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Claustrofobia: arquivo do metal nacional (Parte II)

Por Bruno Sanchez
Postado em 04 de fevereiro de 2007

Na segunda e última parte do meu bate-papo com o pessoal do Claustrofobia, Marcus, Caio, Alexandre e Daniel nos contam um pouco mais sobre o histórico da banda, o momento atual e os planos para o futuro. Divirta-se!

Clique no link abaixo para ler a parte I da entrevista.

Fotos: Dudu Moreira

No ano 2000, vocês lançaram o primeiro álbum oficial de estúdio. Como foram as gravações?

Marcus - Nós tínhamos um cara na jogada, que apareceu no meio do caminho e ele não sabia nada de Metal, mas queria lançar a gente.

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Caio - Ele queria dar uma acalmada no nosso som...

Marcus - Isso sempre rolou com o Claustrofobia. Mas se você reparar, a cada lançamento nosso, verá que nosso som ficou mais agressivo. Isso sempre foi nosso sonho, mas não tínhamos a habilidade para fazer um som mais brutal, tocávamos um lance mais básico. Mas aí tinha esse cara que queria nos ajudar, mas como não mudamos o nosso som, ele sumiu após as gravações. Isso foi em 1998 e o cara simplesmente sumiu por 2 anos. Oficialmente, nosso primeiro álbum foi gravado em 98, mas o cara sumiu e passamos 2 anos atrás dele com a DAT na mão. Eu sabia que precisávamos lançar o álbum que já estava praticamente pronto; Fui na Destroyer Records, que estava lançando na época o Torture Squad. Mostrei o som, deixei a demo com eles sem compromisso, eles gostaram e umas duas semanas depois ligaram e falaram que queriam lançar. Esse álbum já tinha o estilo da banda, mas era mais inocente.

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Como vocês conseguiram o contato para que o Pompeu (Korzus) produzisse o álbum?

Marcus - Não tínhamos um estúdio para gravar e fomos no estúdio do Pompeu, onde já tínhamos gravado um cover do Sepultura - Territory - para um tributo que não saiu. Os caras do Korzus já tem mil anos de Metal. Foi uma experiência muito legal e uma baita honra ter um cara do Korzus nos produzindo. Curtimos Korzus desde moleques.

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Normalmente as bandas sempre falam que o primeiro álbum nunca sai como elas gostariam, isso rolou inclusive com nomes grandes como Metallica e Judas Priest, por exemplo. Qual a opinião de vocês?

Marcus - Pra mim, por exemplo, o Kill ´Em All é o melhor álbum do Metallica (risos). Isso vai muito da época, eu não me arrependo de nada que fizemos e acho que nosso primeiro álbum foi fantástico, fizemos aquilo lá de coração e aquele foi o álbum que abriu as portas para a banda.

Antes da banda estourar, vocês ainda participaram do Banda Antes da MTV do programa Ultrassom.

Marcus - Pois é, mais uma vez deixei o material com uma demo na porta da MTV (risos). Alguns dias depois, uma mulher ligou e fomos para uma espécie de competição. Passamos da primeira etapa e fomos para uma final com uma banda completamente Pop. Aí nós perdemos, mas foi por pouco (risos) e de qualquer forma foi uma experiência válida para divulgar a banda, nos ajudou bastante.

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Vocês chegaram a apresentar o Fúria Metal na MTV uma vez, como isso rolou?

Marcus - Foi na época em que o Fúria já estava sem apresentador. Eles escolhiam uma banda para ir lá, escolher os clipes e apresentar. Rolou o convite porque o Chuck, que na época era produtor do programa, conhece o Claustrofobia desde 1993, quando ele tocava em alguns shows com a banda que tinha lá em uma cidade no interior de São Paulo, mas nós acabamos perdendo o contato. Depois de alguns anos, ele foi filmar um festival para o Fúria, nos viu e comentou algo como "cacete, vocês estão tocando até hoje?", porque a banda dele já tinha acabado fazia uma cara. Aliás, várias bandas ficaram pelo caminho, bandas que falavam pra cacete e morreram. Mas foi através do Chuck que conseguimos o convite.

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Vocês consideram que a apresentação no Musikaos foi um dos grandes momentos da banda. Como rolou o convite e a apresentação?

