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Arch Enemy: "nunca pensei que seria músico"

Por César Enéas Guerreiro
Fonte: Blabbermouth
Postado em 17 de outubro de 2007

Aedan Sieber, do site australiano The Metal Forge, recentemente fez uma entrevista com Michael Amott, guitarrista do ARCH ENEMY.

Sobre atingir um grande status no mundo do Metal de hoje:

"(Risos) Na verdade, eu não penso nisso dessa forma! Não sei – todo dia sempre tem um serviço novo – sempre tem alguma coisa que precisa ser feita, entende? Pode ser um show, uma entrevista ou... Bem, é meia noite aqui sabe... e eu ainda dando entrevistas. Acabei de tocar em um show aqui em Minneapolis — nos Estados Unidos — o tempo todo sempre tem alguma coisa pra ser feita. Agora mesmo estou muito ocupado – eu não tenho tempo pra pensar sobre essas coisas. Estamos tão envolvidos com a banda neste momento que não paramos de trabalhar, não dá pra ter uma folga. Na verdade, não dá nem pra analisar direito a nossa situação – é mais ou menos como vamos, vamos, vamos! Acho que daqui a alguns anos vamos dizer ‘Ei, aquela época foi bem legal’. (risos). Sem tempo pra refletir!"

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Sobre ser capaz de atingir seu objetivo pessoal de continuar criando a música que a banda quer tocar e ouvir:

"É, bem – você sabe, os fãs são importantes. Mas compomos para nós mesmos, porque fazemos a música que queremos ouvir e que nos faz querer banguear. Quando estamos no estúdio ensaiando, se todo mundo está envolvido, entrosado – essa é a parte divertida. Acho que o que mais gostamos é do lado criativo das coisas. No momento estamos fazendo promoções, turnês e coisas do tipo – mas essa não é a razão pela qual você pega a guitarra e deixa o cabelo crescer, entende? O que realmente te dá motivação é fazer jams e tocar a música que te agrada. Os fãs apenas nos seguem. Parece que estamos conseguindo mais e mais fãs a cada disco que lançamos, a cada turnê que fazemos – e isso é incrível. Estamos muito contentes com isso, obviamente. Acho que os fãs confiam em nós – eles sabem que daremos o que eles querem".

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Sobre se ele imaginava que o ARCH ENEMY chegaria tão longe:

"Nunca tive um plano. Nunca imaginei que faria carreira na música porque a música que escolhi começar a tocar quando era jovem era a música mais extrema que pude encontrar, entende? Era Thrash Metal, era Death Metal – não dava pra conseguir contratos com gravadoras (risos), era simplesmente ‘underground’. Não dava pra pensar ‘Vou montar uma banda de Death Metal e ganhar a vida tocando Death Metal – na verdade, isso nunca foi uma opção viável. E aí as coisas começaram a acontecer – esse tipo de música foi ficando cada vez mais ‘mainstream’ e cada vez mais pessoas começaram a gostar disso, e foi ficando cada vez maior. Obviamente, hoje em dia eu não toco mais Death Metal de verdade – acho que o ARCH ENEMY está mais pra uma banda de Metal extremo. Temos alguns toques de Death Metal, alguns elementos de Death Metal – mas não somos mais uma banda puramente de Death Metal, com certeza. Mas não pensei que faríamos tanto sucesso (risos)".

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Sobre crescer ouvindo Metal:

"Eu simplesmente adorava a energia e a força daquele tipo de música. Comecei ouvindo punk e hardcore quando tinha 11 anos. Fui direto do KISS, THIN LIZZY e música desse tipo para o punk e o hardcore. Eu adorava a velocidade e a agressividade. Eu estava constantemente procurando bandas mais rápidas e mais agressivas. Aí veio o Thrash: METALLICA, SLAYER, MEGADETH e bandas do tipo — tudo era muito empolgante! Depois vieram o KREATOR, SODOM, DESTRUCTION, aquela onda de Thrash alemão — fiquei muito entusiasmado! Eu também ouvia D.R.I., SUICIDAL TENDENCIES, CRUMBSUCKERS, DISCHARGE — todo aquele som punk e hardcore também. Mas, sabe, todos os meus amigos gostavam mais do som clássico — Hard Rock e Metal — um som mais do tipo do JUDAS PRIEST, IRON MAIDEN — e eu gostava disso também. Portanto eu estava cercado de todos esses diferentes tipos de som, o que de certa forma fez com que eu me tornasse o que sou hoje. Tudo isso é parte de mim".

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Leia a entrevista completa (em inglês) no The Metal Forge.

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Sobre César Enéas Guerreiro

Nascido em 1970, formado em Letras pela USP e tradutor. Começou a gostar de metal em 1983, quando o KISS veio pela primeira vez ao Brasil. Depois vieram Iron, Scorpions, Twisted Sister... Sua paixão é a música extrema, principalmente a do Slayer e do inesquecível Death. Se encheu de orgulho quando ouviu o filho cantarolar "Smoke on the water, fire in the sky...".
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