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Dark Avenger: O retorno de um dos grandes nomes do Metal nacional

Por Junior Frascá
Postado em 01 de dezembro de 2013

Finalmente, 12 anos após o lançamento de seus segundo álbum, o marcante "Tales of Avalon: The Terror", finalmente o DARK AVENGER, uma das bandas mais importantes do Brasil, retorna com a segunda parte da obra, denominada "The Lament". Transbordando paixão pela música pesada, a banda se mostra mais afiada do que nunca, e em plena forma, pronta para reconquistar seu espaço no underground metálico. Aproveitando esse retorno, e o lançamento do novo trabalho, batermos um papo com o vocalista Mario Linhares, que nos conta o que houve com a banda neste tempo de paralisação, além de falar sobre o novo álbum, dos planos para o futuro, dentre outros assuntos. Confiram:

Olá Mário. O disco anterior do DARK AVENGER, e primeira parte do "Tales of Avalon", "The Terror", foi lançado em 2001. E apenas agora, 12 anos depois, é lançada a segunda parte, "The Lament". Porque tanto tempo entre os lançamentos? O que ocorreu com a banda nesse período?

Mario Linhares - O hiato entre os dois "Tales of Avalon" aconteceu devido às inúmeras dificuldades de infraestrutura (dinheiro, estúdio, produtor, etc.) para concretizar a gravação do segundo álbum e também devido às inúmeras dificuldades da banda em manter um trabalho permanente, dificuldades essas correlatas ao penoso cenário em que vivemos no Brasil. Poucos shows, a maioria mal remunerados e mal produzidos, vão minando a confiança dos integrantes em permanecerem no trabalho e todos são pais de família, profissionais de alto gabarito; precisam de retorno financeiro para sobreviver. Quando o bolso aperta o primeiro a sofrer é a integridade da banda. Então em 2005 resolvi parar as atividades da banda para poder descansar a mente e a alma. Até que em 2009, mediante um convite de um produtor de shows de Brasília, nos reunimos para um show apenas. Esse show foi um marco que nos fez (a mim, ao Leonel e outros integrantes) pensar sério sobre retomar as atividades. Com o advento do aniversário de 50 anos de Brasilia eu conhecí o R. Schumann e seu estúdio maravilhoso. Passamos a conversar sobre gravar o "The Lament" e ele nos proporcionou em 2011 toda a infraestrutura de produção e gravação que tanto sonhávamos e precisávamos para gravar a segunda parte.

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Para vocês, quais as principais diferenças na cena metálica entre quando vocês lançaram "The Terror", e agora que estão lançando "The Lament"?

Mario - Eu penso que quando lançamos o "The Terror", a cena já vinha mostrando um grau de desgaste. Já não havia aquela ebulição do final dos anos 80 e anos 90 onde produtores e fãs faziam de tudo para terem e estarem nos shows das bandas nacionais. Foi uma época que eu acredito não volta mais. Os fãs do estilo iam, lotavam as casas de shows para ver DARK AVENGER, ETERNA, DRAGONHEART, WIZARDS, SYMBOLS, entre tantas outras excelentes bandas daquela época. Hoje em dia "parece" que já não há tanto interesse no trabalho das bandas nacionais... embora eu saiba que isso não é verdade. Eu penso que faltam mais espaços na mídia e nas casas de shows para as bandas autorais além de que os fãs precisam estar mais abertos a irem aos shows.

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Conte-nos um pouco sobre o conceito lírico do novo álbum.