Marcus - Nessa época, tocávamos bastante em Santo André, em um bar chamadp Lolapalooza e o Andreas Kisser é de Santo André e tinha um amigo que tinha o apelido de Sujeira, que era amigo de colégio do Andreas e curtia o nosso som e ele que nos apresentou pro cara. Sempre mantínhamos eles informados sobre a banda, o Toninho do fã clube oficial do Sepultura, também nos ajudou bastante e nessas que rolou o convite para participar do Musikaos. O Gastão também foi um puta cara gente fina, figura fundamental para o Metal no Brasil. O Gastão conheceu o Claustrofobia alguns anos antes quando a banda dele (na época, o Rip Monster), tocaria no Aeroanta e estavam passando o som. No telão estava rolando um show que tínhamos feito lá alguns dias antes e o Gastão curtiu o show e trocamos uma idéia naquele dia. Acho que o Gastão nunca vai me esquecer porque quando estávamos conversando, ele estava com uma guitarra Fender americana linda nas mãos e ela caiu e quebrou (risos). Então o convite para o Musikaos partiu dos dois lados, tanto do Sepultura quanto do Gastão. O show estava lotado e estávamos nervosos pra cacete em dividir o palco com uma banda que ouvíamos desde moleques.

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Qual a emoção em dividir o palco com o Sepultura? Umas das grandes influências da banda.

Marcus - Cara, sem palavras, foi um momento inesquecível.

O álbum Thrasher trouxe uma banda mais madura e seguiu a evolução do Claustrofobia. Quais as principais diferenças que vocês sentiram na gravação deste álbum em comparação com o primeiro?

Marcus - Na época do Musikaos, já estávamos com todas as músicas do Thrasher prontas. O álbum seria lançado pela Destroyer e eles investiram na gente. Foi um lance bem mais profissional. O Thrasher eu acho que foi a consolidação do nosso estilo, em fazer o Thrash Metal. Logo que terminamos a gravação do primeiro álbum de estúdio, já pensamos em como seria a gravação do próximo e foi um resultado excelente. Foi uma evolução e uma conseqüência natural do nosso trabalho, com elementos novos e um estilo mais brutal. Já estávamos mais experientes, mais soltos. O disco saiu e foi muito bem recebido, todos gostaram. Lógico que sempre tem um ou outro que reclama, mas no geral foi fantástico.

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O Thrasher possibilitou à banda, turnês com grandes nomes nacionais e internacionais, como o Krisiun, Ratos de Porão, Paul Dianno, Destruction e Hate Eternal. Como foram essas turnês?

Marcus - O Thrasher abriu as portas, foi quando começaram as turnês mais legais, conhecemos um monte de bandas. Saímos até na Globo, no Jornal Hoje. Tinha um quadro chamado Novo Som Brasil onde eles mostravam bandas que representavam o Brasil de alguma forma e aí rolou, eles nos chamaram para aparecer tocando algumas músicas. Na época o Daniel ainda morava em Leme e veio pra São Paulo só para gravar a participação no programa. Mas quando iríamos gravar, ligaram no celular da repórter que algum empresário tinha sido libertado de um seqüestro e ela precisava cobrir e ficamos lá putos enquanto os caras da equipe foram embora. Liguei na Globo de volta reclamando, falei uma pá e eles falaram que iria rolar de novo e mandaram a gente voltar correndo pro estúdio (risos), aí tocamos nosso som, falamos o que queríamos falar, não foi nada combinado, fomos divulgar nosso som do jeito que sempre foi. Mas voltando a falar da turnê, sempre nos demos bem com todas as bandas que tocamos, aprendemos a entender o momento de cada banda, muitas vezes os caras estão cansados e não estão dispostos a falar muito e aprendemos a respeitar isso. Alguns shows muito legais que fizemos, foram com os caras do Destruction pelo Nordeste durante 40 dias. Eles foram pessoas fantásticas, conversamos bastante, entre vários drinks e essas turnês são grandes escolas.

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Qual foi o lugar mais bizarro onde vocês tocaram?

