Angra: entrevista exclusiva no lançamento mundial do CD
Postado em 29 de outubro de 2001
"Rebirth" significa renascimento e é nesse espírito que o Angra está lançando mundialmente hoje (29/10) o mais novo álbum da banda que traz muitas surpresas para os fãs e (ainda) não fãs! Quem já gostava do Angra vai encontrar um trabalho que dá continuidade a tudo que a banda já fez até hoje com extrema qualidade. Quem torcia o nariz, vai poder ouvir uma banda amadurecida com novos integrantes que provam porque foram escolhidos para fazer parte deste quinteto. Nesta entrevista, gentilmente cedida pelo guitarrista Rafael Bittencourt e pelo vocal Edu Falaschi em Curitiba, a Equipe Whiplash! quis saber um pouco mais sobre este CD, sobre os novos integrantes e o futuro da banda. Confira. (Aguarde fotos exclusivas em breve!)
Entrevista cedida a Debora Behar
Whiplash! - Primeiramente sobre o nome do álbum, "REBIRTH" é um renascimento voltado às origens, a um novo estilo ou uma mistura de ambos??
Rafael Bittencourt / Ambos. Nós quisemos retratar nesse CD o ótimo momento que estamos passando: de muito otimismo, muita energia, e ao mesmo tempo voltar às origens. A estória do CD é justamente essa, um mundo se reerguendo após a guerra.
Whiplash! - Falem um pouco desse conceito que envolve o novo álbum principalmente sobre o tema das faixas "Rebirth" e "Nova Era".
Edu Falaschi / O álbum fala de um renascimento após uma grande guerra e destruição, mas sem enfatizar no lance da guerra, sem ficar procurando culpados. Procuramos enfocar mais o lado do renascimento mesmo, o lado positivo de toda a reconstrução após um tempo com tantas dificuldades...
Rafael / A estória é contada no CD de trás pra frente, começa no Visions Prelude que é a última música, continua no Running Alone, um cara que corre sozinho e primeira música do CD é o fim da estória, o auge de tudo, a "Nova Era" mesmo.
Whiplash! - Algumas músicas de "Rebirth" mostram dois bumbos e um peso que eu diria que as torna uma das mais pesadas músicas do Angra feitas até hoje. Vocês concordam com isso? Teria sido uma boa influência do novo baterista?
Rafael / Com certeza. Todas as músicas tiveram participação dos novos integrantes com suas características individuais, nos arranjos... Ficamos muito animados com os três novos integrantes que são muito talentosos.
Whiplash! - Ao mesmo tempo, algumas faixas lembram bastante a fase Angel's Cry, como Heroes of Sand e Visions Prelude. Houve essa intenção de volta às raízes?
Rafael / Houve sim. A intenção era justamente essa, renascer no estilo... Não quisemos fazer muitos experimentalismos e sim percorrer o caminho que já vínhamos seguindo desde começo.
Edu / No álbum anterior, Fireworks, eles tentaram coisas diferentes, um produtor diferente, uma gravação diferente e acabou saindo um pouco fora do Angra mesmo... acho que a intenção agora é voltar.
Whiplash! - Porque a Acid Rain foi escolhida para ser apresentada ao público antes do lançamento do disco? Vocês acham que ela resume a nova fase da banda, algo como um carro-chefe?
Rafael / Não, é que foi assim: tínhamos 4 músicas prontas pra fazer a seleção dos novos integrantes. Então íamos chamando o pessoal e gravando várias versões, porque sabíamos o que cada um podia fazer com as músicas antigas do Angra e que eles teriam que executa-las ao vivo também, mas queríamos ver como eles se saiam com a composição dos arranjos novos. A Acid Rain foi lançada pra mostrar que o Angra estava vivo, que tínhamos uma nova formação, para que o público pudesse ver o que estava por vir e a reação de todos foi ótima! Na verdade quem vai escolher o "carro-chefe" vão ser os fãs!
Whiplash! - Como está sendo a resposta às novas músicas do Angra dos que já ouviram, principalmente pessoas da imprensa.
Edu / Tem sido muito boa! Eu até arriscaria dizer que não teve nenhum comentário negativo a respeito do CD, tivemos notas bastante altas nos reviews feitos lá fora. Eu fiquei muito entusiasmado nessa promo tour que eu e o Kiko fizemos na Europa, no Japão... os japoneses ficaram eufóricos! Adoraram! Na França e na Itália também os jornalistas e as gravadoras me deram total apoio, disseram que gostaram muito e me parabenizaram por ajudar o Angra a continuar com o trabalho que vinha fazendo.
