HIM: melhor disco da semana + entrevista para Revolver
Por John Wins
Fonte: Revolver Mag
Postado em 20 de novembro de 2012
No último dia 12/11 a coletânea "XX: Two Decades of Love Metal" do HIM foi eleito o melhor albúm da semana no site da revista Revolver. Seguida da vitória logo foi postada uma entrevista exclusiva com o sempre educado vocalista do HIM, Ville Valo. Abaixo uma tradução do bate papo conduzido pelo jornalista Dan Epstein.
REVOLVER: Por que gravar um cover de "Strange World" do Ké para XX: Two Decades of Love Metal?
Ville Valo: Kevin Grivois, ou Ké, tem uma história muito interessante se você ler a sua biografia. A música tocou muito quando assinamos pela primeira vez em 96. Nós tocamos muito na Europa e ela era uma daquelas músicas que você sabe apenas a cantarolar, ou por algum impulso, você vai ser capaz de cantar no karaoke. Então, essa música sempre esteve no ar. Era como: vamos fazê-la como faixa extra, porque não queria perder qualquer música inédita para o próximo álbum. A melhor coisa foi ouvir do Ké pessoalmente que ele gostou da versão... Eu fiquei vermelho quando recebi seu e-mail em minha casa. É o melhor elogio que se pode obter.
Eu não sei quantos de seus fãs estavam hip o suficiente para essa música em primeiro lugar.
Bem, esse é o ponto. Talvez um dia alguém vai escolher um rap e fazer uma versão louca com isso, transformá-lo em country-western, você nunca sabe. Eu sempre gostei de interpretações diferentes e, como artista, é possível chegar perto da música e lhe dar poder, como uma força interior. Eu ainda acho que a letra dessa canção encaixa com o momento da banda muito bem.
Como você se envolveu para fazer o XX: Two Decades of Love Metal?
No final do dia, você tem um CD, que ainda é um formato válido. Obviamente, se você está fazendo uma compilação, você quer colocar faixas que representam melhor a banda ou são aquelas que as pessoas ouviram e serviu como um lembrete de que a banda ainda existe, e esperamos trazer um monte de novas pessoas. Então, a nossa última gravadora já falava em fazer um coletânea, então falamos: "OK, se vocês querem, mas vamos fazer a melhor. Assim, criamos uma nova arte, pegamos algumas versões diferentes de algumas canções que algumas pessoas nunca ouviram. Algumas versões para rádio foram lançadas na Europa, algumas apenas na América." Então, com isso, fomos capazes de ter muitas faixas para tornar o álbum possível. É como uma introdução para conquistar o mundo, ou um reino.
Então, olhando para os 20 anos da banda, o que pensa a respeito?
Traz o inevitável você não vencerá nos próximos 20 anos. Com Gas [Lipstick, baterista] não se sentindo muito bem [sofrendo de uma lesão no nervo do braço] e banda parada em um encruzilhada, eu acho que no meio de todo esse caos e confusão, fica algo de como isso é muito revitalizante para todos na banda. É como olhar para trás e perceber o que já fizemos, como no mínimo, duas boas músicas. [Risos] Foi um chute na bunda para fazermos esse novo albúm, e acho que ano que vem será algo realmente importante para nós, definitivamente.
No sentido de lançar um disco e sair em turnê...
Sim, isso, não excursionamos há dois anos e meio, com tantos shows acontecendo. Olhe, se há alguém disposto a ouvir o que nós fazemos. É emocionante por um lado, há borboletas do tamanho de morcegos gigantes em meu estômago! Então, isso é um bom sinal. Isso significa que realmente se preocupam com o que estamos fazendo.
Bem, você não já teve essa sensação?
Bem, os morcegos vêm em vários tamanhos. Se você fizer o ciclo de álbum-turnê-álbum-turnê, você raramente tem tempo para olhar para trás e perceber onde você está. Por causa da desgraça do nosso baterista, foi algo necessário, não é necessário olhar para trás, mas para frente. Com isso, eu acho que nós ganhamos mais energia e força de vontade para criar algo que não nos fará se mijarmos e sim colocarmos para fora.
Você teve bastante tempo livre enquanto ele se curava. O que fez consigo? Saiu do castelo?
Tocar violão um pouco mais. Mais ou menos, minha existência está ligada à música e melodia. É o que eu faço. Você pode fazer uma pausa, mas você ainda está escrevendo. Esse ponto está sempre seguindo. Mas eu limpei o lugar, então demorou um pouco. Tarefas entre a música. No final do dia, às vezes você pode obter a melhor inspiração de lavar o chão, depende se for um bom piso ou da quantidade certa de sangue nele . É a vida. Então, quando a banda estava em uma fase difícil, eu percebi que o que eu preciso fazer, é isso que eu quero fazer, e é isso que me faz feliz.
Parece que o resultado foi positivo, apesar de todas as provações e tribulações.
Eu sinceramente acredito na necessidade de tribulação, mas não no sentido Budismo de dor e sofrimento. Você precisa passar por isso.
Então, eu encontrei um comentário deixado em uma notícia que provavelmente foi concebido como um insulto, mas eu pensei que você ia achar que é sim um elogio. Sempre falaram que achavam que o HIM era um "primo gay do Danzig".
Oh senhor. Eu acho que vão nos chamar de dupla dinâmica? Mesmo alguém pensando em nós e mencionando Danzig - sendo algo positivo ou negativo - já é algo positivo para nós.
Eu amo a ideia de Danzig com mais exuberância e pensei que você ia gostar disso também.
Bem, ele tinha os pulmões e eu tinha o delineador. Mesmo o pior dos insultos em boa companhia é melhor do que um elogio medíocre.
A banda se encontra em fase adiantada de produção do novo CD de inéditas intitulado "Tears On Tape" que será gravado em Londres com mixagem do renomado Tim Palmer (The Cure, Tears for Fears) saindo no começo de 2013.
Para fechar o ano os finlandeses se preparam para 4 apresentações no Festival Helldone no Club Tavastia em Helsinki, Finlândia. Será a primeira apresentação ao vivo depois de 2 anos longe dos palcos.
Para mais informações acesse: HIM Brasil - O maior conteúdo sobre HIM em português!
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