Marcus - Ah cara, foram vários. Teve uma vez em um puteiro na Augusta (Nota: rua "famosa" de São Paulo pelas casas de prostituição). No Nordeste também passamos por situações apertadas porque lá é diferente, eles não têm a mesma estrutura daqui, dormimos em lugares precários, escritórios cheios de ratos, mas faz parte e o público do nordeste é um dos melhores do Brasil, os caras são fanáticos e quem somos nós para falar alguma coisa? Sabemos da realidade do Brasil e os caras se esforçam ao máximo. As viagens de ônibus também são bem complicadas, temos problemas com a falta de segurança nas estradas e o grande problema é alguém roubar nosso equipamento. Já viajamos 86 horas trancados em um ônibus com ar condicionado quebrado. Belém do Pará é uma cidade insana também, cheia de headbangers. Eles têm uma praça lá que é igualzinha a Praça da República aqui de São Paulo e vive lotada de headbangers. Os shows lá foram marcantes, várias bandas boas! Grande salve pra cena do Nordeste e esperamos voltar em breve longe dos que ficam boicotando ao invés de ajudar.

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No final de 2004, acontece o que pra mim, que estava lá, foi um dos pontos altos da carreira da banda, o show no Sepulfest. Como rolou o convite para a participação?

Marcus - A festa era do Sepultura e nós fomos convidados para abrir o show, mas pode reparar que nos flyers nem constava isso, aparecíamos como banda convidada, eles deram uma puta força. Passamos o som no horário, tivemos o maior respeito da equipe deles, a organização foi pontual, entramos no horário certinho, foi um show fantástico mesmo. Esse show foi muito importante na época porque nos apresentou para muita gente. Até hoje, muita gente fala sobre aquele show. Na hora que eu saí do palco, o Andreas ainda me chamou para cantar Beneath The Remains com eles, então foi incrível, um sonho realizado.

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O que vocês acharam da idéia da banda em convidar bandas de vertentes bem diferentes como a Nação Zumbi e o Ratos de Porão?

Daniel - Os caras sempre foram ousados e essa foi a proposta, reunir várias bandas diferentes e boas em um mesmo festival. Não vejo nenhum problema nisso.

...e a participação do Massacration no festival, vocês concordam?

Marcus - Eu acho o Massacration engraçado pra caramba, dou muita risada, até porque aquela tiração de sarro, aquela caricatura, não combina comigo não, o que eles estão tirando onda não é o que eu sou. A única coisa que não concordo é o fato deles terem o mesmo espaço das demais bandas. Tanta banda de verdade ralando aí na cena e de repente os caras ganham 3 páginas em uma revista para falar só zueira? Aí não concordamos.

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Alê - Não vejo problema deles tocarem, o problema é quando você tem uma banda ralando de verdade aí na cena e colocam o Massacration no lugar ou como atração principal.

Como rolou a gravação do Fulminant e como foi trabalhar com o Ciero do Da Tribo Studio novamente?

Marcus - Foi do caralho mas também muito trabalhoso e difícil. Estávamos numa época que precisávamos dar mais um passo adiante, então queríamos uma gravação melhor, uma proposta de lançamento melhor e estava muito difícil conseguir tudo isso pelo fato da cena no Brasil não ter estrutura ou, às vezes, visão mesmo pra fazer um bom trabalho, é claro, exceto raras exceções! Então decidimos fazer a gravação independente mesmo e não foi fácil: muitas coisas no caminho, grana, correria, stress que sempre servem como aprendizado a continuarmos a missão com o pé no chão. Decidimos então gravar novamente com o Ciero que já tinha trabalhado com o Claustro no álbum anterior. De acordo com o momento e proposta musical que tínhamos na época, não haveria outro produtor pra trabalhar com o Claustro que não fosse o Ciero em seu próprio estúdio, Da Tribo. Ele investiu em equipamentos e sempre levantou a bandeira de gravação analógica nos dias atuais. Isso foi muito interessante pois tem tanta banda aí que toca um pedacinho da musica e o computador faz tudo sozinho. Não tem personalidade própria e vai ver ao vivo, é aquele fiasco sofrido. Nós tentamos fazer o nosso melhor em cima do que propomos. Cada um, cada um, mas prefiro bandas que tocam e tem uma magia do que bandas mentirosas. Ciero é talentoso e grande músico, então soube somar com a banda, ajuda de timbres, entre outras inúmeras coisas. Ficamos satisfeitos com o resultado pois nunca seguimos nehuma regra. Tínhamos feito 2 pré-produções e isso foi um fator crucial pra saber extamente o que queríamos antes de entrar no estúdio.

