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Ricardo Diamante: Metal, Humor E Ousadia

Por Leonardo M. Brauna
Postado em 06 de dezembro de 2016

Fundador de uma das bandas de Thrash Metal mais antigas de Fortaleza/CE, a G.S. Truds, multi-instrumentista, diretor musical, repórter humorístico, redator e cantor, Ricardo Diamante iniciou sua trajetória no cenário underground lá pelos anos oitenta e, hoje, além de seu trabalho na televisão, se apresenta em vários locais com sua nova banda, Ricardo Diamante e os Farofas. Não dando à mínima para rótulos, lançou talvez o seu mais "criticável" e ousado trabalho, atendido pelo nome de "O Clube dos Corações Solitários", um CD solo que aglutina Rock a estilos como MPB e até Brega. Entenda como foi essa ideia polêmica contada pelo próprio artista.

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Você é uma espécie de pioneiro do humor no cenário rockeiro de Fortaleza, numa era em que o radicalismo fazia muitas cobranças. Como você encarava aquela época?

Ricardo Diamante: Não foi fácil, além do radicalismo tinha o fato do meu inglês ser terrível. Todos nós sabemos da veia cômica que o cearense tem e como não tinha interesse em política nem ocultismo, resolvi fazer minhas criticas à sociedade com letras irônicas e engraçadas. A galera entendeu e aceitou de boas.

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Nos anos noventa a G.S. Truds era muito presente em festivais, mas apesar da boa expressão, não lançou nenhum álbum naquela época. Qual o seu sentimento em relação ao histórico atual da banda, que já tem lançamento oficial sem você na formação?

Ricardo Diamante: O fator econômico era o nosso maior inimigo. Éramos muito undergrounds, quase todos estudantes. Gravar uma demo já era um negócio caro, dirá um CD. Lembrando que o começo da G.S. Truds vem bem antes dos anos noventa, fundei-a em 1986 e neste tempo nem CD existia. Hoje, o meu sentimento em relação à banda é de indiferença, já que atualmente não existe nenhum membro da formação original nem da clássica, e que foi reativada após o encerramento de suas atividades em 1997 sem ao menos terem me consultado.

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Você participou dos primeiros eventos de Heavy Metal de Fortaleza. Qual a melhor lembrança daquele período de transição de uma cena amadora para uma cena de músicos profissionais?

Ricardo Diamante: Sem querer ser saudosista, os anos oitenta foram realmente mágicos, quase todas as bandas eram amigas, saíamos juntos, tocávamos uns nas bandas dos outros, lotávamos festivais de som mecânico e meio que aprendemos juntos. Comecei em janeiro de 1986 com a banda D.D.T. e creio que existiam umas duas bandas de Metal em Fortaleza, a Paranoia e Asmodeus. A partir dos anos noventa com a chegada da loja que promovia shows, a Rock Shop, todo mundo deu um "u"’ na sua carreira e muito do que acontece de show grande hoje em Fortaleza, devemos àqueles tempos.

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O seu gosto pela arte musical o fez transitar por vários estilos, não se prendendo apenas ao Metal. Pode falar mais sobre os diversos projetos que participou?

Ricardo Diamante: Eu sou antes de tudo um compositor e um cara que escuta quase tudo. Tenho facilidade em compor coisas mais Pop, mas também algo mais Thrash e Death Metal. Comecei na D.D.T. com aquela "vibe" "Bestial Devastation" do Sepultura. Fomos pioneiros do Crossover com a G.S. Truds em 1987, e depois meio que mudamos tudo e fomos para o Thrash. Já toquei bateria em um projeto de 1988 chamado Sonho Profundo que era Blues Rock, fui guitarrista da banda de Death Metal Cerberus, toquei numa banda cover do Roberto Carlos e hoje levo à frente minha banda de Pop Rock. Também sou fundador da banda Plastic Soda que é um tributo ao Júpiter Maçã.

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Como se deu a criação da banda Diamante Cor De Rosa e porque não deu certo?

Ricardo Diamante: A Diamante deu certo e muito. Fundei-a em 1993 para tocar as musicas antigas do Roberto Carlos num lance mais Funk/Rock, na linha de Faith No More. Fizemos mais de mil shows, viajamos a vários estados e cidades do interior, mas uma guerrinha de egos fez com que eu abandonasse a banda após treze anos. Muito do que sou hoje, devo ao sucesso dessa banda.

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Hoje você é o único artista local que possui estética de rockeiro em um programa de TV aberta, fazendo humor. Como você entrou para esse universo?

