RECEBA NOVIDADES ROCK E METAL DO WHIPLASH.NET NO WHATSAPP

Matérias Mais Lidas


Outras Matérias em Destaque

Billy Corgan comenta seu álbum favorito do Black Sabbath: "Iommi foi visionário e pioneiro"

O canadense que matou uma família e culpou música de Ozzy

Baterista do Shadows Fall odiou Metallica e Slayer quando ouviu pela primeira vez

Paul McCartney e o que "estragou" Elvis Presley que os Beatles evitaram; "teria acontecido"

Kurt Cobain comenta as músicas do Nirvana que compôs para combater o sexismo

O integrante do Led Zeppelin com quem Robert Plant sempre perdia a paciência

Um fator crucial que levou Mike Shinoda a reformar o Linkin Park; "Estava quase como acabado"

Primeira música escrita por Steve Harris tinha título "horrível" e virou faixa de "Killers"

O que Cazuza quis dizer com "A burguesia fede e quer ficar rica" no clássico "Burguesia"

A conturbada saída de Steve Souza do Testament, nas palavras de Eric Peterson

O dia que o Pearl Jam só não compôs uma música com Bob Dylan porque Eddie Vedder não quis

A enigmática última frase que Renato Russo disse para seu amigo antes de morrer

Além de Jaco, o outro baixista fenomenal que Robert Trujillo adora, mas poucos roqueiros conhecem

Liam Gallagher estabelece condições para novo álbum do Oasis sair do papel

Ozzy Osbourne chegou a cantar no ensaio para o Rock and Roll Hall of Fame


Bangers Open Air
Pierce The Veil

Desolate Ways: evolução dentro do Doom e Stoner Metal

Por Rafael Carnovale
Fonte: Mundo Rock
Postado em 19 de agosto de 2008

O portal Mundo Rock conversou com o vocalista/guitarrista Max Lima, da banda gaúcha Desolate Ways. Em pauta, detalhes sobre o mais recente trabalho, o bom "Tearful", a evolução da banda dentro do doom/stoner metal, e até mesmo as comparações com Metallica e Paradise Lost.

Mundo Rock - Um fato que chama a atenção ao pegarmos o CD "Tearful" em mãos é a arte da capa, similar a de "Draconian Times", do Paradise Lost, no que tange ao uso das cores. Houve alguma inspiração direta neste caso?

Max Lima - Que eu saiba não. Acho que a única coisa em que nós não nos metemos, são nas artes criadas pelo Anderson. Seguimos o mesmo esquema desde o início da banda. Enviamos o título do álbum e as letras para o Anderson, e alguns dias depois ele nos envia a arte. Lembro que quando lançamos o "Eternal Dreams", também houveram críticas, acusando a capa de ser parecida com a do "Draconian Times" do Paradise Lost. Com certeza a nossa próxima capa, vai ser "parecida" também com a do "Draconian Times" do Paradise Lost...(Risos).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 1

Mundo Rock - A banda sempre se caracterizou por um som calcado no doom/stoner, e mantém-se fiel a sua proposta neste segundo trabalho. Como vocês analisam a evolução do Desolate Ways desde "Eternal Dreams"?

Max Lima - Acho que nossa música hoje está melhor estruturada. Estamos mais diretos nos aspectos de melodias e atmosferas. Gosto muito do Eternal Dreams, mas confesso que pelo menos pra mim, é um álbum um pouco difícil de se entender em apenas uma audição. Já o "Tearful", possui músicas que bastam uma única audição para você já sair cantarolando os refrãos. Acredito que estejamos seguindo o caminho natural das coisas, e evoluindo a cada novo álbum. Logicamente, acho que estamos mais pesados também. A produção também foi um fator importante no que se refere a destacar o peso das músicas. Enfim, essa é uma tendência que estamos inconscientemente seguindo, estamos cada vez mais pesados.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 2

Mundo Rock - Por sinal como foram os shows para divulgação deste primeiro trabalho? Algum que vocês queiram citar em particular?

Max Lima - Tivemos excelentes shows de divulgação para o Eternal Dreams. Mas nos limitamos apenas a região sul, com exceção da Thorns Gothic Rave em São Paulo. Ainda não éramos tão conhecidos, e causávamos certo espanto no público que ainda não nos conhecia. Mas era um espanto positivo (risos). As pessoas ficavam prestando atenção e nos analisando. E ao final de cada música nos aplaudiam respeitosamente. Lembro que nos últimos shows daquela época, as pessoas já pulavam e gritavam durante as músicas. Algumas cantavam junto e outras batiam palmas. Dava pra perceber que algo de bom estava acontecendo com nosso trabalho.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 3

Mundo Rock - "Sacred Mortals" é bem chegada ao Stoner, mas logo depois somos brindados com um som que remete ao gótico como "Cry No More". Seria errado dizer que vocês têm alguma inspiração em bandas góticas?