Whiplash! - A música Unholy Wars (que é dividida em 2 partes) mostra 2 elementos distintos: influência da música brasileira e ao mesmo tempo passagens progressivas. Primeiramente, fale sobre as influências de música brasileira que aparecem no início. A intenção é continuar usando nas músicas do Angra, certo?
Rafael / É, a intenção é continuar usando. Desde o começo temos todo esse trabalho de incorporar os ritmos étnicos na composição e é algo que vem amadurecendo na nossa música.
Whiplash! - A outra questão se refere ao fato de os elementos progressivos estarem mais em evidência. Em diversas músicas existem passagens bastante modernas e progressivas. Poderiam comentar um pouco sobre isso?
Rafael / Desde o começo temos essa influência progressiva, do próprio Yes, Rush, quando ainda não tinha essa separação de estilos... e os próprios novos integrantes tem essa influência de música mais intrumental mesmo, vindos do próprio jazz/rock que eles curtem bastante.
Whiplash! - Especialmente em Judgement Day, percebe-se o uso da bateria bastante técnica. Vocês poderiam falar um pouco sobre o Aquiles, novo baterista do Angra.
Rafael / O Aquiles é bastante técnico, rápido e forte. Ele veio evoluindo desde o thrash metal até o progressivo... Ele realmente toca com muita força, peso... O Felipe, baixista, também é bastante técnico e tem essa influência de música instrumental.
Edu / Pois é, inclusive o que eu achei interessante é que o Aquiles tem um estilo bastante próprio! Porque pra vocalista é mais fácil, às vezes tem um timbre diferente fica mais fácil ter um estilo pessoal ... mas pra baterista é mais difícil, acaba soando tudo meio igual. O batera do Angra tem um jeito de tocar muito dele eu me impressiono nos ensaios ele parece um polvo tocando!
Whiplash! - Com certeza a maior apreensão e expectativa dos fãs em relação à nova formação do Angra era o novo vocalista. Edu Falaschi não só mostrou ser capaz de tomar o lugar deixado pelo antigo vocal como também aumentou as possibilidades de composição por ter um estilo que varia do melódico ao mais agressivo. De que forma vocês procuraram trabalhar o novo vocal da banda?
Edu / É, desde o começo o Kiko e o Rafael foram bem claros que não queriam um clone do André. Então eu procurei não imitar ninguém mas sim cantar no estilo Angra, eu quis nesse levar mais na manha e cantar limpo, diferente do Symbols que o estilo era mais pesado e eu cantava rasgadão. Muita gente até comentou, e isso não sou eu que estou falando foram diversos jornalistas especialistas na área, que a minha voz combina muito com o Angra já que é uma banda de metal precisa de um vocal bem metal!
Whiplash! - Edu, seu vocal tem ficado em destaque absoluto em todas as resenhas do novo álbum do Angra. O que você acha que mudou e/ou se destacou tanto neste álbum?
Edu / Primeiro porque é vocalista, né? Vocalista é o que tudo mundo presta mais atenção e também pelo André ser tão conhecido, tinha essa preocupação de colocar alguém no mesmo nível.
Rafael / É, o André também foi muito mistificado, foi um vocalista que teve bastante destaque, que ficou famoso então tinha aquela expectativa, muita gente achava que ele era "insubstituível". Naquelas de "quem será no mundo que vai poder substituir Deus??". Nós já sabíamos que o Edu era um ótimo vocalista, eu conhecia o trabalho dele, fui em shows, tudo... sabíamos que ele era muito bom!
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Whiplash! - Na época da saída de seus três ex-companheiros, muitos comentavam que o Angra havia acabado. A opinião de algumas dessas pessoas não mudou, mesmo com o anúncio de que vocês continuariam com o grupo. "Rebirth" seria capaz de reatar o relacionamento com aqueles que pensam que, em sua essência, a banda acabou? O que vocês teriam a dizer para estas pessoas?
