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Soul's Silence: Entrevista com Sergio Barsant

Por Erik Castro
Fonte: HellYeah! Prod.
Postado em 29 de novembro de 2012

Formada em 2006 por Airton Alves, Jeferson Menezes e Kleber Silva, a banda paulista SOUL'S SILENCE propõe um Death/Doom Metal com influências pontuais do Gothic Metal executado por bandas como MOONSPELL e EVEREVE, assimilando também traços de Metal Progressivo, resultando numa sonoridade sólida e precisa. Em 2012, a banda disponibiliza o EP Act I: Sorrow, seu primeiro registro em estúdio, para audição e download, conseguindo notória visibilidade. Confiram a entrevista realizada com o baterista Sergio Barsant.

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HellYeah! Prod.: Gostaríamos primeiramente de agradecer pela disponibilidade em nos conceder esta entrevista. Comecemos então por um breve histórico da banda. A SOUL'S SILENCE está em atividade desde 2006 e como a maioria dos grupos que vivenciam o underground, enfrentou muitos percalços de seus primeiros dias até sua fase atual. Conte-nos um pouco sobre o início da banda, sua proposta e por que optaram por direcionar sua criatividade para o Doom Metal.

Sergio Barsant: Antes de qualquer coisa, gostaria de agradecer a vocês em nome de toda a banda pelo espaço e a oportunidade. Bem, é verdade, como você disse a banda está na ativa desde 2006 e devido a problemas de troca de formação, tanto eu quanto o Rodrigo Sughayyer (baixo) somos produtos dessa troca de formação, pois, fomos os últimos a entrar para a banda (risos), as coisas foram caminhando devagar, mas serviu para a banda poder se encontrar. Como você deve saber a SOUL'S SILENCE começou fazendo covers de bandas que influenciaram e continuam influenciando aquilo que fazemos hoje, então, com o passar do tempo e de uma forma bem natural, a banda começou a compor suas próprias músicas e deixar essa estória de cover de lado. Desde o começo a ideia era seguir por esse caminho do Doom, de uma sonoridade mais dark, vocais guturais e afins e com o passar do tempo a grande questão e acredito que o que motiva a banda é poder fazer aquilo que gostamos, quero dizer, compor sem limitar a criatividade.

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HellYeah! Prod.: A banda optou por disponibilizar na integra o EP Act I: Sorrow na internet. O que os motivou a isso? De que forma o registro repercutiu entre o público e a crítica?

Sergio Barsant: Após conversarmos bastante a respeito sobre qual forma seria mais apropriada lançarmos o EP, sugeri que, justamente por se tratar de um EP, seria interessante se fizéssemos apenas online, pois, traria maior visibilidade e assim poderíamos atingir muito mais pessoas do que se resolvêssemos lançar de maneira tradicional. E pelo visto acertamos na escolha, pois, temos acesso aos números de audições e downloads do material e tem sido bem legal, assim como também temos recebido boas criticas de muitas pessoas, não só aqui no Brasil como também no exterior.

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HellYeah! Prod.: Ainda sobre o EP, como foi o processo de composição e gravação?

Sergio Barsant: Sobre o processo de composição o que eu posso dizer é que, quando eu entrei na banda as músicas estavam prontas, e eles tinham uma gravação simples com o antigo baterista, e eles me deram total liberdade para eu fazer do meu jeito, mudando algumas coisas e adaptando ao meu estilo e influência musical, e o bom foi que eles curtiram e durante o processo de pré-produção do EP eles também foram mudando algumas coisas nas músicas, tanto as que estão no EP quanto as outras músicas. Durante o processo de gravação tivemos momentos bem tranquilos e outros nem tanto, como por exemplo, tivemos alguns problemas de horários para concluirmos as gravações, pois, ora o produtor que nos gravou não podia, ora um de nós não, o que acabou demandando um tempo além do previsto para a conclusão. Depois, na hora da mixagem, ficamos em cima até que o material ficasse a contento de todos, mas no geral, tirando esses pequenos problemas a gravação foi até que tranquila (risos).

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HellYeah! Prod.: A sonoridade da SOUL'S SILENCE agrega uma série de elementos diversos. Quais as principais influências da banda? Durante o processo de composição, vocês objetivam um direcionamento específico ou deixam tudo fluir naturalmente?

Sergio Barsant: Verdade, e eu acho que isso é muito importante e faz com que nós mesmos dentro da banda consigamos explorar até mesmo outras vertentes e como eu disse antes, não nos limitarmos mesmo tendo o rótulo de uma banda de Doom Metal, pois, a música não tem limites e o que importa no fim das contas é você se expressar, afinal de contas somos cinco pessoas com influências diversas. Só para citar alguns exemplos, AMORPHIS, MOONSPELL, MY DYING BRIDE, PARADISE LOST, já no meu caso minha maior influência é DREAM THEATER e depois que eu entrei para a banda é que passei a ouvir mais bandas de Doom Metal, apesar de já conhecer algumas, foi aí que passei a ouvir mais o estilo e descobrir ótimas bandas como, o IN MOURNING e o KATATONIA. Então, como eu disse, o principal é não se limitar, assim como acontece com a maioria das bandas cada um chega com alguma ideia e a partir daí vamos adicionando outros elementos e dando sugestões nos instrumentos uns dos outros até chegarmos naquilo que queremos na música.