Ricardo Diamante: Sempre sonhei em fazer TV, mas nunca fui realmente atrás desse sonho, até que há quatro anos comecei a trabalhar com a humorista Rossicléa (N.E.: artista local que participou da Escolinha do Professor Raimundo da Rede Globo), escrevendo músicas e fazendo trabalho de redator. Outro grande humorista do ceara, Alex Nogueira, foi convidado pela TV Jangadeiro/SBT para um programa de humor, então ele convidou Rossicléa mais dois humoristas e chamou a minha banda para fazer a direção musical. Aceitei e em pouco tempo fui escalado para fazer uma matéria nas ruas. Ficou tão legal que fui convidado a fazer outras. Hoje, além da produção musical, participo das entrevistas e também sou redator.

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Como você juntou as ideias para compor "O Clube dos Corações Solitários"? Qual a principal mensagem desse álbum tão incomum para um parâmetro rockeiro?

Ricardo Diamante: Eu precisava dar vazão a algumas músicas que achava bacana e depois de muito relutar, decidi gravá-las. Não foram gravadas pensando neste disco, foram compostas em diversas fases de minha vida. Mas o disco, em minha opinião, saiu bem bacana e é um documento onde posso mostrar que posso compor em vários estilos e, mesmo assim, não parece uma "colcha de retalhos".

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Quando você percebeu que músicas como "Não Mais Preciso dos Teus Beijos", funcionavam com guitarras distorcidas e arranjos setentistas?

Ricardo Diamante: Sou fã de Beatles, Rolling Stones e coisas como Núbia Lafayette e Roberto Carlos, mas também sou fã de bandas como Exodus, Onslaught, Carcass, Possessed e Sarcófago. Adorar Metal faz com que eu use estas distorções mais fortes com conhecimento de causa. Acho bem bacana algumas misturas assim.

Você se inspirou em que quando compôs "Blame On You"?

Ricardo Diamante: Coisas como Creedence Clearwater Revival, Bread e discos como "Book of Shadows" do Zakk Wylde. É uma música super simples, mas em minha opinião bem bacana de se escutar.

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A extravagância na letra de "Por Favor Não me Bata com Essa Corrente", preserva mais a sua veia humorística. Você consegue fazer alguma coisa que não contenha riso?

Ricardo Diamante: Na verdade, essa música foi feita por causa de uma brincadeira no programa. Eu pedia para tocar uma música minha, mas sempre acontecia algo do tipo: tempo estourado ou falta de energia no estúdio. Um dia Alex perguntou como era pelo menos o nome da música, e não sei de onde tirei, mas a partir daí fui obrigado a escrever uma música com esse título porque toda semana eles diziam: "vamos ver se hoje a gente vai escutar a porra dessa música da corrente!" (risos)

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Pretende lançar outro álbum? Ele seria da mesma linha que a do "Clube..."?

Ricardo Diamante: Estou em pleno processo de gravação do meu novo disco. É um álbum "one-man band" onde compus tudo e toco todos os instrumentos. Não será um disco fácil, pois nada tem a ver com as canções do "Clube..." Estou fazendo um disco de Rock de garagem, psicodélico, altamente influenciado por bandas como The Velvet Underground, Júpiter Maçã, Lou Reed e Greatiful Dead. Espero lançar até janeiro de 2017. Também em 2017 pretendo lançar um CD de Thrash/Death Metal com todas as minhas músicas que compus nas bandas D.D.T., G.S. Truds, Cerberus e Blood Laced Misery. Após isso, pelo menos fotograficamente, minha carreira se encerrará.

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Agradecemos pela entrevista, pode deixar suas considerações finais.

Ricardo Diamante: Você não tem ideia da alegria em estar participando dessa entrevista e falar um pouco da minha história. Apesar de estar pouco atuante no meio Metal, tento fazer do meu jeito algo para dar minha contribuição... Sempre que posso toco com camisas de bandas de Metal do Ceará e tento levar matérias sobre Rock na TV aberta cearense, creio que é um trabalho de formiguinha, mas acho bastante válida. Obrigado a você, Leonardo, pelo respeito e o convite para participar disso tudo. "Namaste"!

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Contato:
https://www.facebook.com/ricardo.diamante.921

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Sobre Leonardo M. Brauna

Leonardo M. Brauna é cearense de Maracanaú e desde adolescente vive a cultura do Rock/Metal. Além do Whiplash, o redator escreve para a revista Roadie Crew e é assessor de imprensa da Roadie Metal. A sua dedicação se define na busca constante por boas novidades e tesouros ainda obscuros.
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