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10 ótimos lançamentos de 2011 que passaram despercebidos

Por Tiago Froks
Postado em 22 de outubro de 2012

A unanimidade sempre passa longe quando trata-se da elaboração de uma lista que visa eleger os melhores, independente daquilo que seja. Com música, fica ainda mais complicado. Há diversas bandas, diversas vertentes e por aí vai. O que levei em consideração para criar esta, é bem simples: apenas álbuns de rock, independente do estilo. Como não consultei ninguém, claramente a lista vai agradar mais a mim, e isso é óbvio. Mas mesmo sabendo disso, considero válida a intenção, pois todos esses álbuns são realmente bons e, mesmo que algum deles fuja do estilo que você curta, ainda assim deve haver nele alguma coisa que te chame a atenção.

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Eis a lista:

10° HUGENELK - Hugenelk

O Hugenelk é uma banda de stoner rock (mesmo estilo de bandas como Kyuss, Sleep e o QOTSA) O álbum tem como grande destaque, sem dúvida, o trabalho de guitarras. Ora com riffs acelerados, ora com uma levada mais blues, as guitarras despejam psicodelismo em grandes doses. Sobre os solos, nem vou alongar-me muito, pois são mais que invocados. O vocal foge um pouco aos padrões do stoner, e para citar um exemplo, eu diria que ele lembra um pouco o vocalista do Stereophonics, porém cantando de forma mais rasgada. Esse é o debut dos caras e, se já fizeram um belo primeiro trabalho, imagino que daqui para frente podemos esperar álbuns ainda melhores. Recomendo!

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09° FIFTH VEIL - Lanterns

Esse álbum, talvez, seja aquele que mais possa causar estranheza dentre todos da lista. É bastante complicado enquadrar o som dessa banda em qualquer vertente. Li algumas resenhas que classificaram-no como Progressive Metal e até como Folk Metal, mas acredito que nenhuma dessas denominações sejam fiéis ao som feito pela banda. É preciso dizer que o álbum não é necessariamente pesado. O que acontece durante boa parte do disco, é que, pontualmente, a guitarra ganha uma distorção imprevisível e por conta disso, o rótulo de metal é empregado. Agora, com relação ao termo folk, esse sim é bem perceptível no som da banda. A flauta é um instrumento bem constante, e além dela, percussões tribais e efeitos de teclado acrescentam muito na criação de uma atmosfera folclórica. Sobre a voz, adianto que é o grande destaque do álbum. Com algumas passagens deveras emotiva, o vocalista dá um show de interpretação - e me arriscando ao fazer uma comparação curiosa - eu diria que em muitos momentos a sonoridade atípica da Björk se faz presente nesse disco, tanto na voz quanto na estrutura experimental de algumas faixas. Recomendado para quem tem um gosto mais sofisticado e a mente musicalmente mais aberta. Definitivamente não é um álbum muito acessível… mas é interessantíssimo.

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08° L’IMPERO DELLE OMBRE - I Compagni di Baal

Descobri essa banda ano passado, num site de metal, na categoria de stoner rock. Apesar da clara influência de Sabbath, o som dessa banda italiana enquadra-se mais num doom, com muita influência setentista e uma atmosfera bem obscura.

As músicas são todas cantadas em italiano, com exceção de um cover de "Snowblind", do Black Sabbath. Quanto ao som da banda, destaque para as passagens intensas de teclado (raspam no progressivo) e ótimos riffs de guitarra, que variam de Tony Iommi a Dave Murray (quando mais rápidos). Recomendo a audição de duas faixas em especial: "Diogene" e "Ballata Per Liliana".

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O nome do álbum "Companheiros de Baal" (traduzido) foi tirado dum seriado francês filmado em preto e branco (me pareceu interessante, mas não consegui encontrar para assistir). Esse é o segundo disco da banda, lançaram um auto-intitulado em 2004.

07º DOOMSWORD - Eternal Battle

Eternal Battle é o quinto disco dessa ótima banda que mescla heavy tradicional, doom e em menores proporções, o viking metal. Especificamente neste álbum, vou destacar todos os instrumentos, pois todos são bem explorados. O diferencial aqui é o contexto: tudo encaixa-se com maestria, desde a bateria e o baixo até a atmosfera épica presente durante todas as faixas. Uma banda que lembra o som feito pelo DoomSword, é o TYR, que diga-se de passagem, também lançou um ótimo play em 2011.

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06° J MASCIS - Several Shades of Why

Eu sou suspeito para falar desse disco. Vou além, sou mais que suspeito para falar sobre o J. Mascis. Disparado ele está entre os meus guitarristas prediletos e mesmo sua voz, que está longe de ser brilhante, também está entre as minhas favoritas.

Nesse seu segundo disco em carreira solo, o multi-instrumentista e todo poderoso J Mascis, novamente deixou a guitarra descansando e dedicou-se a tirar notas precisas de seu solitário violão. Num ambiente totalmente acústico, o álbum é envolto por uma aura de ingenuidade, resultado da forma como Mascis coloca sua voz nas composições; sempre de forma preguiçosa, quase que despreocupadamente. Em uma ou outra faixa, algum convidado contribui com algum backing vocal ou tocando de forma bem sútil, ao fundo, um violino bem tímido, mas sempre carregado de feeling. Feeling que é uma palavra que diz muito sobre o álbum. Longe da pirotecnia que faz com sua guitarra no Dinosaur Jr, aqui tudo soa dentro dos conformes, sem excessos. O álbum é maravilhoso do início ao fim, mas, para eleger a minha favorita, com dificuldade cheguei ao nome de "Is It Done", talvez a mais introspectiva de todo o disco. ALTAMENTE RECOMENDADO.