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HellYeah! Prod.: A SOUL'S SILENCE integra o quadro de bandas da União Doom Brasil. Fale um pouco sobre o que é este projeto, seus objetivos e seus pontos em comum com o ideário da banda.

Sergio Barsant: Esse é um projeto muito interessante e que é um exemplo que poderia ser seguido por bandas de outros estilos. A União Doom Metal Brasil é um projeto criado pela Ellen Maris, vocalista da banda APOCALYPTICHAOS, de Goiânia. Esse grupo agrega bandas de várias regiões do país e de diferentes vertentes do Doom. Quando fomos convidados a fazer parte do grupo, ficamos muito contentes, pois, ele vinha bem de encontro a um projeto que eu tinha em mente e que queria levar a diante que era juntar algumas bandas de amigos, de estilos diferentes e assim organizarmos eventos em que essas bandas pudessem tocar juntas, porém, quando entramos para a União Doom Metal Brasil vi que esse projeto poderia ser algo mais segmentado.

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HellYeah! Prod.: A banda também faz parte do projeto Doom Metal United. Conte-nos um pouco sobre ele. Sua abrangência abarcará outras regiões do país ou somente o Sul e o Sudeste?

Sergio Barsant: Então, o projeto Doom Metal United é esse algo mais segmentado (risos), pois, hoje, por fazermos parte da União Doom Metal Brasil, achei que seria interessante podermos levantar a bandeira do grupo com um projeto como o Doom Metal United e que assim poderíamos juntar algumas bandas de São Paulo e organizarmos os nossos shows, tendo em vista que aqui temos muitas cidades no interior e que tem um público ávido pelo estilo de som que fazemos, mas que por uma razão ou outra não podem ir a shows de bandas de Doom, que muitas vezes acontecem na capital. E mesmo sem começarmos propriamente a tocar esse projeto em frente, algumas bandas como, a LÚGUBRES, por exemplo, que já se mostraram interessadas em seguir conosco nessa empreitada. Inclusive, no próximo dia 25 de Novembro de 2012, iremos fazer um show juntos, SOUL'S SILENCE e LÚGUBRES juntamente com a BULLET COURSE (PR) em São Caetano e assim darmos um start nesse projeto. Num primeiro momento o projeto será com bandas daqui de São Paulo, porque, fica mais fácil para todos, mas nada impedirá de futuramente ter uma ou outra banda convidada que venha de outra região.

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HellYeah! Prod.: Quanto ao futuro, o que podemos esperar da banda? Já existe uma previsão para próximos lançamentos? Em uma futura ocasião, vocês manterão a proposta de massificar a divulgação pela internet, disponibilizando o material na integra ou pretendem desenvolver também cópias físicas do registro?

Sergio Barsant: Temos tido algumas ideias para projetos futuros dentro da banda, como por exemplo, a gravação do nosso primeiro vídeo clipe, que será da música Anubis. Agora, quanto a lançamento a ideia continua sendo essa mesmo, de lançar nosso material via internet. Até por que, podemos ter controle daquilo que fazemos, a não ser que aconteça algo que seja muito bom para a banda para ser lançado de outra forma, pois, como sabemos, banda não vive de lançamentos de CDs e sim de shows, apesar de não vivermos exclusivamente de música, pois, temos consciência de que a realidade no Brasil é bem diferente, sabemos que o lançamento do material de uma banda em formato físico só beneficia alguns e não propriamente a banda.

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HellYeah! Prod.: Em sua opinião, o Doom Metal ainda se apresenta para o público nacional como uma vertente cheia de estereótipos distorcidos ou esta concepção tem sido desmistificada? Você acredita num progresso em longo prazo para este segmento?

Sergio Barsant: Essa pergunta é engraçada, porque ela me faz pensar que algumas pessoas muitas vezes temem ou ridicularizam aquilo que não conhecem, assim como também há aquele que não quer ser estereotipado, mas faz de tudo para chamar a atenção sobre si de alguma maneira, tentando até mesmo chocar um pouco. Eu acho que para você tocar ou ser fã de um estilo, nesse caso, o Doom, ou até mesmo Gothic, você não precisa propriamente estar afundado num mundo de depressão, pensar em morte e tristeza extrema. Mas acho que isso vem mudando gradativamente e as pessoas, público e bandas, tem visto que esses detalhes não são regras para fazer esse tipo de música, assim como você não precisa ser poser para fazer um bom Hard Rock.

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HellYeah! Prod.: Estamos chegando ao fim desta entrevista, deixamos mais uma vez nosso agradecimento à banda e concedemos o espaço para uma mensagem final.

Sergio Barsant: Mais uma vez, obrigado pelo espaço e a oportunidade de podermos ter a palavra e mostrar para as pessoas quem é a SOUL'S SILENCE e também gostaria de convidar a todos a conhecer o nosso som, visitar nossas páginas nas nossas redes sociais, enviar e-mails, onde todos serão bem vindos e respondidos. E claro, quando possível também compareçam aos shows.

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Sobre Erik Castro

Erik Castro, 23 anos, residente em Fortaleza - CE, é professor de Artes Visuais e trabalha paralelamente com design, modelismo e ilustração. Apaixonado por Rock e Heavy Metal, está inserido na cena underground cearense desde 2007 com projetos de direcionamentos variados. Academicamente pesquisa sobre estética, imaginário social e práticas urbanas. Musicalmente, tem maior afeição por Metal Extremo, com ênfase no Doom, Death e Black Metal.
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