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Como vocês conseguiram a participação do Andreas Kisser (Sepultura) e Alex Camargo (Krisiun) no álbum?

Marcus - O Andreas e o Alex tem muito respeito pelo Claustrofobia do mesmo jeito que temos por Sepultura e Krisiun. Não tem nem o que falar, são os únicos que representam de verdade o Metal Brasileiro no mundo. Sempre foram influência tanto no som como na correria honesta e verdadeira que tiveram. As vezes a gente se tromba por aí e na época, fiz o convite. Foram no estúdio com o maior prazer, o Andreas ouviu a música algumas vezes e foi improvisando, logo seu solo estava pronto e ficou do caralho, num clima meio Chaos A.D. Com o Alex, mesma coisa, ele dividiu os vocais comigo na última faixa e ainda fez um trecho da letra. O timbre de sua voz engrandeceu a musica e fechou o álbum com chave de ouro. Uma honra!

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Por que a escolha em gravar o álbum no sistema analógico?

Marcus: Como te falei, gostamos das bandas que têm identidade. Hoje em dia você ouve várias bandas diferentes e todas elas têm o mesmo timbre de Guitar e Batera, mesma voz, mesmo estilo, mesmo cabelo, mesma tattoo, mesma roupa (risos). Então não fazemos parte desse mundo, botamos fé no Ciero como sempre e seguimos em frente tocando o foda-se e com o objetivo de gravar um disco de Rock tá ligado? Metal mesmo, pegada e foda-se, sem ficar bunitinho e tal, cadê a atitude Rock and Roll? É isso aí! Gostaria de dizer também que não estou dizendo que nunca trabalharemos no formato digital, mas a modernidade está ai pra ajudar e não pra transformar e enganar. Mas a molecada, os fãs estão se ligando nisso aí, quando vê ao vivo...

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Quem lançou o Fulminant?

Marcus - Fulminant foi lançado pela Voice Music. Como te falei, estávamos procurando por alguém que tivesse visão e honestidade pra trabalhar com bandas do Brasil. Pra quem não sabe, o proprietário da Voice Music é o Silvio Golfetti do Korzus. Então ele tem anos de estrada além de ser uma pessoa honesta. Bati na porta dele na cara e na coragem e levamos uma grande idéia. Ele sempre gostou do nosso som e disse que estava interessado sim. Acredito que hoje no Brasil, a Voice é uma boa gravadora que trabalha de acordo com a realidade e com honestidade sempre vendo os 2 lados. Estamos 100% satisfeitos com o trabalho da Voice Music.

Que conselho vocês dariam para uma molecada que está começando com uma banda agora?

Caio - Vai fazer uma faculdade e garantir seu futuro (risos).

Alê - Se dedicar ao máximo.

Marcus - Tem que levar a vida com atitude. Você tem que gostar, correr atrás, se por acaso alguma coisa não acontecer, a consciência estará limpa. Não existe dono da verdade, nós não somos donos da verdade, mas tem que trabalhar, ralar muito e focar a sua vida no negócio, definir suas prioridades e direcionar a sua vida para que aquilo aconteça. Encarar a banda como uma família, o problema dele (apontando pro Daniel) é meu também, então lutamos juntos pelo mesmo objetivo.

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Daniel - Você tem que focar a sua vida para este tipo de trabalho. Imagina você chegar para o seu chefe em uma empresa e dizer que vai faltar duas semanas por causa de uma turnê, ele te manda embora na hora, por isso o ideal quando você não consegue viver da banda é arrumar um emprego no meio, onde as pessoas entendam suas necessidades.

Como vocês acham que a mídia pode ajudar a cena do Metal nacional?

Marcus - Cara, tem muita banda boa que o cara lá fora ouve e adora. Precisa chegar alguém da mídia que se preocupasse, conhecesse a cena e ajudasse a projetar essas bandas.