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05° ÑU - Viejos Himnos Para Nuevos Guerreros

O Ñu é uma banda espanhola que lançou seu primeiro e belíssimo álbum de rock progressivo, Cuentos de Ayer y de Hoy, nos final dos anos 70, precisamente no ano de 1978. Naquela época, o som da banda tinha uma clara influência de folk, porém com o passar dos anos, a banda afastou-se dessa temática e passou a adotar uma postura mais voltada ao Heavy, lembrando o som de bandas como o Barón Rojo, seus conterrâneos ibéricos. Nesse novo álbum, distanciando mais de 30 anos de seu debut, o Ñu volta às raízes e lança um álbum novamente calcado no rock progressivo e também com forte presença de elementos folclóricos. Ótimas passagens de flauta, sendo uma delas, durante a faixa "Arreando Mi Suerte", uma das mais emotivas que já ouvi desse instrumento. Recomendado para quem curte bandas como Jehtro Tull e Osanna (prog italiano) e também para aqueles que não incomodam-se com vocais que fogem ao inglês, pois aqui todas as faixas são cantadas em espanhol. TODAS!!!!

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04° THE OCEAN - Heliocentric

Essa banda alemã me foi apresentada por um amigo, ainda no ano passado e não foi de imediato que passei a gostar dela. A princípio, julguei o som do The Ocean como o de várias outras bandas que fazem um metal moderno, daquelas que se auto-intitulam death melódico, o que para mim é um termo que não faz muito sentido. Quanto ao som da banda, creio que a definição mais apropriada seja sludge, mas um sludge infinitamente mais trabalhado, com muita melodia e arranjos orquestrados. Sem alongar-me muito, destaco a bateria que foi o primeiro instrumento que me chamou a atenção: é absurdamente técnica em algumas passagens e versátil quando mostra-se competente nas mudanças de andamento. O vocal gutural é convincente e, apesar de constante, fica muito mais evidente quando contrastado com o vocal mais melódico, que arrisco a dizer, é o melhor dentro do gênero (sludge). Destaque para as faixas "Firmament" (que possuí um belo clip ao vivo disponível no Youtube) e a reflexiva "Ptolemy Was Wrong", onde toda a emotividade do vocal pode ser notada. UM BAITA DISCO!

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Observação: esse álbum foi lançado lá fora em 2010, mas aqui somente em 2011, por isso está na lista.

03° GRAVEYARD - Hisingen Blues

De todas as bandas que fazem um som com influência setentista, nenhuma é tão autêntica e competente quanto o Graveyard. Nesse segundo álbum, lançado ano passado pela TeePee Records, o nível que eles atingiram foi absurdo. A sensação que se tem ao ouvir o disco, é a de se estar em pleno anos 70. Vocal rasgado, guitarra lisérgica e baixo pulsante! E tudo feito com bastante identidade. Vale ressaltar também as baladas, daquelas que te fazem viajar, carregadas de feeling e psicodelia. Para quem curte a melhor época do rock, esse disco vai te surpreender!

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02° BAK - Sculpture

O Bak é uma daquelas bandas que sabem incorporar elementos de outras culturas de forma que essa combinação não soe artificial. A banda é australiana e esse é seu primeiro disco. Quanto a definição do som feito da banda, é essencial que se diga que a sonoridade do médio oriente serviu-lhes de influência, diria mais que isso, tudo aqui remete à terra das Mil e uma Noites. Vários instrumentos típicos aparecem no decorrer do álbum, sendo o saz (instrumento de cordas também chamado de baglama) o mais constante deles. O vocal lembra bastante o do Daniel, do Pain of Salvation. Álbum mais que indicado para quem curte composições com influência árabe e também para quem curte um progressivo, pois as músicas são complexas e cheias de detalhes.

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01° VINTERSORG - Jordpuls

Disparado esse foi o álbum que mais ouvi ano passado. Seguindo a linha de seu antecessor de 2007, o eficiente Solens Rötter, esse álbum também é cantado em sueco, porém com muito mais peso que o anterior. Alternando entre vocais limpos e guturais, o Mr V (como é conhecido o compositor de tudo na banda, com exceção das guitarras) demonstra versatilidade e muita competência - apesar que sinto falta daquele vocal mais grave, como na época do Otyg e de seus primeiros trabalhos com o Vintersorg. O som do disco segue a mesma linha dos outros trabalhos, mesclando viking e black metal, arranjos orquestrados e muita complexidade, não sendo raro atribuírem o termo progressivo ao som da banda.

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Destaque para as faixas "Till Danet Av Forsar Och Fall" e a semi-balada "Eld Och Lagor". Recomendado a todos que estejam familiarizados com um som mais agressivo e trabalhado.

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Sobre Tiago Froks

Nasci em 1986, descobri o rock aos 12 anos com Os Raimundos (nunca esqueço de creditá-los por isso). Posso dizer que nada dentro do rock me é indiferente, mas acabei ficando eclético por acaso. Estudo Letras e moro em São Paulo. Gosto tanto de ouvir rock que acabei não tendo tempo de aprender a tocar nada (ok, também não acredito nisso). Mas ainda vou tocar bateria.
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