Mario - De 1994 até 1996 eu li diversas obras do universo Arturiano: La Mort D’Artur, Mordred - A Tragedy, The Return Of Merlin, The Once and Future King, Historia Brittonum, The Book of Merlin, Annales Cambriae, The Mists of Avalon, King Arthur and His Knights, entre tantas outras, cada obra abordando o ponto de vista de um personagem central, cada um com sua característica mais marcante. Nessas leituras o que me fascinou mais foi a forma atemporal com que os sentimentos de cada personagem, independente do livro e do personagem foco, se sobressaiam. Eu me identifiquei muito ao perceber que a o amor incondicional, o ódio incomensurável, a inveja desmedida, o perdão reconciliador, a dor da perda, o tênue fio de esperança são sentimentos tão comuns a estes personagens quanto a mim ou a você que agora me lê e que, a despeito das eras, nunca mudam em aspecto e manifestação... somente de indivíduo. Resolvi escrever sobre isso e convenci os caras da banda a comporem melodias que retratassem tais sentimentos em suas temáticas e inclinação musical. São esses sentimentos que tentamos passar em cada um dos Contos de Avalon. O primeiro chama-se "O Terror", pois é nele em que toda a trama é construída, intrigas, fofocas, desvios de conduta, etc. O segundo chama-se "O Lamento", pois nele já não há máscaras, só consequências de maus atos e más escolhas.

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Musicalmente, creio que "The Lament" seja o disco mais maduro do DARK AVENGER, que mesmo tendo ficado tanto tempo sem lançar um disco, mostra grande evolução. Você concorda? Como se deu o processo de composição do novo álbum?

Mario - Concordo plenamente, principalmente se analisarmos o conceito de maturidade que é algo intrinsecamente ligado ao tempo, e tempo é o que mais temos até a concepção do "The Lament". Com a entrada do produtor Tito Falaschi o time de criação estava completo: R. Schumann, Mario Linhares, Kayo John e Leonel Valdez. Foram essas cabeças que materializaram todos os sentimentos que queríamos buscar desde o início, cada um contribuindo de maneira significativa para o andamento do projeto. O engenheiro de som Thiago SilvaGomes foi fundamental para que conseguíssemos alcançar o nível que estabelecemos desde o início para as canções. Foram três meses de puro brainstorm, intuição e mão na massa.

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Inclusive, para mim, trata-se do disco mais variado da carreira da banda, mesclando peso de melodia de forma bem orgânica. Essas variações têm relação direta com a temática lírica abordada, ou vocês, desde o início, já planejavam esse tipo de variedade nas composições?

Mario - Como eu costumo dizer, as músicas não contam histórias... são os próprios personagens que exprimem seus sentimentos. Então quando eu escrevo "Gaze your last Sunshine baby. Kiss him your sweetest goodbye. Before this day ends all you’ve lived, all you’ve loved shall die"(Broken Vows) eu sou a Morgana, estou dentro da música. Eu sou a mulher invejosa e ressentida que fala. Quando eu escrevo "Out from the mud that ground your sorrow you must build a safe way to cross the bridge of doubt and fear that lies ahead" (Stronger Than Death) eu sou o Merlin, o tiozão experiente que dá o conselho para alguém que inicia uma jornada. Quando eu escrevo isso eu sou a minha própria música, por isso é que sai tão verdadeiro. Esse foi o pivot que nos norteou desde o princípio: ser fiel à música que queríamos fazer.
Quanto à parte poética, eu sou formado em Língua Inglesa. Durante anos tenho procurado desenvolver essa habilidade de expressar-me na língua inglesa, com a legitimidade necessária para colocar uma obra dessa na mão do meu público.

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Duas faixas representam bem essa variedade musical apresentada em "The Lament": a melódica e marcante"The Knight on the Hill", e a pesada e direta "Sicorax Scream". Para você, como vocalista, como é cantar faixas tão diferentes? Você se sente mais a vontade nos momentos mais agressivos, ou nos mais calmos e melódicos?

Mario - Eu tenho toda semana aula de ópera com um dos melhores mestres de canto do mundo. É a ópera que tem me possibilitado interpretar melhor a minha música. Eu procuro aliar o Mário Linhares agressivo e agudo de antigamente com o novo Mario Linhares que canta mais grave e mais interpretativo. Ambos momentos são fáceis de fazer, embora não seja fácil fazê-los em seguida. Muitas vezes eu preciso de um momento a mais para que o sentimento da música anterior vá embora e eu possa me concentrar na próxima canção.