Max Lima - Seria corretíssimo afirmar que temos inspiração de bandas góticas. E acho que está aí a nossa diferença. Toda aquela safra dos anos oitenta como Sisters Of Mercy, The Cult, The Cure, The Mission e Dead Can Dance fazem parte de nossas influências. Esse mundo nos foi apresentado pelo Elizeu, que sempre foi muito fã de música gótica. E eu mesmo sou vidrado em The Cult. Adoro o lado gótico que eles possuem nos primeiros trabalhos, aliado aquela veia mais rock n' roll. E temos o nosso lado arrastado também, que é influência direta do Black Sabbath. Acredito que esse mix de influências, resulte no som que fazemos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 4

Mundo Rock - Por sinal Max, seus vocais nesta faixa se assemelham muito aos de James Hetfield, só que bem mais crus e menos limpos. Noto também algumas pitadas do doom de Messiah Marcolin (ex-Candlemass). Quais seriam suas inspirações como cantor?

Max Lima - Obrigado pelo elogio. E ainda bem que meu vocal é mais cru e mais sujo que o do Hetfield, senão eu seria acusado de plágio. (risos) Realmente, temos a voz bem parecida, mas é muito fácil distinguir quem é quem. Basta escutar o som e conferir a conta bancária (risos). Hoje tenho esta comparação como elogio, mas confesso que no início me sentia bem incomodado. Talvez por ainda estarmos em busca de uma identidade própria. Hoje, como já a encontramos, levo esta comparação como um elogio, pois sou muito fã de Metallica. Aliás, todos na banda são. Tenho como infuências o próprio James Hetfield, gosto muito do vocal do Sentenced, Nick Holmes do Paradise Lost, e saindo um pouco do metal, curto pra caramba também a voz do cara do Nickelback. Gosto também de estilos mais agressivos como Max Cavalera e Mille Petrozza do Kreator.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 5

Mundo Rock - Voltando a "Cry No More", vocês concordam que esta poderia ser a "The Unforgiven" do Desolate Ways?

Max Lima - Esse sim é um baita elogio "tchê!!!" (risos). Nós não a temos como uma "balada", e sim como uma faixa arrastada. Mas acho que dentro do estilo de cada banda, ela poderia sim estar neste mesmo patamar.

Mundo Rock - "Drowned In Tears" traz influências do stoner metal de bandas como Paradise Lost e Cathedral, que ao mesmo tempo são fortemente influenciadas pelo Black Sabbath. Qual o papel da banda de Tony Iommi na vida dos integrantes do Desolate Ways?

Max Lima - Essa música é do Elizeu. Ele é o cara na hora de falarmos em Black Sabbath. Todos nós curtimos a banda. Mas ele a leva para um outro nível de adoração. É quase um culto pra ele. (risos) Acho que para o nosso trabalho, o Black Sabbath representa muito. Toda a aura sombria que possuímos, nossos riffs, nossos andamentos em algumas faixas, são influências diretas do velho Sabbath. Talvez se eles não existissem, nós seríamos uma banda "alegre" (risos).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 6

Mundo Rock - Uma de minhas favoritas é "Falling Down", uma faixa pesada e ao mesmo tempo acessível. A banda de fato aposta em vários direcionamentos, mantendo sua personalidade nos vocais de Max e nas guitarras. Como vocês se definiriam musicalmente?

Max Lima - Esta é uma questão complicada. Particularmente não gosto de rótulos. Mas poderia nos definir como Gothic Metal. Afinal somos uma banda de heavy metal com influências de música gótica, portanto não vejo outro termo que nos classifique de melhor forma. Nos EUA, já nos apelidaram de o "Metallica Gótico".

Mundo Rock - Outra boa faixa é "My Pain", que mostra que a banda se dá bem com sonoridades que tendam mais para o heavy metal. É algo a ser explorado no futuro?

Max Lima - Como disse anteriormente, estamos mais pesados. E isso está acontecendo aos poucos. Talvez estejamos deixando nosso lado metal mais em evidência do que o lado gótico. Acredito sim, que isso é algo que já estamos explorando. O que eu acho o mais legal de tudo, é gravarmos álbuns que se diferenciem entre si. Acredito que dá pra se compor álbuns diferentes sem se mudar o estilo. E essa é a idéia que temos desde o início da banda.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - WHIP
Divulgue sua banda de Rock ou Heavy Metal

Mundo Rock - Vocês fizeram um vídeo para "Drowned In Tears", que chegou a ser exibido na Europa. Já há alguma resposta positiva do continente para shows ou lançamento do CD por lá?

Max Lima - Existem diversos contatos sendo feitos a algum tempo. Nossos álbuns estão sendo negociados por lá. Já recebemos inclusive convites para shows. Mas as condições não eram as melhores. Mas como gostamos de ter segurança em tudo o que fazemos, vamos esperar nossos álbuns serem lançados lá, para depois sim, pensarmos em fazer uma tour.

Mundo Rock - Uma curiosidade: vocês encerram o CD com a belíssima "Tearful", acústica e doce. Porque essa escolha?

