Floor Jansen: "O ReVamp não é o After Forever II"
Por Laís Tomaz
Fonte: FlooRocks - Floor Jansen Brazil
Postado em 16 de maio de 2010
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O FlooRocks, site dedicado inteiramente à cantora Floor Jansen (ex AFTER FOREVER, REVAMP), disponibiliza a tradução de uma reveladora entrevista com a Floor, na qual a cantora deixa claro que seguiu em frente e está com tudo para arrebentar com sua nova banda, REVAMP.
Algum tempo atrás Floor fez um dueto com Doro, que nos anos 80 era vocalista da banda de metal WARLOCK. Naquela época uma vocalista feminina não era muito comum na cena metal. O "Female Fronted Metal" ainda não existia. O que Floor aprendeu com essa mulher?
"Em 2006 ela cantou comigo no álbum 'After Forever' e dois anos mais tarde eu cantei no single dela 'Celebrate'. Eu aprendi muito com ela. Nós trocamos experiências e ela me deu bons conselhos, pois ela também ficou sem sua banda (Warlock) e agora segue carreira solo. O que me impressiona é o quanto ela é dedicada. Ela não desiste e continua lutando apesar dos altos e baixos. Doro não se comporta como uma diva, ela age normalmente na presença dos fãs e de todo mundo em volta dela. O guitarrista Bas Maas (ex-AF) agora toca com a Doro. As distâncias são curtas e é bem possível que nós voltaremos a fazer algo juntas."
"Como um cavalo em plena corrida que em um estalo fica parado". Assim descreve a cantora Floor Jansen sobre o final repentino da bem sucedida banda de metal After Forever. E por um tempo após não havia nada, mas Floor se reencontrou e iniciou a banda ‘female fronted’ ReVamp. A soprano tomou novamente as rédeas e na ensolarada Roermond nos conta sobre o lançamento do primeiro álbum (28 de maio) nomeado ReVamp:
Vamos primeiro voltar rapidamente ao After Forever. Por que a banda acabou?
"O biscoito acabou. Em 2008 o nosso guitarrista Sander teve um burn-out e por isso tivemos que fazer uma pausa. E quando nos reunimos novamente a sensação já não era mais a mesma. Ou você dá pelo menos 100% ou não faz! Por isso a banda acabou".
Isso soa simples, mas foi uma queda macia do cavalo?
"Durante um curto período eu perdi tudo que era importante pra mim. Primeiro na esfera de relacionamentos, e aí eu ainda perdi minha banda. O que me sobrou então? Eu fiquei questionando tudo que já aconteceu na minha vida. Quem eu sou e o que quero pro futuro? Mas tudo terminou bem, eu sei direitinho quem eu sou, não podemos fugir de nós mesmos".
Depois de olhar profundamente no espelho, Floor soube que o que ela queria mesmo era continuar com uma female fronted metal band: "Eu sou extremamente bem treinada e eu consigo muitas coisas com a minha voz. Por isso eu não estou presa ao metal, mas é lá que mora minha paixão. Por isso eu vou continuar com o ReVamp de onde eu parei com o After Forever".
A cantora começou a compor em abril de 2009 com Waldemar Sorytcha e Joost van der Broek. "Joost estava escrevendo em Tilburg, Waldemar em Bochum e eu em casa. Linhas vocais e idéias melódicas a gente enviava um ao outro. Diferente do normal, eu fiz toda a pré produção em casa. Eu tive bastante tempo pra fazer graça. Então foi tudo muito bem preparado pro estúdio. Lá eu me senti super relaxada. Se isso se deu à mais preparação ou à mais experiência, o Joost deveria saber, mas ele também não sabia haha".
ReVamp não é After Forever II, afirma a cantora. "Muita coisa do instrumental e da variedade vocal permaneceram, mas o ReVamp é mais violento e menos orquestral. Minha técnica de opera está sendo menos usada do que minha técnica de rock e as guitarras estão sendo muito mais usadas do que o teclado. ReVamp é mais direto, mais na direção do SoilWork".
A participação de cantores convidados realçou as diferenças. No ReVamp Floor canta em duetos com Jorn Strid, Russell Allen e George Oosthoek. Em janeiro de 2010 o álbum estava pronto e uma banda foi formada pra tocar ao vivo. "Durante a composição e a gravação de estúdio o ReVamp era um projeto. Assim poderíamos ter um bom material bem rapidamente. Joost produziu e nós gravamos com o engenheiro de canto Arno Krabman do estúdio Graveland. Então como produtora executiva, eu fui capitã do meu próprio navio. Isso funcionou muito bem, mas ao vivo é outra historia. Uma banda pra tocar ao vivo não pode ser projeto, tem que ser uma banda de verdade! Continua sendo meu navio, mas qualquer decisão a ser tomada, tem que ser tomada juntos".
Para integrantes da banda, Floor "recrutou": Jaap Melman (Baixo), Matthias Landes (Bateria), Ruben Wijga (Teclado), Jord Otto e Arjan Rijnen(Guitarras). "Vários pedaços de um diamante bruto", diz Floor aos risos.
Perder sua identidade e novamente encontrá-la é o tema da música "I Lost Myself". Mas nem todas as letras do álbum são tão pessoais. Floor também escreve sobre coisas que escuta de outras pessoas ao seu redor. A trilogia "In Sickness ‘till death do us part", por exemplo, fala sobre um paciente terminal. "Cada música foi escrita do ponto de vista de uma pessoa diferente da família. 'Disgrace' fala sobre como é desumano e injusto ser um paciente terminal. 'Disdain' fala da frustração do parceiro, de como se sente impotente ao ver a vida indo embora da pessoa que ama. Em 'All Goodbyes are Said' a morte é inevitável. O doente está pronto pra aceitar, mas o parceiro ainda não. O filme 'Komt een vrouw bij de dokter' inspirou essas músicas. Nas outras letras eu fiquei mais próxima de mim mesma. Meus textos são multi-interpretáveis e eu espero que as pessoas realmente os leiam. O que eles realmente significam não é tão importante, o importante é o que você consegue tirar deles".
Fonte: Revista holandesa LiveXS
Tradução por Liss Spinardi
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