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Raven: "Se quisesse ganhar grana colocaria peitos de silicone e cantaria como a Beyoncé"

Por Luiz Cesar Pimentel
Fonte: Blog do Luiz Pimentel
Postado em 06 de março de 2014

Eles têm 40 anos de estrada e no Brasil, no próximo dia 22, terão uma dívida de 30 anos saldada - a abertura para o Metallica é uma maneira de a maior banda de metal do mundo dizer muito obrigado para o trio britânico que proporcionou a primeira turnê da vida destes, em 1983, quando lançaram o disco "Kill´em All".

O Raven fez parte do tradicional movimento (no mundo metal, claro) NWOBHM (New Wave of British Heavy Metal), que colocou para o mundo rostos dos integrantes de Judas Priest, Iron Maiden, Saxon, Def Leppard, entre outros. Eles não ficaram famosos como os outros. Mas em entrevista o líder da banda,o baixista e vocalista John Gallagher, mostra que tem tanto quanto seus conterrâneos mais famosos a contar.

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É possível para uma banda que não é mainstream ter satisfação financeira? Ou seja: se bancar com música.
Haha!! Não. Isso nunca foi possível. Mas se nós almejássemos satisfação financeira nós colocaríamos peitos de silicone e cantaríamos músicas da Beyoncé.
Nós temos, na verdade, muita satisfação escrevendo, gravando e tocando ao vivo nossas músicas. E atualmente nós estamos com retorno financeiro melhor do que já tivemos em toda a carreira. Então, está ótimo!

Das bandas que surgiram no New Wave of British Heavy Metal o Raven não acompanhou o sucesso de outras, como Def Leppard, Judas Priest, Saxon e Iron Maiden. Por quê?

Infelizmente talento e trabalho duro não são suficientes. Nós nunca tivemos o suporte de empresários e gravadoras que os outros artistas tiveram. No entanto, ainda estamos aqui, e isso é uma medida de sucesso.

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O que você lembra da primeira turnê em que o Metallica foi a banda de abertura de vocês?

Aquela foi a primeira turnê da vida deles. Eles eram garotos enlouquecidos aprendendo na prática. Nós já éramos mais rodados, mas era nossa primeira turnê pelos Estados Unidos. Então era muito legal levar o metal pela América numa atitude de guerrilha com eles.

E da turnê com Ozzy, que vocês abriram?

17 pessoas em um ônibus dormitório, ainda lembro do cheiro! Ozzy ouviu nosso primeiro single, "Don´t Need Your Money", na rádio na Inglaterra e nos chamou imediatamente para a turnê. Foi incrível e uma enorme oportunidade para nós.

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Outra turnê que lembro também foi pela América com o Judas Priest durante o lançamento de "Turbo". Encontrar e tocar com nossos heróis foi muito especial, e eles foram muito legais, deixaram que usássemos todo o aparato de som e iluminação deles, desde que não quebrássemos nada.

Como foi criado o conceito de "Athletic Rock", que os caracteriza?

Não foi exatamente criado. Nós fazíamos o que fazíamos, que era basicamente enlouquecer no palco, correr e fazer caretas. Como usávamos camisetas de corrida e munhequeiras para suor, a gravadora veio com esse "athletic rock". E nós fomos além, com Mark (Gallagher, guitarrista) usando aparato de hóquei. O conceito real é "Raven Rock!", que significa que nos divertimos e somos contagiosos.

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Qual é ou quais são suas histórias favoritas nesses 40 anos de banda?

Oh, são muitas. Ser headliner do Aardshock Festival na Alemanha, em 1983, foi marcante.

Antes do show, eu fiquei no estacionamento conversando com um bocado de fãs. Mais tarde descobri que aqueles garotos se tornaram membros do Kreator, Sodom, Rage, Coroner, Doro. É muito louco saber que você foi inspiração para a formação de bandas.

Outra que lembro bastante é ter visto na TV Nacional na Bolívia em 2011 um vídeo de nossa música "Gimme a Fucking Break".

Pode contar sobre o vídeo de retrospectiva? O que a banda está planejando para comemorar os 40 anos?

Nós tínhamos a ideia do DVD há bastante tempo.

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Mark trabalhou duro para compilar todos os clipes e juntar a história da banda. Um monte de cenas nunca vistas em estúdio e shows, entrevistas com caras como Lars Ulrich, Dee Snider,

Michael Wagener, Chuck Billy etc...

Finalmente pudemos dar aos fãs o que nos pediam, e mostra a real do grupo.

Sim, 40 anos. Acho que vamos comemorar no palco em São Paulo. Não consigo pensar em maneira melhor de celebrar do que com nossos velhos amigos do Metallica.

Em 2001 Mark sofreu um acidente em que um muro caiu e esmagou as pernas dele. Isso causou uma interrupção na carreira de vocês de alguns anos. Pode nos contar como foi tudo?

Ele teve um acidente de carro e estava com um grande galo na cabeça. Aí ele foi visitar um amigo numa construção e não podia usar o capacete de proteção por causa do galo. Só um boné de beisebol, e isso salvou sua vida.

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O boné voou com o vento e enquanto ele estava tentando pegá-lo um imenso muro de 100 metros de largura e seis de altura desabou sobre suas pernas. Se não fosse pelo boné ele teria morrido. Ele sofreu múltiplos ferimentos, seu pé simplesmente virou do avesso, um dos músculos da panturrilha foi rasgado, na outra perna uma barra de metal atravessou-a etc

Os médicos queriam amputar uma perna mas ele recusou. Então disseram que ele nunca mais andaria. Novamente ele recusou a idéia e demorou uns 4 ou 5 anos para ficar em pé novamente. Atualmente ele está uns 95% do que era.

É incrível, mas ele é muito teimoso então não chega a ser uma surpresa. Continua o louco de sempre.

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Guitarras, protejam-se.

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Sobre Luiz Cesar Pimentel

Luiz Cesar Pimentel é jornalista, escritor e diretor de conteúdo do portal R7. Jornalista desde 1992, e autor dos livros Sem Pauta - Reportagens, Histórias e Fotos de um Jornalista pelo Mundo (Ed. Seoman, 2005), compilado de coberturas em 18 países como correspondente, e Você Tem que Ouvir Isso! (Ed. Pensamento, 2011). Trabalhou na Folha de S Paulo, Editora Abril, Trip, os portais Starmedia, Zip.net, UOL e Virgula além de ser colunista e colaborador de Caros Amigos, Carta Capital, Playboy, Rolling Stone, Sexy, Jornal da Tarde, Elle e Superinteressante.
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