Daniel - Antigamente a própria MTV tinha programas de Rock, não só de Metal, espalhados pela programação. Tinha o Gás Total do Gastão que passava todo dia às 16hs, hoje em dia não tem mais isso.

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Marcus - O problema também está nas pessoas que trabalham com o Metal. Algumas pessoas deveriam saber investir melhor o dinheiro com as bandas certas, que batalham e não enfiar goela abaixo da molecada algumas bandas porque é mais barato e está na moda. O cara tem que saber valorizar as bandas boas do país, senão o negócio não evolui, a escola da molecada fica estagnada.

Quais os planos da banda para 2007?

Marcus - Estamos trabalhando na nossa primeira tour na Europa. Acredito que no primeiro semestre de 2007. Estamos indo pra lá levar o som do Claustro e mais Metal Brasileiro pros Europeus. Em breve nosso CD será lançado no Canadá e existirá uma promoção na Europa e USA também. Estamos sempre na ativa.

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Pegando esses 13 anos de estrada, quais as principais lições vocês aprenderam no caminho?

Marcus - Vixi são tantas (risos). Sei lá, começamos desde moleques, minha vida inteira, desde que me conheço por gente, foi dedicada pro Rock, pro Metal, sempre. Deixei de estudar e de fazer muitas outras coisas pra manter a banda que é nossa missão e sonho desde criança e hoje temos mais tesão de tocar do que quando começamos. Muitas amizades verdadeiras, melhoramos como pessoas também, aprendemos a ter o pé no chão. Somos uma família, sempre estamos juntos e temos os mesmo objetivos e prioridades. Não é fácil, mas sempre fui feliz com a banda e temos muito o que passar ainda. Realmente defendemos o Metal Brasileiro e queremos que isso evolua. Fazer mais história e não repetir o que já foi feito. O que foi feito fica no nosso coração pois foi feito de verdade com honra então temos que agir assim na nossa geração sem perder a essência. Temos muito que aprender ainda e estamos dispostos a isso!

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O que vocês podem nos adiantar sobre o novo álbum?

Marcus - Estamos compondo e ensaiando aqui no estúdio, com algumas faixas já prontas, inclusive uma, acabamos de terminar antes dessa entrevista e o lançamento é previsto para 2007. Planejamos alguns shows na Europa para o ano que vem e queremos que esse álbum já esteja pelo menos inteiro composto até lá para que possamos viajar já com material novo para qualquer eventualidade. A galera vai gostar. Quem gosta de Claustrofobia, pode ficar tranqüilo que nosso som continua sendo cada vez mais brutal.

O que vocês estão ouvindo ultimamente?

Marcus - Eu procuro ouvir qualquer tipo de som que me agrada. Hoje em dia nós ouvimos muito mais banda dos anos 70 do que qualquer outra coisa, era um som muito mais verdadeiro, os caras tocavam bem, sem recursos tecnológicos e tinham muito mais atitude Rock ´n´ Roll que é o que falta hoje. E ouvimos também muitas bandas nacionais, Torture Squad, Andralls, Subtera, Crystal Lake e algumas de Hardcore também.

Qual é a mensagem final que vocês querem deixar para o público do Whiplash! ?

Marcus - O Claustrofobia está aí firme e forte. Fazemos um som verdadeiro, de atitude para que todos possam curtir e isso é a energia que nos motiva. Não tem nada que pague a retribuição dos nossos fãs nos últimos anos. Quem apóia a banda, pode continuar apoiando, lado a lado, porque nós não nos vendemos e nem compramos ninguém. Continuem com o pensamento positivo que o Claustro ta trampando pra fazer quem curti, mais feliz. Nos veremos em breve.

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Sobre Bruno Sanchez

Paulistano, 26 anos, Administrador de Empresas e amante de História. Bruno é colaborador do Whiplash! desde 2003, mas seus textos e resenhas já constavam na parte de usuários em 1998. Foi levado ao Rock e Metal pelos seus pais através de Beatles, Byrds e Animals. Com o tempo, descobriu o Metallica ainda nos anos 80 e sua vida nunca mais foi a mesma. Suas bandas preferidas são Beatles, Metallica, Iron Maiden, Judas Priest, Slayer, Venom, Cream, Blind Guardian e Gamma Ray.
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