pé da escola, economizando o dinheiro para comprar fitas e gravar nelas os seus discos favoritos de metal. Aprendeu a falar inglês pra saber o que o Axl Rose dizia quando sua banda era boa. Gosta de falar dos discos que escuta e procura em seus textos apoiar a cena musical de Fortaleza, cidade onde mora. É apaixonado pela Sílvia Amora (com quem casou após levar fora dela por 13 anos) e pai do João Daniel, de 1 ano (que gosta de dormir ouvindo Iron Maiden).
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