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Anathema: Vincent Cavanagh fala sobre novo álbum

Por Marcelo R.
Fonte: NoiseFull
Postado em 26 de maio de 2014

Vincent Cavanagh, frontman da banda inglesa ANATHEMA, recentemente conversou com o site NoiseFull.com acerca do vindouro álbum, Distant Satellites, que será lançado no início do mês de Junho deste ano.

Alguns trechos dessa extensa entrevista podem ser conferidos a seguir:

ENTREVISTADOR: Olá Vincent, como vai?
VINCENT: Olá Nikos! Estou bem, obrigado, como vai você?

ENTREVISTADOR: Estou ótimo, obrigado! Então, "Distant Satellites" parece continuar seguindo o caminho que "Weather Systems" estabeleceu. Então, qual foi a sua meta enquanto vocês trabalhavam neste álbum?
VINCENT: Pessoalmente, eu acho que ["Distant Satellites"] é uma ruptura com o "Weather Systems", e eu acho que é um passo além na evolução. E eu acho que ele ["Distant Satellites"] está desconectado com o "Weather Sytems", soa diferente, tem uma energia diferente, quase todas as músicas estão em um tom menor, houve mais experimentação com passagens eletrônicas, claro. Há algo que soa muito diferente ali, algo que é, musicalmente, um território novo para o Anathema. No que tange às metas, nossos únicos objetivos são, realmente, terminar as canções, fazê-las soar como elas próprias "exigem" ser, entende o que eu quero dizer? Quando nós escrevemos músicas, é como se elas próprias fossem "direto ao ponto" de como elas devem terminar. Nós deixamos a música nos conduzir, em vez do contrário. Nós deixamos a música assumir a liderança. Outras metas: bem, talvez no que se refere à questão da produção, eu acho que, na verdade, a única coisa que nós decididamente estabelecemos, de antemão, foi que "ok, desta vez vamos tentar colocar menos elementos na mixagem, mas fazê-los soar maiores". Afora isso, fomos direto à composição das canções.

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ENTREVISTADOR: Enquanto o "Weather Systems" foi, de certa forma, um álbum meio otimista, em relação ao novo álbum eu sinto como se toda a atmosfera fosse um pouco mais melancólica, tal como em canções como "Dusk (Dark in Descending)" e "Anathema". Essa decisão foi algo consciente?
VINCENT: Não, nós não tomamos decisões conscientes em relação à música. Nossa música acontece de forma completamente natural para nós, então, o que quer que venha, vem. Na verdade, foi apenas mais tarde que nos ocorreu que o álbum saiu muito, muito obscuro. Nós o tocamos para alguém, que destacou "Wow, é obscuro". E isso, até então, não nos tinha ocorrido. Na verdade, você destacou um ponto, reflita sobre isso agora, todas as canções estão em tonalidade menor!

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ENTREVISTADOR: Sim, eu notei isso desde a primeira vez que eu o ouvi...
VINCENT: Sim, essa é a diferença! Cara, eu não sei, não foi de forma alguma algo intencional. Simplesmente aconteceu. O Anathema escreve canções totalmente desvinculadas de qualquer forma preconcebida, ou influência externa, ou expectativas. Nós não permitimos que nada, absolutamente nenhum tipo de influência, interrompa nosso processo criativo, e tudo tem a ver com instinto e permitir que as cordas, e a música, e a melodia te levem para onde elas precisam estar.

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ENTREVISTADOR: A essa altura, já tendo ouvido o álbum diversas vezes, parece-me que muitas canções têm essa estrutura "climática", culminando numa grande melodia com grande intensidade, muito mais que nos álbuns anteriores. Você sente que esse tipo de estrutura de canções te espelha muito?
VINCENT: Não, nós realmente não encaramos isso dessa forma, embora tudo isso tenha a ver com um "crescendo" (nota: aumento progressivo de sons em música). Como cantor, às vezes eu sinto que eu preciso desse tipo de estrutura no final da música. Eu preciso alcançar um certo nível de intensidade numa canção para eu sentir que eu realmente estava ali cantando (risos). Mas é algo pessoal, não necessariamente uma regra. Nós realmente gostamos desse tipo de coisa, nós gostamos dessas construções, nós sempre gostamos disso, mas não há regras na música, obviamente.