Rafael / Tem duas coisas. Primeiro eu acho que o "Rebirth" é capaz de reatar sim com aqueles fãs que achavam que o Angra tinha acabado pois possui a mesma essência da banda. Acho que as pessoas tem que se abrir, nos dar essa chance e ouvir o CD. E a segunda coisa é que esse disco deve conquistar muita gente que não gostava da banda como ela era antes, se achava que tinha alguma coisa que não era legal, agora pode gostar, reavaliar. Acredito que um público muito maior vai ser conquistado.
Whiplash! - Depois de ver e ouvir o resultado do CD, e refletir sobre o tudo que passaram, vocês acham que seria a hora de dizer: "Há males que vem pra bem"?
Rafael / Não, eu não colocaria as coisas assim. Eu acho que a vida é como o curso de um rio, com suas pedras no caminho. Eu não diria que há males que vem para bem pois seria uma injustiça com os outros, porque éramos 5 pessoas na banda que lutaram para conseguir o que conseguimos. A banda veio junto até um ponto e dali resolveram separar. Depois que eles saíram eu e o Kiko ficamos órfãos e bastante inseguros do que aconteceria dali pra frente, não sabíamos se o público ia gostar do novo trabalho. Então nesse disco estamos muito mais amadurecidos e bastante otimistas. Acho que conseguimos transmitir essa energia.
Whiplash! - Edu, como está sendo pra você fazer parte do Angra, o que você espera daqui pra frente da carreira como músicos?
Edu / Espero dar continuidade à minha carreira de vocalista com muita humildade, determinação e vontade de evoluir ainda mais, aprender com o Kiko e o Rafael. Nunca deixar a crista subir como muita gente faz, né? Afinal, eu não cheguei aqui sozinho e sim com a ajuda de muitas pessoas que eu nem preciso citar os nomes, elas sabem quem elas são! Vida de músico no heavy metal você sabe como é difícil, já passei por muitas dificuldades e tive que largar muita coisa pra chegar onde cheguei. O Angra esta fazendo essa semana 10 anos de vida e eu quero ficar mais 10 anos com eles, ficar velhinho cantando no Angra!
Whiplash! - Os incidentes com Derek Sherinian e Yngwie Malmsteen em Porto Alegre, geraram polêmica e foram comentados em todas as partes do mundo. Vocês acham que a imagem do metal/rock nacional e do Brasil em geral, pode ficar um pouco abalada após aqueles acontecimentos?
Rafael / Não... acho que não..
Edu / Foi até engraçado, um cara na Rússia me perguntou assim "po, é verdade que uns caras lá no sul do Brasil estão apoiando o Bin Laden??" (risos gerais). Eu respondi que não, que tinha sido só uma brincadeira de mal gosto... Público em show é assim mesmo, sempre tem uma meia dúzia ali que quer bagunçar. Foi só uma brincadeira mesmo, o cara tocou lá o hino dos Estados Unidos e o pessoal ficou naquela de "Brasil, Brasil.." e deu no que deu.
Rafael / O negócio é que brasileiro é muito alienado, vive a guerra só na hora da janta, quando passa na televisão. Os caras que estavam tocando ali tem estúdio nos Estados Unidos, provavelmente já passaram pelo Word Trade Center diversas vezes, então tem um envolvimento maior e o que houve foi mais um choque cultural entre eles e os brasileiros. Mas acho que não afetou muito a imagem porque na Europa o pessoal tem opiniões mais maduras sobre as coisas, eles não apoiam esse patriotismo exacerbado dos americanos...
Whiplash! - Quais os planos daqui pra frente? As datas da tour no Brasil já estão praticamente fechadas e no exterior?
Rafael / Em março temos datas já marcadas na Europa... agora em novembro na Argentina e no Chile, algumas datas também no Japão depois da tour na Europa e também datas no México.
Edu / É, em junho-julho tem também aqueles festivais na Holanda, etc... E vamos também já pensar no novo CD! Vamos começar a trabalhar nele no próximo ano.
Whiplash! - Bom, era isso aí. Muito obrigada pela entrevista, se tiverem mais alguma coisa que vocês queiram falar, o espaço está aberto:
Edu / Eu queria agradecer a todas as pessoas que realmente acreditaram no Angra, que nos deram força e acreditaram na essência da banda. Queria agradecer à Whiplash! que sempre me ajudou muito, desde os momentos difíceis e que vem dando maior força pro Angra agora. Ah, não esqueçam de visitar nosso website oficial: www.angra.net
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