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Dream Theater: sete bateristas farão audição para a banda

Por Kako Sales
Fonte: Blabbermouth.Net
Postado em 08 de outubro de 2010

Na quarta-feira, 06 de outubro, DJ JC Green, da Metal Messiah Radio conduziu uma entrevista com o vocalista do DREAM THEATER, James LaBrie, sobre seu álbum solo, "Static Impulse", e sobre a recente saída do baterista do DREAM THEATER, Mike Portnoy. Os 25 minutos de entrevista irão ao ar hoje à noite (sexta-feira, 08 de outubro) às 20 horas no www.metalmessiahradio.com. Alguns trechos da conversa seguem abaixo (como transcritos do arquivo de áudio pelo BLABBERMOUTH.NET).

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Mike era o porta-voz da banda. Como os membros remanescentes do DREAM THEATER vão gerenciar essa tarefa (daqui para frente)?

LaBrie: Bem, obviamente, ele estava tomando conta dessas coisas e queria estar presente o tempo todo, especialmente com relação à interação com os fãs e coisas do tipo. Então o que nós fazemos agora? NÓS estabeleceremos a comunicação, NÓS ficaremos em contato com nossos fãs, NÓS estabeleceremos uma ótima relação com nossos fãs, e NÓS nos tornaremos mais próximos de nossos fãs e eles verão quem e o que nós somos e eles saberão que nós estamos sempre ao lado deles e que nós apreciamos quem e o que eles apóiam. Então é uma maneira de nos comunicarmos, é uma maneira dos outros quatro caras se apresentarem e estabelecerem uma boa relação com os fãs de um modo mais comunicativo.

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Então poderemos ver um cara caladão (possivelmente se referindo ao baixista John Myung – N. do. E) falando para a imprensa?

LaBrie: Com certeza. Ele já está fazendo isso. John Myung está muito mais verbal do que ele costumava e está dentro – está conosco nessa e está animado. Eu acho que uma das coisas legais é que você vai ouvir dos quatro caras muito mais do que antes, então haverá muito mais opiniões e pontos de vista e situações que normalmente você pode não ter ouvido. Então acho que vai ser legal.

Eu tenho lido em outras entrevistas que a banda tem feito uma busca por um substituto para Mike nas baquetas, mas eu não vejo nenhum tipo de pressa ou pressão na banda. Vocês estão realmente procurando por um substituto ou vocês já têm um ou dois candidatos em mente?

LaBrie: Não estamos muito apressados , porque é uma grande mudança para nós; não há precedentes na banda. Essa é a primeira vez que procuramos por um baterista para o DREAM THEATER. As coisas estão andando nos trilhos. Ainda não temos um baterista, mas já temos audições marcadas com bateristas, e está tudo certo para acontecer dentro de duas semanas. Então, em duas semanas vamos começar as audições. Já temos sete caras selecionados que vão entrar em estúdio, vão tocar algumas músicas e tal. Estamos procurando pela química, pela vibração, atitude, personalidade correta, visual correto – alguém que sintamos que realmente vai intensificar o que o DREAM THEATER tem representado e o que planejamos representar no futuro. Então tudo é muito animador. Temos tudo planejado, tudo combinado, então é tudo uma questão de, dentro de algumas semanas, iniciar as audições e aí eventualmente anunciar quem é o novo baterista.

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Então haverão audições abertas?

LaBrie: Não serão abertas; já está decidido quem participará. Há sete bateristas que estão vindo e, desses sete, vai sair o nosso baterista. São todos bateristas de nível mundial. Não posso te dizer quem são – adoraria, mas não posso; não posso revelar essa informação. Não agora. As coisas ainda estão frescas. Mas será uma semana muito intense para nós enquanto estivermos tocando e testando esses bateristas.

Vou mencionar um nome que, pessoalmente, acho que tem um pacote complete para o DREAM THEATER – John Macaluso. Ele tocou com você na turnê do "Elements of Persuasion", até por recomendação de Mike, e você cantou em uma das músicas do projeto solo dele, UNION RADIO. Ele é de Nova York, tem tocado metal progressivo durante a maioria da carreira dele – muitas coisas em comum. O que você acha dele?