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ENTREVISTADOR: Em termos de orquestração, "Distant Satellites" é mais singelo comparado ao álbum anterior. Você sentiu, de alguma forma, a necessidade de "voltar ao princípio", se é que isso aconteceu?
VINCENT: Não é tanto uma "volta ao princípio", é apenas fazer o seu álbum soar maior, e você consegue isso inserindo menos elementos e concentrando-se na qualidade de produção de cada um desses elementos. Se você colocar 50 guitarras pesadas numa música, adivinhe o que vai acontecer. Você vai "encharcar" a bateria, e a bateria vai soar pequena, e f...-se isso, sabe. Nós queremos grandes baterias e alto som de baixo, nós queremos aquela sessão rítmica rolando. Eu acho que as guitarras estão menos diretas desta vez. Eu acho que elas foram executadas de forma mais interessante, o que resultou num som mais interessante. Elas estão menos estereotipadas, menos como aqueles acordes simples e diretos de rock, se você entende o que eu quero dizer...

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[...]

ENTREVISTADOR: A última parte do álbum é bem mais experimental, com elementos eletrônicos, e canções como "Distant Satellites" afastam-se muito do núcleo/cerne do som de vocês. Eu acho que ela poderia até mesmo ser tocada num clube, você concorda?
VINCENT: Sim, por que não? É claro! Eu acho que ela realmente tem uma vibração para isso mesmo. Eu estou ansioso para tocá-la ao vivo e ver como as pessoas irão recebê-la, porque, com todo mundo com quem eu conversei até agora – especialmente todos que me entrevistaram – mencionaram essa música, e ela tem sido, sem exceção, a canção favorita de todos, o que é realmente algo estranho se você considerar que ela é [uma música] que se "afasta" [do núcleo/cerne do som da banda]. Então, isso é excitante, fazer algo totalmente novo e ter todo mundo apontando-a como um destaque. É algo muito legal. Mas eu definitivamente acho que ela poderia ser tocada num clube, e também há a possibilidade de se fazer remixagens de canções como essa, versões diferentes, então sim, por que não? É legal.

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ENTREVISTADOR: Vocês nunca se arrecearam de tentar experimentações e de mudar seu som de uma forma radical. Essa maior utilização de elementos eletrônicos é uma pista do futuro direcionamento musical da banda?
VINCENT: É só uma pista de que os elementos eletrônicos estarão presentes no nosso som no momento. Nós vamos continuar a desenvolver isso e a tentar coisas diferentes, porque há todo um mundo de possibilidades ali. Eu não diria que isso tomará 90% do som da banda, mas elas [passagens eletrônicas] estarão lá como mais um elemento [da música]. Vai depender do que a canção exigirá, o que a música exigirá. Nós não fazemos nada de forma preordenada, tudo tem que girar em torno da composição, então isso é a coisa mais importante, o que a canção necessita. Ela precisa de elementos eletrônicos? Ok, então vamos fazer isso. Esta aqui não precisa ser eletrônica, mas precisa de naipes de cordas? Então não a comprometa e consiga uma orquestra, porque não há como substituir isso. E talvez, no futuro, possa haver uma canção que exija uma sessão com instrumentos de metal ou mesmo uma trombeta, então nós faremos isso. Nós não planejamos ir para uma direção específica. Nós apenas tentamos tudo.

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ENTREVISTADOR: A canção "Anathema" levantou algumas expectativas entre os fãs, e eu acho que ela é uma música muito poderosa, algo como a antiga melancolia do Anathema entregue ao seu som moderno. Qual o conceito por trás dessa faixa e por que vocês decidiram intitulá-la com o nome da banda?
VINCENT: É sobre nós, sobre todos da banda, sobre tudo o que nós enfrentamos juntos, especialmente as lutas, e sobre o porquê nós fazemos o que fazemos, o porquê isso é tão importante para nós e, por fim, o porquê isso nos manteve juntos, não apenas como banda, mas como uma família também. [A canção] também é sobre ex-membros da banda. Ela relaciona-se, ainda, ao conceito de "Distant Satellites", ao qual irei me referir mais adiante. Musicalmente, [nós a nomeamos "Anathema"] por causa da sua vibração, da sua emoção, da sua obscuridade, e por causa da questão pessoal e lírica. Nós estávamos ouvindo-a no estúdio após criarmos os vocais e foi Danny [Cavanagh] quem sugeriu "Ok, essa música chama-se Anathema". É como se a música, por si só, tivesse se decidido, porque foi simplesmente óbvio, era tão óbvio, tal como "P... cara, é isso aí", e nós não teríamos feito isso se não fosse com aquela música. Nós nunca estabeleceríamos previamente que deveríamos criar uma música chamada "Anathema". Nós apenas escrevemos aquela música e decidimos que seria ela quem teria esse nome. Ela é perfeita para isso, de verdade. É um futuro hino da banda. Eu acho que é uma daquelas músicas que nós ainda estaremos tocando daqui a 10 anos.