Max Lima - Eu tinha essa faixa composta há muito tempo. Quando começamos a trabalhar nas músicas do Tearful, a mãe do Elizeu faleceu. E ele começou a escrever as letras sobre isso. Um dia mostrei a "Tearful" pra ele, e ele disse que ela combinava perfeitamente com as letras que ele estava compondo. Foi uma espécie de "Requiem" ao final do álbum.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - WHIP
publicidadeAdriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | André Frederico | Andre Magalhaes de Araujo | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Efrem Maranhao Filho | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacker | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Geraldo Fonseca | Geraldo Magela Fernandes | Gustavo Anunciação Lenza | Herderson Nascimento da Silva | Henrique Haag Ribacki | Jesse Alves da Silva | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Jorge Alexandre Nogueira Santos | José Patrick de Souza | Juvenal G. Junior | Leonardo Felipe Amorim | Luis Jose Geraldes | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcelo Vicente Pimenta | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcos Donizeti | Marcus Vieira | Maurício Gioachini | Mauricio Nuno Santos | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Richard Malheiros | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |

Mundo Rock - Ao mesmo tempo vocês já começaram os primeiros trabalhos para o próximo CD. O que podemos esperar deste trabalho? Há alguma coisa não aproveitada nas sessões de "Tearful"?

Max Lima - Esse novo álbum será bem mais pesado que os anteriores. Como disse, nosso lado metal está mais em evidência. Logicamente, não deixaremos nossas influências góticas de lado. Mas tudo estará mais pesado. Todas as músicas são novas. Não costumamos deixar sobras de um álbum.

Mundo Rock - E como está a agenda de shows para o Desolate Ways em 2008?

Max Lima - Temos muita coisa já em negociação. Estamos com a previsão de lançamento do novo álbum para agosto deste ano. Depois que o álbum sair, ficaremos mais tempo em divulgação. Pois nossa intenção é esticar um pouco mais a divulgação entre um álbum e outro. Só estamos lançado um novo álbum agora, para tirar o atraso entre o Eternal Dreams e o Tearful. Quatro anos de intervalo entre um trabalho e outro, é muito tempo perdido para uma banda do nosso porte.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - WHIP
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Mundo Rock - Com o advento do Myspace e da internet, ficou bem mais fácil divulgar sua banda e CD, já que isso envolve uma grande quantidade de pessoas que acessam a grande rede. Porém com isso surge a questão dos dowloads, que cada vez mais lesam o artista na sua arte, que é a música. Como vocês analisam o caso e como lidam com isso?

Max Lima - É uma situação delicada, porque você só pode analisar, não tem como lidar. As pessoas estão baixando, e era isso. Acredito que os mais lesados serão essas mesmas pessoas. Pois no futuro talvez, a música se torne algo obsoleto. Para uma grande banda, acho que não faz tanta diferença assim. Até porque quem ganhava grana até então eram as gravadoras. Mas para bandas com o tamanho da Desolate Ways, o download ferra, e ferra muito. Acho legal o Myspace, onde você conhece bandas novas, se gosta do som vai lá e compra o cd. Mas as pessoas gostam e não compram. Existem dois sites russos, que estão vendendo nossas músicas na rede. Estamos acionando o lado legal da coisa para tomarmos alguma providência, pois não existe outra palavra para isso que não seja roubo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - WHIP
Siga Whiplash.Net pelo WhatsApp

Mundo Rock - Obrigado pela entrevista, o espaço final é seu!

Max Lima - Agradeço aqui em nome da banda o espaço cedido por vocês. Um abraço a todos

Compartilhar no FacebookCompartilhar no WhatsAppCompartilhar no Twitter

Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps


Comitiva
Stamp


publicidadeAdriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | André Frederico | Andre Magalhaes de Araujo | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Efrem Maranhao Filho | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacker | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Geraldo Fonseca | Geraldo Magela Fernandes | Gustavo Anunciação Lenza | Herderson Nascimento da Silva | Henrique Haag Ribacki | Jesse Alves da Silva | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Jorge Alexandre Nogueira Santos | José Patrick de Souza | Juvenal G. Junior | Leonardo Felipe Amorim | Luis Jose Geraldes | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcelo Vicente Pimenta | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcos Donizeti | Marcus Vieira | Maurício Gioachini | Mauricio Nuno Santos | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Richard Malheiros | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |
Siga Whiplash.Net pelo WhatsApp
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Sobre Rafael Carnovale

Nascido em 1974, atualmente funcionário público do estado do Rio de Janeiro, fã de punk rock, heavy metal, hard-core e da boa música. Curte tantas bandas e estilos que ainda não consegue fazer um TOP10 que dure mais de 10 minutos. Na Whiplash desde 2001, segue escrevendo alguns desatinos que alguns lêem, outros não... mas fazer o que?
Mais matérias de Rafael Carnovale.

 
 
 
 

RECEBA NOVIDADES SOBRE
ROCK E HEAVY METAL
NO WHATSAPP
ANUNCIE NESTE SITE COM
MAIS DE 4 MILHÕES DE
VIEWS POR MÊS