LaBrie: Bem, sem falar que John Macaluso é um baterista fantástico; ele tem um talento incrível. Para mim ele é um John Bonham dos dias atuais – ele tem um feeling muito legal, tipo o do Bonham, mas ao mesmo tempo também pode tocar num contexto bem progressivo e adentrar em áreas mais sincopadas com facilidade. Sim, tive o prazer de sair tê-lo na parte européia da turnê do "Elements of Persuasion", e ele é fantástico – não há dúvidas disso; ele é muito capaz. Se ele é um desses sete bateristas ou não, eu não posso te dizer (risos). Mas sem dúvida, o cara é um baterista incrível. Extremamente talentoso. Gosto muito do jeito dele de tocar, do estilo dele e ele é um cara incrível.

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Sobre o post recente de Mike Portnoy, no qual ele acusou LaBrie de ser "insensível" e "desrespeitoso" por proclamar em uma entrevista recente que os membros remanescentes do DREAM THEATER não estavam "nem um pouco tristes" com a saída de Mike do grupo...

LaBrie: Não vou me envolver em justificativas sobre quem eu sou ou de onde ele vem ou coisas do tipo. Não quero falar sobre isso – quero manter as coisas positivas. Se alguma coisa está sendo interpretada como negativa, é uma pena. Nunca foi essa a intenção, e eu acho que se alguém leu minhas palavras na entrevista para o Used Bin Radio, eles iriam perceber que de maneira nenhuma eu insinuei algo que era negativo ou insensível.

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Vocês planejam começar a trabalhar no novo álbum (do DREAM THEATER) em janeiro, como foi planejado antes da saída do Mike?

LaBrie: Sim, quer dizer, até agora acho que tudo está tendendo a se manter dentro da agenda; não vejo, até agora, porque mudar ou porque as coisas se atrasariam. Acho que estamos prontos e ansiosos para entrar em estúdio e compor algumas músicas. Então, nesse ponto, definitivamente, acho que janeiro ainda é uma realidade.

Você acha que a ausência da parte criativa de Mike como compositor e produtor vai dar (ao DREAM THEATER) mais liberdade ou pressão no processo?

LaBrie: Não acho que haverá pressão alguma. Acho que, no final, pode mudar a dinâmica dentro da banda, pode mudar a forma como as coisas andaram no passado no tocante às músicas e ao processo de composição. Acho, sim, definitivamente, que há espaço para mudanças. Tenho certeza que, até certa ponto, tem que mudar, tem que ser assim... É um novo capítulo em cada sentido da palavra. Então eu acho que, com certeza, é bem possível que, em muitas áreas – em especial ao processo de composição – há espaço para mudanças, mais do que comumente há.

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Vocês já decidiram como será o processo de composição para o novo álbum (do DREAM THEATER)? Vocês irão compor em estúdio, como têm feito recentemente, ou vocês espera alguma mudança no processo?

LaBrie: Eu acho que vamos continuar entrando em estúdio, como a banda costuma, e compor já no estúdio, então estaremos todos lá trabalhando coletivamente, no mesmo espaço. Então, eu acho que vamos continuar a fazer como temos feito nos últimos álbuns.

Você considera usar um produtor externo ou o John (Petrucci, guitarrista do DREAM THEATER) ou algum outro dos caras da banda vão ficar por conta disso?

LaBrie: Acho que todos nós, nesse ponto... Acho que isso são coisas a serem discutidas mais adiante. Mas acho que, para grande parte das coisas, todos nós já demos carta branca a John Petrucci para seguir em frente e produzir. Acho que ele é extremamente competente e sabe exatamente onde precisamos chegar, o que precisamos fazer e como deve ser nosso som. Acho que ele é mais do que capaz de fazer isso e assumir essa posição.

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A entrevista na íntegra de JC Green com James LaBrie vai ao ar hoje (sexta-feira, 8 de outubro), às 20 horas (horário local), apenas no www.metalmessiahradio.com.


Dream Theater: a saída de Mike Portnoy

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Sobre Kako Sales

Mineiro de Januária, baterista autodidata, cresceu em ambiente familiar ligado à música popular e erudita. Seu pai chegou a fazer pequenas turnês com bandas da Jovem Guarda como tecladista no fim da década de 70. Aos 10 anos, iniciou os estudos de teoria musical e piano clássico. Teve o primeiro contato com o mundo do metal ao escutar o CD Angels Cry do Angra, aos 15 anos. Desde então tem se dedicado a conhecer, colecionar e difundir o melhor do metal brasileiro e mundial. Graduado em Letras/Inglês, principalmente por influência da língua-mãe do rock, tem como principais ícones do metal as bandas Angra, Symphony X, Dream Theater e Opeth.
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