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Outro ponto que chama a atenção no álbum é a excelente produção. Como foi trabalhar com os produtores R. Schumann e Tito Falaschi, e ter o renomado Michael Wagener na mixagem e masterização? Você s ficaram satisfeitos com o resultado final?

Mario - Essa trinca foi realmente o grande diferencial. A união dessas mentes brilhantes nos ajudando a materializar essas músicas, juntamente com o Thiago SilvaGomes foi FUNDAMENTAL para que conseguíssemos chegar onde chegamos. O que se sobressai dessa equipe é o lado humano. Eu via ali do lado todo um aparato tecnológico que só era utilizado depois de HORAS, muitas horas de inspiração, brainstorm, tentativas, suor mental (risos)... Os caras são geniais, incansáveis... sabem que nada substitui a alma... Nunca me esquecerei do Thiago fazendo mudança de movimentos na "The Thousand Ones"... é coisa de gênio!!!

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Vocês foram uma das poucas bandas a conseguirem tocar no famigerado festival Metal Open Air, no ano passado. O que você pode nos contar sobre o ocorrido naquela noite, e a reação do público, tanto perante o show de vocês, como perante a organização do Festival?

Mario - A nossa participação foi uma mistura de muitos erros e um único acerto. O único acerto foi, uma vez que estávamos lá, subir ao palco e tocar. O restante foi tudo errado: Insistir em ir e tocar. Eu sempre digo que fizemos a nossa parte e cumprimos a nossa palavra... mas diante de tudo que a galera passou, eu penso que talvez não devêssemos ter ido. É um erro que não repetiremos.

E como foi o show de lançamento do álbum, ocorrido no Teatro dos Bancários, em Brasília, no último dia 13 de novembro?

Mario - Foi um sonho se tornando realidade. Estar ali doze anos depois com o disco pronto, o povo sorrindo e nos aplaudindo, cantando a cada música, foi um sonho. Foi realmente um espetáculo, estar no palco com um coral de tantas vozes maravilhosas, um piano de calda (risos)... casa cheia... um espetáculo. Tem coisas que a gente pensa que nunca aconteceriam na vida da gente... essa era uma delas para mim... mas agora que aconteceu eu quero mais (risos).

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E quais são os planos da banda para o futuro? Há previsão de um tour de divulgação do disco, ou lançamento de um DVD ao vivo, com a apresentação da saga "Tales of Avalon" completa?

Mario - Queremos tocar. Queremos viajar o Brasil e o mundo levando essa obra ao conhecimento das pessoas que curtem a música pesada de qualidade. Quanto a tocar os dois "Tales of Avalon", essa é uma ideia que já estamos providenciando.

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Agora com o novo álbum do DARK AVENGER, e sua divulgação, como fica sua outra banda, o HARLLEQUIN?

Mario - O DARK AVENGER é top priority para mim. Nesse período o HARLLEQUIN fica on hold.

Obrigado Mario. Por favor, deixe um recado final para nossos leitores.

Mario - Quero agradecer de coração a vocês pelo espaço para passar a minha mensagem e pedir a todos que me leem que procurem conhecer esse novo trabalho do DARK AVENGER. Espero poder logo estar aí na cidade de vocês tocando essas músicas. Os produtores interessados no nosso show ou para cds e merchandising por favor escrevam para [email protected]. Um forte abraço a todos.

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Sobre Junior Frascá

Junior Frascá, casado, é advogado, e apaixonado por heavy metal em todas as suas vertentes (em especial thrash, stoner, doom e power metal) desde seus 15 anos. Também é fã de filmes de terror e séries americanas, faz parte da equipe da revista digital Hell Divine e do site My Guitar, e é guitarrista da banda de metal tradicional MUD LAKE.
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