Trivium: "Quanto maior você fica mais pessoas te odeiam!"
Por Diego Prado
Fonte: Swigged!
Postado em 12 de março de 2009
Steven K. do site "Swigged!" conduziu em março de 2009 uma entrevista com Corey Beaulieu, guitarrista do TRIVIUM.
Swigged!: Você tem sido questionado sobre o efeito polarizador da sua banda no passado - como os fãs de metal amam e odeiam vocês ao mesmo tempo. Eu andei pensando sobre isso e acredito que o assunto vem da noção de autenticidade. Seus fãs acreditam que a música de vocês é realmente Metal, enquanto seus oponentes discordam dessa opinião. O que você diz a respeito disso?
Corey: Eu quero que se dane. As pessoas podem questionar se somos ou não metal o quanto quiserem. O primeiro gênero musical que eu ouvi foi o metal - E eu entendo tanto do assunto quanto o próximo que vier falar merda. Nós crescemos ouvindo Metal old-school, e tocamos o tipo de música que ouvimos e curtimos. É impossível ser mais real do que isso - apenas tocar a música que vem do coração. Sempre tem pessoas que falam merda, isso acontece com todas as bandas. Quanto maior você fica, mais pessoas passam a te odiar. As pessoas sempre tentam derrubar aqueles que estão indo bem. O SLIPKNOT tem um montão de inimigos. Nós temos os nossos. O COHEED AND CAMBRIA tem os deles. Isso vem com o território.
Swigged!: Você acha que esse assunto veio a tona por que vocês assinaram com um selo grande, ao invés de um selo considerado "underground" como Nuclear Blast, Earache ou Relapse?
Corey: Talvez - Eu não sei. Tem muitas bandas que ainda estão no underground das quais você nunca ouve pessoas falando mal, mas quando se tornam maiores, as pessoas acham que elas não são mais legais. Eles perdem o lance de "Esta é a minha banda". Eu acho que muitas pessoas tem que parar com essa besteira. Se ninguém escuta uma banda, eles não estão ganhando dinheiro e não podem arcar com os gastos de continuar fazendo música.
Corey: É melhor para nós quando eles se tornam mais populares pois assim sabemos que não vão parar de tocar por não poderem pagar suas contas. [risos] Todos - inclusive as pessoas que falam mal das bandas - se tivessem a oportunidade de fazer o que nós ou o que outras bandas estão fazendo, eles iriam querer alcançar o maior número de pessoas possível e tentar obter o sucesso. No final do dia, a música é incrível e divertida, mas se você faz isso 24 horas por dia, ela também é o seu emprego. Nós definitivamente temos o emprego mais legail, mas ele é conhecido como o negócio da música por uma razão. Há trabalho a fazer.
Swigged!: Há algum arrependimento sobre a maneira com que "Shogun" foi feito?
Corey: O único disco que eu pensei a respeito disso, foi com o "The Crusade", mas nós não tivemos muito tempo para fazer este álbum, então quando as idéias apareceram já era muito tarde. Gravar este disco foi algo totalmente espontâneo. Com o "Shogun", nós trabalhamos nas músicas por muito tempo, mudamos algumas coisas, fizemos uma "demo" e a escutamos por algum tempo e testamos mais algumas coisas. Quando Nick (Rasculinecz, produtor) entrou em cena, ele tinha algumas idéias que iriam ajudar as músicas a fluir melhor, e no estúdio, nós acrescentaríamos pequenos detalhes.
Corey: Dado o tempo, nós pudemos tentar todas as diferentes idéias possíveis. Terminamos o novo disco, e não há nada que eu mudaria. Nós encontramos Nick no dia seguinte ao lançamento, ele veio a um show em Nashville. Ele está excitado para fazer o próximo álbum conosco. Temos várias idéias que podemos aproveitar para o próximo álbum. Com o "Shogun" tudo foi feito da maneira que deveria ser. O próximo terá algumas idéias novas. Talvez as guitarras soem mais esmagadoras. "Shogun" é , de longe, o melhor disco que fizemos até agora – o que tem a maior energia, era o disco que deveríamos ter feito naquele momento, para mostrar ao mundo quem somos.
Swigged!: O que você espera do próximo álbum? Vocês já começaram a escrever as músicas para ele?
Corey: É difícil dizer. Estamos sempre escrevendo riffs ou qualquer coisa, mas não temos uma boa noção do que iremos fazer com eles até que a gente tenha algumas músicas prontas para poder sentir a vibração geral. Eu gosto muito da maneira que os vocais foram colocados em "Shogun", mas eu espero que a gente possa trabalhar coisas novas da próxima vez. Talvez músicas só gritadas, ou só cantadas. Nós não fazemos isso há anos. Até então, teremos muitas idéias escritas e vamos ver o que acontece. Não iremos forçar nada, é tudo muito natural. Se algo soar legal, nós vamos trabalhar em cima disso. Se nós gostarmos da música, nós vamos usá-la independentemente dela ser muito pesada ou melódica. Se nós gostamos, sentimos que nossos fãs irão gostar também.
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