Ronaldo Giovanelli: ex-goleiro fala da paixão pelo rock
Por Evandro De Marco
Fonte: EM Aulas
Postado em 08 de novembro de 2013
Conversar com o ex-goleiro Ronaldo Giovanelli é, acima de tudo, garantia de muita risada. A figura de jogador marrento dos tempos de Corinthians dá lugar a uma pessoa com extremo bom humor e disposta a falar de tudo um pouco como nessa entrevista exclusiva de 2013 ao site EM Aulas.
Desde a maneira inusitada como foi apresentado a Elvis Presley, até as brincadeiras de bastidores da época de atleta. Fanático por rock and roll, Ronaldo tem suas bandas preferidas, as clássicas Deep Purple, Iron Maiden, AC/DC e Kiss. "Comecei a entender um pouco de rock aos 10 anos. Aos 18 passei a ter aulas de bateria e depois violão", revela o hoje comentarista da TV Bandeirantes e cantor da banda Ronaldo e os Impedidos.
EM Aulas: Como você começou a gostar de rock?
Ronaldo: Foi engraçado. Tinha uma vizinha que chegou em casa chorando dizendo que um tal Elvis tinha morrido. Minha mãe ficou com dó dela, serviu água com açúcar pra acalmar a moça e tudo. Até copnsolou a coitada. Quando ela descobriu que o tal Elvis era um cantor americano quase botou a mulher pra correr. Pensei: se a mulher está chorando por um cara que mora nos Estados Unidos é porque ele deve ser bom, né? Aí, um tio, que morava com a gente, trouxe uns discos do Elvis e eu comecei a ouvir. O cra era demais. Um ótimo cantor e intérprete, inclusive, de músicas do Frank Sinatra.
EM Aulas: Por quê muitos goleiros gostam de rock, como o caso do Zetti, Velloso, Cássio e você? Menos o Marcos (ex-Palmeiras), que é do sertanejo.
Ronaldo: O Marcão gosta de rock também. Acho que o lado mais agressivo das guitarras combina com a forma que o goleiro tem que ser em campo. Ele tem que combinar essa agressividade com uma certa tranquilidade ao mesmo tempo.
EM Aulas: Na época em que você jogava ouvia alguma música em especial antes de entrar em campo?
Ronaldo: A gente não tinha o costume de hoje que é moda chegar no estádio com fone de ouvido. Não tinha essa não. A gente ia no ônibus falando sobre o jogo mesmo, comentando o que o treinador havia passado na preleção e aquilo o que teríamos que fazer para vencer o jogo.
EM Aulas: Qual o jogo que não sai da sua memória? O mais importante pra você?
Ronaldo: Foi a final da Copa do Brasil de 1995 contra o Grêmio. Um título invicto e que tem time grande por aí que ainda não conquistou, não (brinca, provocando diretamente os torcedores do rival São Paulo).
EM Aulas: O quê significa o Corinthians pra você?
Ronaldo: Entrei no Corinthians menino, com 12 anos, e saí como homem, com 30. Lá eu aprendi a conviver em grupo. Fiz do Corinthians minha casa e dos jogadores meus irmãos. Passava mais tempo no clube e com os jogadores do que com minha própria família.
EM Aulas: Quais os principais jogadores com que você fez amizade?
Ronaldo: Tupãzinho, Neto, Fabinho, Ezequiel, tem vários. Somos amigos até hoje.
EM Aulas: Você citou quase o time todo da conquista do primeiro Campeonato Brasileiro de 1990. Foi esse grupo o mais unido de todos que você já integrou?
Ronaldo: Ficamos quase sessenta dias concentrados, os últimos quinze fomos para Jarinú. Não tinhamos time pra vencer o São Paulo na final. Por isso, fizemos da união, da garra, a nossa base para vencer. Talvez, essa seja o principal motivo para o título e por nossa amizade até hoje. Quando tenho dúvida em algum lance que preciso comentar na televisão, não penso duas vezes: pego o telefone e ligo pra algum deles. Por exemplo, se um atacante cai demais, ligo pro Fabinho e pergunto a opinião dele sobre o assunto. Se a dúvida é com um zagueiro, falo com o Henrique.
EM Aulas: Pra fechar, conta uma história engraçada dos tempos de jogador
Ronaldo: Tem várias. Mas, quando a gente amarrava o Ezequiel na trave depois do treino era demais. Ele ficava pentelhando o tempo todo no treino. Quando acabava, a gente pegava um rolo de fita e amarrava o Ezequiel na trave e ia pro vestiário tomar banho. Quando a gente estava jantando, quase uma hora depois, ele conseguia se desamarrar e aparecia. Uma vez, o Luizão, que tomava conta do gramado, foi ajudar o Ezequiel. A gente falou pra ele não ajudar, mas o Luizão não atendeu. resultado: Ficaram os dois amarrados.
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