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ENTREVISTADOR: Falando desta música ["Anathema"], eu gostaria de dizer que nela, você tem um dos seus melhores desempenhos vocais neste álbum. Soa muito honesto e expressivo. Você mesmo escreve as melodias de voz ou é um processo colaborativo?
VINCENT: Oh, obrigado! Foi Danny [Cavanagh] quem escreveu as melodias. Eu mexi em algumas poucas coisas aqui e ali, e eu fiz isso por conta própria, mas foi Danny quem escreveu aquela canção. Eu também introduzi aquela melodia no final (nota do editor: Vincent canta a melodia da guitarra). Ela era, na verdade, pertencente a uma outra faixa, e durante a pré-produção eu disse a Danny "Eu não sei se você também notou, mas ela [a melodia] deveria vir aqui, nesta música", e ele me respondeu "Não!" (risos). Ele sempre faz isso, sabe? Ele é meio assim, "isso nunca vai dar certo". E eu disse, "Danny, confie em mim, isso vai ficar bom pra c..." e ele me respondeu "Eu não consigo ouvir isso". Por isso, eu tive que gravar uma demo para ele e, então, ele pôde ouvi-la. Aí ele me respondeu "Ahh, ok" (risos).

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ENTREVISTADOR: Conte-me um pouco sobre o conceito do álbum. O título é "Distant Satellites", mas as letras são um pouco mais pessoais. Então, de onde surgiu o título?
VINCENT: É sobre as pessoas, é sobre nós da banda e as pessoas ao redor da banda, amigos próximos que nós temos, pessoas que nós conhecemos ao longo do caminho, indivíduos que trilham um caminho estranho, pessoas malucas que são verdadeiras fagulhas. O conceito de pessoas sendo satélites é mais ou menos sobre como todo mundo é em sua própria órbita, e às vezes essas órbitas podem cruzar-se mutuamente, e então, depois, você tem que se separar novamente, porque, em última análise, você simplesmente vive por sua própria conta.
Também [o título] pode estar relacionado a alguém que você há muito não vê e quando há o reencontro, vocês querem curtir mais tempo juntos, como se o não tempo não tivesse passado, mas, no final das contas, você tem as suas próprias coisas para fazer e, então, tem que partir, porque você tem que continuar seguindo seu próprio caminho.
Também [o título] poderia se relacionar com o fato irrecusável de que você passa 10 anos com alguém e você o(a) vê todos os dias, mas ainda há uma distância. Não há nada que você possa fazer, é assim que é a vida. A vida às vezes conspira contra você.
Também [o título] é sobre a própria banda. Nós "orbitamos" essa música. [São] as pessoas da banda, nas órbitas dessa música. Essa música é o sol ao redor do qual nós giramos e a gravidade que nos mantem unidos.
Então, há muitas maneiras interessantes de enxergar o conceito, e muitas canções do álbum são sobre as pessoas. Eu acho que esse é um jeito muito bom de interligar tudo.

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A entrevista completa (em inglês) pode ser conferida no seguinte link:
http://noisefull.com/interviews/anathema-vincent-cavanagh

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Sobre Marcelo R.

"Marcelo R. é natural de Itu. Da fama de sua cidade, herdou alguns exageros, como o gosto pela música e pela literatura. Ávido leitor e aficionado por uma imensa gama de subgêneros do rock, possui especial paixão pelo metal nacional, do qual é incansável apoiador. É colecionador de discos, já tendo completado algumas discografias, como a do Katatonia e a do Bruce Dickinson. Nas horas vagas, é um despretensioso escritor, aventurando-se especialmente em resenhas de livros e de música. Colabora com a página Rock Show, sediada no site Medium. É formado em Direito."
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