Evanescence - William "Rocky" Gray conta como foi crescer como músico
Por Thiago Zanetti
Postado em 31 de dezembro de 2006
A revista Modern Drummer realizou uma entrevista com o baterista do Evanescence, William "Rocky" Gray. Eis um trecho da conversa.
Modern Drummer: Como foi crescer em Little Rock para você como músico profissional?
Rocky: Havia uma grande cena musical aqui no fim dos anos 90 e começo dos anos 2000. Deu uma parada agora, mas quando estava grande, era bom para todo mundo. Eu tocava em cinco ou seis bandas. Mas quando começou a crescer, começou a sair dos trilhos rapidamente. Living Sacrifice e Evanescence eram as duas maiores que saíram daqui, provavelmente. Como existem muitas bandas boas, acho que muita gente acha difícil conseguir fazer sucesso por aqui. Se você quiser fazer sucesso aqui, você precisa pegar uma van e sair tocando por todos os cantos. Muitas dessas bandas são formadas por caras muito novos, e eles vão descobrir que a turnê de fim de semana na van tem seu preço. Mas os caras que aguentarem vão conseguir.
Modern Drummer: Quando você entrou no Evanescence?
Rocky: Eu estava fazendo uns trabalhos temporários aqui em Little Rock a alguns anos. O Evanescence, antes de lançar o álbum "Origin" - foi antes de "Fallen" - estava fazendo algumas músicas, e no fim acabei ajudando Amy e Ben no estúdio. Desde então, eu sempre venho trabalhando com o Ben de vez em quando. Há cinco anos eu entrei e fui me tornando um membro permanente na banda.
Modern Drummer: E eles te colocaram na turnê logo após o lançamento de "Fallen"?
Rocky: Sim, eles precisavam de uma banda unida para fazer a turnê. Eles estavam em Los Angeles, então era muito mais fácil para eles chamarem alguém como Josh Freese (N. do T.: baterista que já tocou com o A Perfect Circle e Nine Inch Nails, entre outros) para ir ao estúdio e gravar sua parte em dois dias ao invés de eu chegar lá e tentar fazer a minha parte. Depois de terminarem o "Fallen", eles me ligaram e disseram: "Vamos nessa".
Modern Drummer: Conte-me sobre gravar as suas partes para "The Open Door".
Rocky: Amy e Terry juntavam as partes deles nas demos e me mandavam, em Little Rock. Eu ouvia e, em várias músicas, não era tão óbvio como a bateria devia se comportar. Então, quando nós entramos no estúdio, tudo ainda estava sendo preparado. Era bem legal colocar as minhas partes, porque era a primeira vez que todos estavam ouvindo a bateria em algumas músicas, então todos estavam bem animados.
Modern Drummer: Você já estava tocando a bateria das músicas de "Fallen" a algum tempo, então "The Open Door" foi sua chance de começar com material novo, com a sua bateria. Havia algo que você teria feito diferente em "Fallen"?
Modern Drummer: Eu sabia desde o começo que esse seria um tipo diferente de disco. Então tudo o que qualquer um fez antes dele não estava na minha cabeça. Eu sabia que eu podia colocar cem por cento de mim na música. Foi bem fácil. Terry é um guitarrista totalmente diferente de Ben. Ele toca um estilo mais metal - não que o Ben não fosse "metal" - mas era bem fácil juntar minhas partes com as partes da guitarra dele.
Modern Drummer: Como foi trabalhar com Dave Fortman?
Rocky: Foi fantástico. Ele também é um grande baterista; nós ficamos um bom tempo na bateria, e Dave teve umas idéias bem legais para viradas e coisas do tipo. Felizmente eu era capaz de tocar qualquer coisa que ele quisesse ouvir. Tipo, se eu fizesse uma coisa e ele quisesse ouvir mais três takes com coisas completamente diferentes em cada um deles, eu podia tocar. Eu acho que ele realmente gostou de ter a vantagem de ter outras opções. Então sim, nós fomos trabalhando as idéias em cada música. Era tão divertido que nem parecia trabalho.
Modern Drummer: Há algo específico que você tenha dito a Dave sobre sua bateria na gravação deste álbum?
Rocky: Eu deixei nas mãos dele. Ele terminou de gravar o álbum com o Mudvayne, que ficou incrível. Não havia nada que eu poderia dizer ao Dave que ele não soubesse, então deixei ele levar do jeito dele. Mas sobre eu tocar no disco, eu coloquei uma nota em uma música que dizia "W.W.L.D" - "what would Lars do" (o que Lars Ulrich, baterista do Metallica, faria) -, especialmente no Black album. Eu comecei a música com a mentalidade de mantê-la poderosa e não ficar maluco ou ridícula; apenas a deixei poderosa com o bumbo e com a caixa. E eu acho que isso me ajudou bastante. Lars passou daquela bateria fantástica e maluca do "...And Justice For All" para tocar o básico e surrar a caixa o mais forte que ele podia no Black Album. Esse tipo de coisa me ajudou a responder, "Aonde eu devo ir com isso?".
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